Conferências
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Utopian mapping
Mar 15 2024
19 E 20 MARÇO 2024 > 17H00 I SALA 3.31
Convidam-se tod@s os alun@s e interessad@s para a conferência, seguida de workshop Utopian Mapping, ministrados pela artista Katarina Balunova, professora da Academia de Artes de Banska Bystrica, Eslováquia.
Mapa: Utopia versus Distopia
Enquanto representação visual, mapas reais e imaginários processam possíveis lugares e futuros. Katarina Balunova propõe um diálogo por via da utopia implicada na construção e desconstrução de mapas. Convida a pensar em termos específicos do tema, com um amplo significado sociopolítico onde são também apresentadas obras de artistas visuais eslovacos.
A comunicação tem continuidade num workshop de carácter prático, onde serão realizados exercícios com base mapas reais cujas possibilidades operativas e conceptuais podem ser transferidas para diferentes suportes materiais.
Inscrições gratuitas.
Manifestação de interesse (nome e email) para: utopianmapping@gmail.com
Este evento é realizado no âmbito do projeto Erasmus+
CALL – 3ª Edição Encontro de Acessibilidade e Inclusão na Arte e no Património
Mar 15 202414 e 15 JUNHO 2024 (6ª FEIRA E SÁBADO) | FACULDADE DE BELAS-ARTES | AUDITÓRIO LAGOA HENRIQUES | PRESENCIAL COM TRANSMISSÃO ON-LINE VIA ZOOM
Chamada de Trabalhos:
Encontra-se aberta a chamada de trabalhos até dia 31 de março de 2024.
Apresentação
O III Encontro “Acessibilidade e Inclusão na Arte e no Património” é uma iniciativa da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa e do Museu da Farmácia de Lisboa, em parceria com a Associação Bengala Mágica, que decorrerá nos dias 14 e 15 de junho de 2024. Com o objetivo de ser um espaço de discussão e troca de ideias, reunindo trabalhos associados à acessibilidade à arte, aos museus e património cultural. Divulgando estratégias que visam melhorar o acesso e a inclusão dos diversos públicos ao património.
Enquadramento e edições anteriores:
O Encontro de Acessibilidade e Inclusão na Arte e no Património começou em 2021 enquanto sessão do Ciclo de Conferências “Encontros no Largo das Belas-Artes”. Tendo em consideração a aceitação do evento, em 2022, decidiu-se dar continuidade ao projeto, conferindo-se autonomia.
O II Encontro de Acessibilidade e Inclusão na Arte e no Património, foi distinguido em 2023, pela Associação Portuguesa de Museologia (APOM), com uma menção honrosa na categoria de Investigação e Difusão Científica.
Toda a informação sobre o evento está disponível no website oficial do Encontro.
Para mais informações: acessibilidade.evento@gmail.com
Investigações em Conservação do Património (ICP 2024) 5º Congresso Ibero-Americano. Inovação Digital na Preservação do Legado Cultural
Mar 15 2024CHAMADA DE TRABALHOS ATÉ 19 MAIO 2024
Data: 17 a 19 de outubro de 2024
Local: Auditório Alfons Roig da Faculdade de Belas Artes de la Universitat Politècnica de València
Instituições envolvidas na Organização:
- Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa
- Cátedra UNESCO Fórum, UPV
- Instituto Universitario de Restauración del Patrimonio, UPV
- Departamento de Conservación y Restauración de Bienes Culturales, UPV
- Área de Fondo de Arte y Patrimonio, UPV
Apresentação
Preservar o nosso património cultural é construir uma ponte entre o passado e o futuro, onde cada pedra conta uma história inestimável.
Na fascinante intersecção entre passado e presente, onde a história se encontra com a vanguarda, a inovação digital apresenta-se como uma ferramenta crucial para a preservação do legado cultural. No contexto da conferência Investigações na Conservação do Património – ICP 2024, exploramos as fronteiras da tecnologia e do património cultural, concentrando-nos em ferramentas digitais e estratégias inovadoras que estão a moldar o futuro da conservação e restauro.
A nossa disciplina não envolve apenas a proteção física dos bens culturais, mas também a criação de pontes entre gerações que permitam que as narrativas históricas perdurem na era digital. Nesta jornada de investigação, investigamos a riqueza da criatividade humana, enquanto examinamos como as soluções digitais captam a essência do passado e abrem portas a novas formas de compreensão no domínio da experiência cultural.
Considerando as grandes instituições culturais e as complexas intervenções de conservação e restauro, mas também projetos mais pequenos e soluções sustentáveis adaptadas a recursos limitados, pretendemos traçar o panorama da inovação digital na preservação do património. Embarcamos numa jornada onde a adaptabilidade e a resiliência se encontram com a tecnologia e onde as comunidades locais podem desempenhar um papel vital na construção de um legado sustentável para as gerações vindouras.
Através deste congresso esperamos inspirar diálogos que transformem positivamente a forma como concebemos e preservamos o nosso valioso património cultural na era digital.
Bem-vindo a um espaço onde a tradição e a tecnologia convergem para forjar um futuro onde o legado cultural prospera com vitalidade renovada.
Chamada de Trabalhos
Temos o prazer de convidá-lo a enviar o resumo da sua contribuição para o V Congresso Ibero-americano de Investigações em Conservação do Património (ICP 2024), subordinado ao tema Inovação Digital na Preservação do Legado Cultural que decorrerá na Faculdade de Belas-Artes da Universitat Politècnica de València entre 17 e 19 de outubro de 2024.
Tenha em consideração as seguintes datas para envio de resumos:
– Prazo para envio de trabalhos: 19/05/2024
– Notificação de aceitação ou rejeição de comunicações: 09/06/2024
– Inscrição de autores: Após a aceitação da comunicação, é imprescindível que pelo menos um dos autores esteja inscrito no congresso até 15/07/2024.
- Publicação das atas: Concluído o congresso, a Comissão Organizadora entrará em contacto com os autores para lhes fornecer as instruções para a apresentação dos artigos que farão parte das atas. Para o efeito, os autores comprometem-se a assinar a declaração de propriedade da obra e de cedência de direitos.
- Para a redação do artigo final, que fará parte das atas da conferência, os autores comprometem-se a respeitar as orientações estabelecidas pela comissão organizadora, bem como as regras de estilo do modelo que lhes será fornecido.
Mais informações no site da conferência: https://cultura.upv.es/actividades/content/congresos_jornadas/content/2024_icp/cas/index.html
Da mesma forma, para esclarecer qualquer dúvida pode escrever para o email: icp2024@upv.es
COMISSÃO ORGANIZADORA ICP 2024
Política de avaliação original
Todas as comunicações serão submetidas a revisão por pares cegos. A seleção será feita pela comissão científica do congresso, de acordo com a sua originalidade, interesse, rigor metodológico e clareza expositiva.
Chiado, Carmo, Paris e os caminhos de Salgueiro Maia
Mar 15 202404 ABRIL > 31 DEZEMBRO 2024 I Lisboa, Castelo de Vide, Santarém, Paris, Bologna, Arraiolos, Lodz
Comunica-se o PROGRAMA GERAL do Chiado, Carmo, Paris, os Caminhos de Salgueiro Maia, no qual a FBAUL tem um papel preponderante, projecto coordenado pelo docente da FBAUL, José Quaresma.
O programa consiste em sete exposições nacionais e internacionais, agendadas para Lisboa, Castelo de Vide, Santarém, Paris, Bologna, Arraiolos, Lodz, nas quais participam 53 artistas/estudantes e artistas/docentes da FBAUL, da Academia de Belas Artes de Bologna, da Academia de Belas-Artes de Lodz, e outros artistas formados no Centro de Artes da Universidade Federal do Espírito Santo.
Também serão editados dois livros com diversos ensaios alusivos a Salgueiro Maia, à Liberdade Artística e à Filosofia da Liberdade, assim como a realização de ciclos de Conferências em vários dos lugares em que se realizam as exposições.
A primeira conferência realiza-se no dia 4 de abril, no Museu Arqueológico do Carmo.
A inscrição é obrigatória, devido à lotação da sala.
Faça a sua INSCRIÇÃO AQUI.
Considerando a lotação da sala, em caso de desistência agradecíamos que nos informasse através do e-mail comunicacao@belasartes.ulisboa.pt.
xCoAx 2024 — 12th International Conference on Computation, Communication, Aesthetics and X
Mar 13 202410 > 12 JULY 2024 I FABRICA, TREVISO, ITALY
xCoAx 2024 — 12th International Conference on Computation, Communication, Aesthetics and X
10-12 July 2024
Fabrica, Treviso, Italy
Extended deadline for submissions: 14 February 2024
xCoAx explores the intersection where computational tools and media meet art and culture in the form of a multi-disciplinary enquiry on aesthetics, computation, communication and the elusive X factor that connects and affects them all.
xCoAx is a great chance for international audiences to exchange ideas in search of interdisciplinary synergies between computer scientists, artists, media practitioners, and theoreticians at the thresholds between digital arts and culture.
xCoAx 2024 will take place in Fabrica, the communication research centre of Benetton in Treviso, Italy. This year’s keynotes will be presented by Christa Sommerer and Francesca Franco.
Call for papers, artworks, performances, School of X applications
xCoAx 2024 calls for papers, artworks, performances and research works-in-progress by scholars, artists, performers and students working on any of its multi-disciplinary facets.
You are invited to submit theoretical, practical or experimental research work in the form of papers, artworks, performances, and, if you are a Master’s or PhD student, also an application for the School of X, on a range of topics that includes but is not limited to the following:
Computation / Communication / Aesthetics / X / Algorithms / Systems / Models / Artificial Aesthetics / Artificial Intelligence & Creativity / Audiovisuals / Multimodality / Design / Interaction / Games / Generative Art & Design / History / Mechatronics / Physical Computing / Music / Sound Art / Performance / Philosophy of Art & of Computation / Computational Photography and Image Technologies / Technology / Ethics / Epistemology
All information on how to submit papers, artworks, performances, and applications to the School of X is available at https://xcoax.org
Important Dates
- February 14: Final deadline for submissions.
- March 22: Notifications to authors.
- April 19: Registration deadline for authors.
- April 23: Delivery of final versions of full papers and extended abstracts of artworks and performances for the proceedings.
- May 5: Delivery of final versions of multimedia files for the website.
- July 10 to 12: xCoAx 2024 in Fabrica, Treviso.
All information on how to submit papers, artworks, performances, and applications to the School of X is available at https://xcoax.org
História da História da Arte e da Arquitetura em Espanha e Portugal nos séculos 19 e 20
Jan 22 202422 > 23 JANEIRO 2024 I FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN
Realiza-se nos próximos dias 22 e 23 de janeiro, na Fundação Calouste Gulbenkian o Congresso Internacional História da História da Arte e da Arquitetura em Espanha e Portugal nos séculos XIX e XX.
Ao investigar as origens da história da arte e da arquitectura em Portugal e sobre Portugal, esta conferência centra-se e reconstrói as diferentes narrativas da história da arte e da arquitectura de Portugal – um país aqui entendido como um país artístico, físico, político e cultural – construídas nos seculos XIX e XX, de onde surgiram os institutos nacionais de protecção, estudo e investigação actualmente activos a nível nacional e internacional.
Fruto da colaboração científica entre a Universidade Complutense de Madrid, a Universidade Nova de Lisboa, a Universidade de Lisboa, a Faculdade de Belas-Artes e a Fundação Gulbenkian, a conferência corresponde ao segundo encontro científico de um projecto de investigação mais amplo sobre história e historiografia da arte ibérica intitulada Arte e arquitetura ibérica: história da arte e da arquitetura na Península Ibérica, idealizada, coordenada e dirigida por Helena Pérez Gallardo (Universidade Complutense Madrid), Sabina de Cavi (Universidade Nova Lisboa) e Thomas DaCosta Kaufmann (Universidade de Princeton), financiado por o Ministerio de Ciencia e Innovación de Espanha (I+D PID2021-125494NB-I00), ativo nos anos 2022-2025. O encontro português, que terá lugar no Auditorium 3 da Fundação Gulbenkian, que participa como instituição colaboradora juntamente com o IHA (Universidade Nova, Lisboa), ARTIS (Universidade de Lisboa), CIEBA (Facultade de Belas Artes Universidade de Lisboa) e a o grupo de investigação FRIA (Universidad Complutense de Madrid), foi organizado por uma excepcional comissão científica composta pelos Professores Doutores Vitor Serrão, Fernando Antonio Baptista Pereira, Maria João Neto, Sabina de Cavi, Helena Pérez Gallardo, e conta com a presença do Prof. Thomas DaCosta Kaufmann (Universidade de Princeton, EUA) como orador principal e respondente.
Chiado, Carmo, Paris: os “lugares” de Dordio Gomes e as bifurcações da pintura
Dez 17 202305 > 31 DEZEMBRO 2023 I LODZ, AULA GALLERY AKADEMIA SZTUK PIEKNYCH IM. STRZEMINSKIEGO
07 NOVEMBRO > 20 DEZEMBRO 2023 I SPAZI ESPOSITIVI ACCADEMIA DI BELLE ARTI, BOLOGNA
17 JUNHO > 30 SETEMBRO 2023 I CITA, ARRAIOLOS
11 > 31 MAIO 2023 I AUDITORIO MANUEL DE FALLA, GRANADA
04 > 31 MAIO 2023 I CASA DE PORTUGAL, PARIS
No próximo dia 5 de dezembro, inaugura em Lodz, Polónia, a sexta exposição Chiado, Carmo, Paris: os lugares de Dordio Gomes e as bifurcações da pintura, relativa ao pintor e pedagogo Dordio Gomes, em paralelo com artistas coevos de Espanha, Itália, Brasil e Polónia, escolhidos pelos curadores. Depois das exposições em Lisboa, Porto, Paris e Granada, as interpretações de muitos estudantes e docentes da FBAUL sobre o Dordio Gomes serão expostas no seu “lugar natural”, Arraiolos, onde podem ser apreciadas em coabitação com obras de estudantes e docentes dos países convidados para integrar o projecto “Chiado, Carmo, Paris. Artes na Esfera Pública”.
A exposição ficará patente até 31 de dezembro.
A exposição no spazi espositivi Accademia di Belle Arti, em Bolonha, Itália esteve patente entre 7 de novembro e 20 de dezembro.
A exposição no Centro de Investigação do Tapete de Arraiolos (CITA) esteve patente entre 7 de junho e 30 de setembro.
A exposição no auditório Manuel de Falla, em Granada esteve patente entre 11 e 31 de maio.
A exposição na Casa de Portugal, em Paris, esteve patente entre 4 e 31 de maio.
Inaugurou no dia 10 de março, no Museu Nacional Soares dos Reis, Porto, a “Colectiva” que integra estudantes e docentes da Faculdade de Belas-Artes da UL, em parceria com docentes e estudantes das Belas Artes de Granada, exposição integrada na programação que teve início no mês passado, cujo ponto de irradiação, nacional e internacional, é a FBAUL. Aos artistas portugueses foi feito um convite para realizarem obra em torno de Dordio Gomes (que tem no acervo daquele museu as suas “Casas de Malakoff”). Os artistas da Faculdade de Belas Artes de Granada, por sua vez, trabalharam em torno de Manuel Ángeles Ortiz (1895-1984), com a coordenação de Juan Carlos Guadix.
A exposição fica patente até 30 de abril.
Pela FBAUL, temos: Catarina Mendes / Cláudia Colares / Gina Martins / Joana Alves / João Castro Silva / José Quaresma / Nadya Ismail / Nicoleta Sandulescu / Paulo Lourenço / Pedro Zhang / Suzana Azevedo / Tiago Baptista / Vasco Moura / Xavier Tourais
Pelas Belas Artes de Granada: Andrés Macías / Bethânia de Sousa / Enrique Marín / José Gracia Pastor / Juan Carlos Guadix / Mairen Gutiérrez / Noelia Jiménez / Patricia Hurtado / Ramón Santa Cruz / Ricardo Garcia.
O PROGRAMA do Chiado, Carmo, Paris: os lugares de Dordio Gomes e as bifurcações da pintura iniciou no dia 23 de fevereiro, às 14h30, no Museu Nacional de Arte Contemporânea (MNAC), com o primeiro de seis ciclos de conferências e a primeira de sete exposições internacionais, sendo a primeira exposição constituída por três núcleos, a visitar em sequência: Museu Nacional de Arte Contemporânea (MNAC), Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa (FBAUL), Museu Arqueológico do Carmo (MAC). Este projecto tem a coordenação do docente da FBAUL, José Quaresma.
No mesmo dia procedeu-se ao lançamento do livro com 11 ensaios em torno da obra deste pintor, aos quais se juntam outros ensaios sobre artistas coevos de Dordio (oriundos de Espanha, Brasil, Polónia e Itália).
O evento é passível de ser registado e divulgado pela Faculdade de Belas-Artes através de fotografia e vídeo
INSCRIÇÃO NOS CICLOS DE CONFERÊNCIAS
A inscrição é obrigatória em cada uma das conferências:
Museu Nacional de Arte Contemporânea (23/02/2023) – INSCRIÇÕES ENCERRADAS
Grémio Literário (21/03/2023) – INSCRIÇÕES ENCERRADAS
Museu Nacional Soares dos Reis, Porto (20/04/2023) - INSCRIÇÕES ENCERRADAS
Casa de Portugal, Paris (04/05/2023) - INSCRIÇÕES ENCERRADAS
Auditorio Manuel de Falla, Málaga (11/05/2023) - INSCRIÇÕES ENCERRADAS
Centro Interpretativo do Tapete de Arraiolos (17/06/2023) – INSCRIÇÕES ENCERRADAS
De acordo com o texto da Introdução do Livro / Catálogo:
“Por via da apropriação artística, da discussão estética e da produção ensaística, pretende-se reaproximar Dordio Gomes dos seguintes lugares: (1) do Chiado, nomeadamente do MNAC, onde existem obras muito representativas do seu percurso artístico, e da Faculdade de Belas- Artes de Lisboa, anteriormente a Academia Real de Belas Artes, na qual ingressa aos 12 anos para realizar a sua formação artística (e pessoal); (2) da cidade de Paris, onde viveu e trabalhou em dois períodos distintos da sua vida, cidade a partir da qual empreendeu visitas a vários países europeus, por exemplo Itália e Suíça; (3) da Vila de Arraiolos, à qual regressou várias vezes, por diversos motivos; (4) e ainda do Porto, devido, por um lado, ao facto de lá ter leccionado cerca de três décadas, contribuindo para a formação de diversas gerações de artistas portugueses, e, por outro lado, pelo facto de estar representado no Museu Nacional Soares dos Reis com obras muito relevantes.
Paralelamente à elaboração de um conjunto significativo de ensaios em torno de Dordio, assim como textos relacionados com as Artes na Esfera Pública, este ano o projecto Chiado, Carmo, Paris permitiu desenvolver obras de arte relacionadas com algumas fases da actividade artística de Dordio Gomes, sempre com preocupações contemporâneas e numa lógica de apropriação criativa, capaz de fazer mediações plásticas entre a sensibilidade artística dos autores de hoje e as descobertas e bifurcações que este pintor trouxe à arte portuguesa. Trata-se de um desafio colocado a doze artistas emergentes e a quatro professores da FBAUL para o alargamento das potencialidades da obra de Dordio Gomes, que se vão interligar a estudantes e docentes do ensino artístico superior em Espanha, Brasil, Itália e Polónia, num total de 45 artistas europeus, com sete exposições colectivas a realizar em Lisboa, Porto, Paris, Granada, Arraiolos, Bologna e Lodz.
Como o projecto integra artistas estrangeiros cujas orientações artísticas não necessitam de coincidir com as motivações portuguesas, propôs-se aos curadores estrangeiros que sugerissem aos estudantes e docentes das respectivas instituições de ensino um artista plástico que na década de 1920 tenha estado em contacto com a cultura francesa, designadamente parisiense, ou que tenha realizado obra muito representativa para os respectivos meios artísticos. O compromisso colectivo que solicitámos aos curadores e ensaístas estrangeiros consistiu em trazer esses artistas para o presente, enfatizando-se assim o que os mesmos possam ter partilhado com Dordio Gomes, designadamente o Cubismo, o Expressionismo (ou certas vagas de Neo-expressionismo), Cézanne e as vagas de Cezanismo na pintura; entre outros pontos de contacto com a obra de Dordio Gomes. Os artistas estrangeiros sobre os quais também se engendraram obras de arte, elaboraram ensaios e vão realizar conferências são os seguintes: Brasil: Tarsila do Amaral (1886-1973); Granada, Espanha: Manuel Ángeles Ortiz (1895-1984); Bologna, Itália: Renato Guttuso (1911-1987); Lodz, Polónia: Leon Chwistek (1884-1944).
Desta forma, com esta diversidade de autores, confluência de vontades e aproximação de horizontes distintos de trabalho, esperamos dar continuidade aos esforços de mudança artística, pedagógica e estética desenvolvidos por Dordio Gomes.”
José Quaresma
O restauro virtual do Património. Ferramentas Digitais e experiências formativas
Dez 14 202315 DEZEMBRO 2023| 12H00 > 13H00| ONLINE e SALA 3.63
Masterclass intitulada O restauro virtual do Património. Ferramentas Digitais e experiências formativas lecionada no âmbito da Unidade Curricular de Sistemas de Registo do Património, Licenciatura de Ciências da Arte e do Património, com Juan Salvador Sanabria Fernandéz, Conservador-restaurador de Património Cultural, especialista em Virtualização e Restauro Virtual do Património. Em doutoramento na Universidade de Sevilha, Espanha.
O link Zoom é:
Tópico: “O restauro virtual do Património. Ferramentas Digitais e experiências formativas”
Horário: 15 dez. 2023 12:00 da manhã Lisboa
Entrar Zoom Reunião: https://videoconf-colibri.zoom.us/j/93673766473?pwd=ekI3dW0zRHVrWWhFbG42YTREQ1FEZz09
ID da reunião: 936 7376 6473
Senha: 126795
ll Encontro do Mestrado de Ensino de Artes Visuais da Universidade de Lisboa – MEAV
Dez 12 202316 de DEZEMBRO 2023 (SÁBADO)| 9h00 | Auditório Lagoa Henriques
No próximo dia 16 de dezembro, a partir das 9h00 da manhã, terá lugar no Auditório Lagoa Henriques (FBAUL) o II Encontro do Mestrado de Ensino de Artes Visuais da Universidade de Lisboa, dedicado ao tema “O Ensino das Artes Visuais no Século XXI”.
O Encontro conta com a presença de investigadores e especialistas que irão refletir sobre os desafios que a comunidade educativa enfrenta no ensino das artes visuais, sendo este evento um ponto de encontro para todos os profissionais e interessados na área.
INSCRIÇÕES abertas até 10 de dezembro.
As inscrições são gratuitas, mas OBRIGATÓRIAS.
INSCREVA-SE AQUI
Contacto: encontromeav@belasartes.ulisboa.pt
conexões artísticas romeno-portuguesas
Dez 06 2023
07 DEZEMBRO > 11H00 I SALA 2.07
Realiza-se no dia 7 de dezembro, às 11h00, na sala 2.07, uma mesa redonda sob o tema Conexões Artísticas Romeno-Portuguesas pela Professora Doutora Ana Thudichum Vasconcelos, Presidente do CIEBA (Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa) e pela Professora Doutora Nicoleta Silvia Joana (Universidade de Artes de Bucareste – UNARTE), com a participação da Professora Doutora Carla Paoliello, da curadora Professora Doutora Daniela Frumuseanu, das artistas Alexandra Tecu e Anastasia Dabija e das alunas e alumini do Mestrado em Design para a Sustentabilidade Elena Metzdorf, Francisca Simões e Laura Pereira.
o impacto do graffiti no novo espaço
Dez 01 202305 DEZEMBRO 2023 > 14H30 I CENTRO NACIONAL DE CULTURA
Realiza-se no dia 5 de dezembro, pelas 14h30, no Centro Nacional de Cultura, o Ciclo de Conferências O Impacto do Graffiti no Novo Espaço, organizado pelo Quarteirão das Artes Chiado, e com a Coordenação do Professor José Quaresma.
A INSCRIÇÃO é gratuita mas obrigatória e deverá fazê-la AQUI.
Considerando que existe um número limite para as inscrições no caso de desistir agradecíamos que nos contactasse através do e-mail comunicacao@belasartes.ulisboa.pt, para dar o lugar a outra pessoa.
pelo Coordenador José Quaresma
14h40 / 15h10 — Liberdade ou iconoclastia? Perguntas em torno do graffiti.
Emília Ferreira (Directora do MNAC)
Superintendente Domingos Antunes
15h40 / 16h10 — Ad Ephemeram Gloriam / à Glória Efémera, a SAM “a todos os que passam e ousam deter-se”
Sandra Leandro (Directora do MNFMC, Évora)
16h10 / 16h40 — Graffiti e tensão no espaço público
José Quaresma (Docente da FBAUL)
Digital Technology as a Probe for Reflexivity in Cultural Contexts by maria roussou
Nov 10 202323 NOVEMBRO 2023 > 17H00 I GRANDE AUDITÓRIO
Invitation by Prof. Helena Elias, under the CAPHE Project – Communities and Artistic Participation in Hybrid Environments- 01086391 Marie Curie Actions Horizon – 2021-SE
Free event that does not require registration, subject to room capacity.
Maria Roussou
National and Kapodistrian University of Athens, Greece
The use of advanced digital technologies in the GLAM sector (e.g., galleries, libraries, archives, museums, etc.) to enhance visitor experiences has come of age.
The ubiquity of devices and applications has transformed the nature of our interactions, and cultural institutions have seized the opportunity to leverage these interfaces to create meaningful experiences for their visitors.
In this talk, I draw on case studies and real-world examples of digital applications, from high-end immersive eXtended Reality (XR) applications to lower-end mobile tours, created for cultural or informal educational purposes. I will explore how digital technologies can be designed to serve as probes for experiences that are playful, emotive, social and shared, meaningfully interactive, and, ultimately, relevant and resonant to those they are designed for.
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Bio
Maria Roussou is an Associate Professor in Interactive Systems at the Department of Informatics & Telecommunications, National and Kapodistrian University of Athens. She co-founded makebelieve, an experience design and consulting company in 2003 and previously established and directed the Virtual Reality Department at the Foundation of the Hellenic World from 1998 to 2003. Her work there involved creating immersive projection-based VR exhibits and overseeing research, design, and development of VR programs and visitor experiences. For most of the nineties (1993-1997), during her extensive work with the CAVE® at the Electronic Visualization Laboratory in Chicago, she focused on designing, applying, and evaluating virtual and digital media environments for education and cultural representation. She holds a PhD in Computer Science from the University of London (UCL); a Master in Fine Arts (MFA) degree in Electronic Visualization and an MSc in Electrical Engineering & Computer Science from the University of Illinois at Chicago; and a BSc in Applied Informatics from the Athens University of Economics and Business. Maria is a Senior Member of the ACM, Vice-chair of the Greek ACM SIGCHI Chapter and the Greek ACM-W Chapter, and the recipient of the 2013 Tartessos Award in Digital Heritage and Virtual Archaeology.
Vox Deest. Uma reflexão sobre a “voz” dos artistas
Nov 10 2023
30 NOVEMBRO 2023 > 17H00 I GRANDE AUDITÓRIO
Realiza-se no dia 30 de novembro, às 17h00, no Grande auditório uma sessão especial no âmbito das conferências do Doutoramento em Belas Artes – especialidade Ciências da Arte e do Património
Vox Deest. Uma reflexão sobre a “voz” dos artistas por Fernando António Baptista Pereira – [presencial; misto zoom]
https://videoconf-colibri.zoom.us/j/93398763397?pwd=dUlxNTh1NjRlcmVyZ2YzU2ZaajZoZz09
ID da reunião: 933 9876 3397
Senha: 720864
Ouras sessões da especialidade de Ciências da Arte e do Património; Quintas, 17-19 horas – via zoom
- 16 Novembro – Fernando Rosa Dias – Imagem na Era da Reprodutibilidade: do seu uso político à sua saturação na Era do Simulacro [apenas por zoom]
- 23 Novembro – Ana Bailão – Projetos na Conservação e Restauro [presencial para doutorandos; misto zoom]
- 30 Novembro – Fernando António Baptista Pereira – Vox Deest. Uma reflexão sobre a “voz” dos artistas [presencial; misto zoom]
- 7 Dezembro – Cristina Azevedo Tavares – Gravadoras portuguesas pioneiras [apenas por zoom]
- 14 Dezembro – João Peneda – A fotografia na era da sua produção pela inteligência artificial (IA) [apenas por zoom]
revista “convocarte” nº 14/15: arte e mobilidade: eppur si muove! / ART AND MOBILITY: Epur si muove! / ART ET MOBILITÉ: Epur si muove! — chamada de trabalhos
Nov 05 2023Apresentação e lançamento da versão digital prevista para fevereiro 2024 | Presentation of the digital due in February 2024 | Présentation et sortie de la version numérique prévus pour février 2024.
Arte e Mobilidade: Eppur si muove! [PT]
Eppur si muove ou E pur si muove, normalmente traduzido como «mas movimenta-se» ou «no entanto ela move-se», é uma frase que se atribui a Galileu Galilei. Polemicamente, e segundo a tradição, ela terá sido afirmada logo após Galileu renegar a visão heliocêntrica da Terra perante o tribunal da Inquisição.
Além da retórica da expressão, que faz um tropos ao que se acabara de renegar, invertendo o seu sentido, ela tem esse cunho de nos dizer que a estaticidade é um limiar impossível ao ser humano, porque estamos sempre em movimento. Também, e para além da ironia actual da expressão, na saída de uma situação global de confinamento, que nos obrigou à imobilidade, a expressão surge com uma força cultural de resistência, de recusa da imobilidade nos seus impedimentos e restrições aos corpos e aos objetos, para assim nos lembrar a força de resiliência da fala, da acção ou da coragem.
Se este apelo à mobilidade tem esta tradição de coragem deontológica na história da ciência, servindo de exemplo a manutenção de princípios apesar de violentas pressões externas em sentido contrário, facilmente lhe encontramos toda uma espessura cultural nas artes. A mobilidade pode assumir um primeiro grande plano da deslocação do artista, busca por novas influências e formações que ampliem os horizontes da sua capacidade de produzir Arte.
A aceleração da dinâmica e tensão dos ismos, que marcam a arte ocidental desde a entrada na era industrial, não prescinde da relação com outras possibilidades de deslocação, mais rápida e de constante aceleração. Tal permite pensar que a relação entre os movimentos da história e os da deslocação do espaço geográfico estão relacionados. A mobilidade implica a conjugação do espaço e do tempo, mas também mobiliza rupturas.
Mas, não se trata de fenômeno novo. Muito antes da revolução industrial e das facilidades da aldeia global, conectada no instante da velocidade da luz da Internet, sempre houve viagem na Arte, permitindo a troca e partilha de objectos artísticos, como das suas técnicas e estilos. A história da arte é um vasto mapa de viagens de contatos artísticos, de deslocações de artistas e obras, que transportam consigo uma partilha de influências. Impossível, assim, separar o movimento de artistas e obras que se tem dado ao longo do tempo, pois tudo isso se liga aos próprios movimentos da história da arte.
Mas, se a ênfase à mobilidade não se dá como fenômeno novo, o momento contemporâneo amplia a dimensão e velocidade das mobilidades já presentes nas culturas Paleolíticas, Mesolíticas ou Neolíticas, ou nos nomadismos dos povos primevos das Américas, África e Oceania. Há múltiplas possibilidades de abordar o problema das culturas itinerantes nos dias que correm, cuja lógica artística e cultural assenta na disponibilidade constante ao móbile.
Agente crucial na questão da mobilidade nas artes é o próprio artista. O artista em viagem amplia a sua experiência e conhecimento. O viajar, como prolongamento da sua formação, é decisivo sobretudo a partir da Era Moderna e com o espírito do artista culto do Renascimento. A deslocação pode servir para uma formação e crescimento de si, como pode trazer consigo rupturas, ser exílio, voluntário ou involuntário, político ou artístico, dimensões que têm marcado a história das civilizações.
A deslocação pode dar-se por razões de um projecto artístico, como o caso do ar livrismo, que determinou uma das questões mais relevantes da história da pintura do século XIX, culminando num dos movimentos artísticos mais míticos da arte moderna, o Impressionismo, sobretudo com o ar livrismo total de Monet. Ou, mais recentemente, as derivas dos situacionaistas ou as caminhadas de Richard Long no âmbito da Land Art ou, enquanto acção artística, a famosa deslocação de uma montanha de Francis Alÿs, obra com Cuauhtémoc Medina e Rafael Ortega (When Faith Moves Mountains, 2002), entre muitas outras.
Nesse dossiê temático, propomos uma profunda reflexão sobre a viagem nos estudos artísticos das Artes, desde a noção de artista viajante, com seu diário de viagem, o ar livrismo e as residências artísticas, ou seja, da viagem como fundamento ou processo artístico. Também interessam as relações entre as instituições artísticas e a viagem cultural como mercado, enquanto dimensão turística da arte, lançando a discussão entre a necessidade de visita e a criação artística. Tal como há um turismo do artista, mesmo pondo em jogo os estigmas desta palavra enquanto modo de viagem, há um alargado e intenso turismo da e para a Arte, motivando e mobilizando deslocamentos.
Problematizar a mobilidade chama tanto o seu excesso e poluição (por exemplo, a noção de «dromologia» de Paul Virilio), como a ideia de imobilidade, extremos necessários à discussão do que os deslocamentos assinalam no mundo da arte. Além das ditas artes do tempo, como a literatura, a performance, o cinema ou a música, também as artes plásticas, ditas do espaço, se implicam no movimento, com vários artistas a entrarem na mobilidade dos referentes, como Delacroix, Degas, Rodin, os futuristas ou, por outra via, o próprio cubismo, com a sua ideia da deslocação do artista em torno do referente. O movimento torna-se assim um tema ou problema para a representação. Mas também pode ser um problema construtivo da obra, permitindo estender a questão às obras cinéticas, reais e virtuais, do construtivismo russo à Op Art.
A mobilidade encontra-se como questão cultural abrangente, como deslocação dos seus agentes (desde dimensões da produção, a partir do lugar do artista, como da recepção, e em torno do lugar do observador) e toda a partilha cultural daí advinda, como pode ser uma questão da obra, da sua deslocação física, seu tema ou modo de relação com os seus motivos, como ainda da sua construção interna.
Portanto, fica claro a necessidade de uma resposta a esse interesse investigativo e criativo, tanto da comunidade acadêmica quanto artística, que por diferentes perspectivas consubstanciam arte e deslocação, numa relação profícua. Assim, propomos como desafios à reflexão, algumas temáticas:
– A velocidade, viagem e mobilidades nas artes.
– O artista viajante e em deslocação, das peregrinações, às missões artísticas, ao ar livrismo, ou às recentes residências artísticas.
– As residências artísticas como jogo deslocação e possível fixação temporária, desenhando cenários e impactando a [re]criação artística.
– Deslocações por exílio, migrações e outros caminhos pós-coloniais
– Projectos artísticos assentes na ação e na mobilidade, implicando a deslocação.
– A deslocação de colecções e obras, em exposições ou saqueadas historicamente.
– Obras e coleções em deslocações: o artístico tornado evento.
– Percursos artísticos no mundo do eu, enquanto artística, curador, espectador, etc.
– A mobilidade cultural dos processos artísticos, sobretudo no espírito da arte moderna e contemporânea e sob o signo das vanguardas artísticas.
Mas, dentro do princípio Eppur si muove, a proposta abre-se ao acolhimento de outros possíveis desafios. Pode-se ensaiar sobre o contraponto aos impedimentos de mobilidade, aos processos, impositivos ou não, de imobilidade, como o recente caso global da pandemia do Covid 19. Porque: Eppur si muove
1ª conferência arcite — (cruzando) artes, ciências e tecnologias
Nov 01 202318 NOVEMBRO 2023 > 10H00 I AUDITÓRIO LAGOA HENRIQUES
As artes, as ciências e as tecnologias fazem normalmente parte do escopo de interesse da maioria das instituições de ensino superior, tanto que, cada vez mais, estas entidades nos últimos anos têm feito um notório esforço para ampliar a sua oferta formativa, criando cursos novos, sobretudo na área das artes (que em regra tem sido a parte mais débil da oferta formativa). A ideia geral deste evento é a de mostrar e debater experiências bem sucedidas de transversalidades entre as artes, tecnologias e as ciências, realizadas no terreno da academia ou no da profissionalidade, tendo como pano de fundo uma ideia de comunicação (e estetização do conhecimento). Desenvolvimentos recentes na área educacional, em particular, a popularização e o crescimento do ensino por projetos de trabalho, vem colocar extraordinários desafios pedagógicos à educação, quer a montante, no que respeita à formação de professores, quer a jusante, no que respeita ao trabalho realizado em sala de aula, obrigando a repensar novas formas de transversalizar o conhecimento permeabilizando mais os saberes disciplinares. Pretende-se então conhecer e explorar as possibilidades de replicação, avaliar e analisar o potencial didático-pedagógica dessas experiências singulares partilhadas pelos conferencistas.
Objetivos:
Apreciar metodologias de comunicação científica em várias áreas das artes das ciências e da tecnologia que façam uso das diversas linguagens artísticas.
Conhecer estratégias didáticas de ensino de artes e/ou ciências que se estruturam inter e/ou transdisciplinarmente nas artes plásticas, nas artes digitais, nas artesperformativas e noutras artes e que envolvam simultaneamente processos científicos e/ou tecnológicos;
Divulgar/publicar o “estado da arte” (“the state of the art”) sobre a temática, a partir (de uma seleção) das conferências apresentadas, utilizando posteriormente os meios editoriais próprios da instituição que acolhe o evento (CIEBA – Abertura da possibilidade à edição em parceria).
Organização: Grupo de Educação Artística/ CIEBA: Centro de Investigação e Estudos em Belas Artes/ Faculdade de Belas Artes
Coorganizador: CIED: Centro Interdisciplinar de Estudos Educacionais/ Escola Superior de Educação de Lisboa
Inscrições Gerais:
Inscrições gratuitas, mas com limite de lugares condicionado pelo limite do auditório. Inscrições condicionadas a docentes para aproveitamento de creditação como formação contínua
Link para inscrições: https://bit.ly/ConferenciaARCITE
Programa
10h00 – Sessão de abertura.
10.30 – Ricard Huerta, (Professor. Catedrático, investigador no Instituto de Creatividad e Innovaciones Educativas, Universidad de València, Espanha: “El Silencio como verdad insumisa en arte, ciencia y comunicación”.
11h30 – Catarina Pombo Nabais (Investigadora do Departamento de História e Filosofia das Ciências da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa/membro integrado do Centro de Filosofia das Ciências da Universidade de Lisboa): “Filosofia, Ciência e Arte: O caso de Van Gogh”
Pausa para Almoço
14h30 – Álvaro Laranjeira Santos (Médico cirurgião/Hospital Distrital de Évora): “Artes visuais e medicina: uma experiência pessoal”.
15h30 – Mariana Valente (Profª. Auxiliar Aposentada/ Universidade de Évora/ Investigadora no Instituto de História Contemporânea, Universidade de Évora): “O valor dos encontros com as artes visuais no ensino da física: narrativas interdisciplinares”.
17h00- Encerramento
cieba artist talks
Out 26 2023
30 de outubro 2023 I 17h30-19h30 I Grande Auditório, FBAUL, entrada livre
Palestra de Suzanne Lacy, “Curious heART: spiritual and relational aspects in social practice”
Entrar Zoom Reunião
https://videoconf-colibri.zoom.us/j/95748033397
ID da reunião: 957 4803 3397
31 de outubro 2023 I 10h-12h I Sala 3.01 (Sala de reuniões)
Aula aberta com Suzanne Lacy
[Info e inscrições: +351 960 236 881]
10 de outubro 2023 I 17h30-19h30 I Grande Auditório, FBAUL, entrada livre
Palestra de Shelley Sacks, “Escultura Social, a Dimensão Interna da Sustentabilidade e o Campo da Transformação”
11 de outubro 2023 I 10h-13h ou 14h30- 17h30 I Sala 2.07 FBAUL, entrada livre
Fórum de Prática Reflexiva com Shelley Sacks [para alunos, entrada livre].
[Info e inscrições para o Fórum: +351 960 236 881]
CIEBA Artist Talks tem como objetivo dar a conhecer – através de palestras – artistas, autores e investigadores cuja obra, quer plástica, quer escrita, é um contributo fundamental para o pensamento crítico contemporâneo, nomeadamente no âmbito da arte com envolvimento comunitário. As palestras permitem a revelação dos princípios que norteiam as metodologias de criação das artistas e são espaços de debate, de reflexão e de criação coletiva de conhecimento.
Nas palestras de 2023, Shelley Sacks e Suzanne Lacy, cuja obra tem um caráter assumidamente social e político, refletem sobre aspetos subtis e internos, as dimensões espiritual, relacional e transformacional da sua prática artística.
Para além das palestras, cada autora orientará uma aula aberta, onde os alunos podem refletir acerca dos seus projetos artísticos comunitários.
Shelley Sacks é uma artista social, ativista cultural, artista performativa, escritora. Professora Emérita e Diretora da Unidade de Investigação em Escultura Social na Universidade de Oxford Brookes, desenvolveu a Escultura Social como um campo de investigação e dirigiu programas de Mestrado e Doutoramento em Escultura Social e Prática Conectiva.
Nesta palestra destaca a dimensão interna da sustentabilidade, a ligação entre transformação individual e coletiva, e enfatiza a imaginação radical necessária para moldar um futuro mais vivo e sustentável.
A artista Suzanne Lacy trabalha há mais de 40 anos em comunidades de todo o mundo. O seu trabalho surgiu da prática de arte performativa nos anos 70 e os seus textos foram essenciais para a fundação da arte como prática social. O seu trabalho é decididamente político e social mas nesta palestra irá enfatizar as dimensões relacionais e espirituais da prática da arte com comunidades, bem como as dimensões internas do trabalho com a diferença. Lacy é professora na Escola Roski de Arte e Design da Universidade do Sul da Califórnia.
Ver e ouvir para pensar a escrita e o alfabeto — conferência de baudouin jurdan
Out 01 202325 OUTUBRO 2023 > 17h00 I SALA 4.12
Realiza-se no próximo dia 25 de outubro, na sala 4.12, a conferência Ver e ouvir para pensar a escrita e o alfabeto do Professor Baudouin Jurdan, da Universidade de Paris Diderot, no âmbito do Mestrado em Práticas Editoriais e Tipográficas.
Entrada livre
Baudouin Jurdant foi professor na Universidade de Paris Diderot entre 1997 e 2011, depois de ter sido professor na Universidade de Estrasburgo, onde dirigiu de 1976 a 1997 o Groupe d’Etude et de Recherche sur la Science de l’Université Louis Pasteur (GERSULP), fundado em 1973 por Guy Ourisson, então reitor da universidade.
Baudouin Jurdant iniciou a sua carreira profissional como jornalista num grande jornal diário regional em 1962. Em 1973, obteve o seu doutoramento (Les Problèmes théoriques de la vulgarisation scientifique, publicado em 2009 pelas Editions des Archives contemporaines). Em outubro de 1969, foi nomeado Teaching and Research Fellow na Universidade de York, na Grã-Bretanha, no Departamento de Línguas, e participou num inquérito sociolinguístico no Belize. Em 1972, foi nomeado professor de Sociologia na mesma universidade. Regressou a Estrasburgo em 1974 e tornou-se Diretor do GERSULP em 1976. Defendeu a sua tese de doutoramento em 1984. Título da tese: Ecriture, monnaie et connaissance (Escrita, moeda e conhecimento).
De 1982 a 1990, juntamente com Michel Paty, foi co-editor-chefe da revista bilingue Fundamenta Scientiae, publicada pela Pergamon em Oxford. É membro fundador da rede internacional PCST (Public Communication of Science and Technology).
É o tradutor das principais obras do filósofo Paul Feyerabend para as Editions du Seuil. Desde 2005, tem estado envolvido na conceção e gestão do Liceu Ermesinde em Mersch (Luxemburgo). Desde 2014, é também membro associado do Centro de Filosofia da Ciência da Universidade de Lisboa.
Detours of Possibilities: Alexander Kluge’s History-Images — Conferência de Sven Lütticke
Out 01 202320 OUTUBRO 2023 > 19H00 I GRANDE AUDITÓRIO
Detours of Possibilities: Alexander Kluge’s History-Images
Conferência de Sven Lütticke
In this lecture/screening, clips from a number of films by Alexander Kluge (long and short, older and recent) will guide the analysis of the German filmmaker and writer’s distinctive approach to history. Kluge stretches and compresses time, condensing millennia into short videos while creating sprawling constellations on DVD or online, projecting imperial histories into sci-fi futures and reimagining historical events in order to sound out dormant potentialities.
Sven Lütticken is associate professor at Leiden University’s Academy of Creative and Performing Arts / PhDArts, and he coordinates the research master’s track Critical Studies in Art and Culture at the Vrije Universiteit Amsterdam. His most recent book publications are Objections: Forms of Abstraction, Vol. 1 (Sternberg Press, 2022) and the critical reader Art and Autonomy (Afterall, 2022).
This event is organized by the working group “Thinking Documentary Film” and part of the project “Philosophy and Documentary Film. Mediating the Real”, funded by national funds through FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia under the project EXPL/FER-FIL/0045/2021.
It is integrated in the activities of the New Media Department, Faculty of Fine Arts, University of Lisbon.
riact nº 6 — Investigação artística versus Investigação sobre arte – Quando a pintura rumina a ekphrasis
Out 01 2023
“J’eKphrase comme je respire [...]”
Hélène Cixous, “Quand H. C. essaie de s’excuser…”, Études françaises, 51(2), 25–35, 2015.
“If critics agree at all about ekphrasis, they stress the fact that it has been variously defined and variously used and that the definition ultimately depends on the particular argument to be deployed.”
Peter Wagner, (ed.), Icons – Texts – Iconotexts: Essays on Ekphrasis and Intermediality, Köln, Walter de Gruyter, 1996, p.11
“Entendons par ekphrasis la parole issue de l’image: non pas celle que nous pouvons prononcer à propos d’elle mais celle qu’elle nous propose ou suggère elle-même. L’ekphrasis à ce compte n’est pas un commentaire, ni une analyse, ni une évaluation de l’œuvre.”
Jean-Luc Nancy, “Ekphrasis”, Études françaises, 51(2), 25–35, 2015.
Na próxima RIACT vamos fazer a exploração da diferença entre investigação artística e investigação sobre arte, baseando parte substantiva da reflexão na ekphrasis, noção artística tantas vezes repudiada por artistas plásticos que viram e veem nela um perigo de usurpação daquilo que a expressão artística tem de mais fecundo e insubstituível. Na verdade, a ekphrasis foi e continua a ser — em novos e actuais moldes — um procedimento de interpretação e legitimação transversal a muitas criações artísticas, podendo assumir as mais diversas fundamentações (proporcionais à toda a liberdade interpretativa, como diz Jean-Luc Nancy no texto acima citado: “[...] il y a autant de modes de l’ekphrasis qu’il y a de façons de parler”), assim como as mais surpreendentes formas literárias, tendo muitas vezes retardado — e até minado — outras possibilidades de assimilação e interpretação das obras de arte.
A RIACT Nº6 explora aspectos essenciais da investigação artística enraizada na prática, com particular ênfase nos contributos da pintura para a erosão da ekphrasis enquanto procedimento que no passado foi central para a identificação e entendimento da prática pictural. De facto, com o desenvolvimento exponencial da investigação artística em pintura e áreas afins, seja na esfera académica, seja nas esferas que o não são (nem aspiram a ser), esta expressão artística tem vindo a desautorizar o excesso de vozes externas aos seus procedimentos e rituais, nomeadamente os lances judicativos que tendem a desenvolver investigação sobre arte de maneira invasiva e substitutiva da vida que caracteriza a plasticidade interna, mas porosa, da pintura.
Devido à actualidade desta mudança e alargamento de orientação investigativa, convidam-se artistas e autores a desenvolver uma abordagem crítica sobre as modalidades de ekphrasis que ao longo da história mais contribuíram para o hiato entre o pensamento pictural (inerente à plasticidade do fazer) e o pensamento sobre pintura excessivamente apoiado na “palavra” aureolada de metafísica, sem a devida exploração dos intervalos e das subtilezas existentes entre a reflexão teorética e a reflexão plástica e sensível, sendo a última a verdadeira fundadora de qualquer lance sobre o sentido da pintura.
Paralelamente aos objectivos acima indicados, para que esta orientação metodológica — a investigação artística baseada na emanação plástica da pintura — não se confunda com uma pobre adversidade ou inclinação niilista, serão tratadas diversas formas de harmonização entre Criação Artística, Investigação Artística e Investigação sobre Arte, explorando as afinidades e as diferenças entre si, sem sombra de subserviência de umas para com as outras metodologias, apelando à realização de um levantamento das características que aproximam e separam as três esferas. Convidam-se também os autores para um debate sobre as especificidades da investigação artística, no fundo, a auto-tematização da sua força e pertinência, no sentido em que realizar uma investigação com esta preocupação acrescida terá necessariamente como tema os caminhos e as caracterizações que a própria investigação artística baseada na emanação plástica da pintura pode assumir.
Temas em foco:
- Crítica da Ekphrasis e Investigação Artística
- Autosuficiência da Investigação em Pintura face à Investigação sobre Pintura
- Autonomia do Pensamento Pictural face ao Pensamento Estético-Filosófico
- Plasticidade e Semântica à luz da Investigação Artística
- Intermaterialidade na Investigação Pictural
- Fluxo Temporal, Torrente Pictural e Investigação Artística
- Cruzamento das hipóteses acima indicadas
Datas importantes
10 de janeiro: Submissão da proposta para a 1ª Revisão por pares.
10 de fevereiro: Resultados da 1ª Revisão
15 de março: Submissão da proposta para a 2ª Revisão por pares.
17 de abril: Resultados da 2ª Revisão
30 de maio: Edição dos ensaios submetidos e aprovados para a Nº6 da RIACT
Para obtenção de informações sobre a extensão da proposta e outras características editoriais, consultar o “Meta-artigo” (Características gerais da Proposta de Investigação a submeter) em http://riact.belasartes.ulisboa.pt/
Poderá também enviar correio electrónico para este endereço: riact.artisticresearch2030@gmail.com
7th edition of International Meeting on Retouching of Cultural Heritage (RECH7 – 2023)
Out 01 202312 > 14 OCTOBER 2023 I LAGOA HENRIQUES AUDITORIUM
After three editions in Porto, Portugal, the 4th edition in Split, Croatia, the 5th edition in Università degli Studi di Urbino “Carlo Bo”, in Italy, and the 6th in collaboration with the Instituto Universitario de Restauración del Patrimonio (IRP) of the Universitat Politècnica de València, Spain, this year, this Meeting, 7th edition of International Meeting on Retouching of Cultural Heritage (RECH7 – 2023), will be at the Faculty of Fine Arts of the University of Lisbon (FBAUL), in Portugal.
For those who don’t know RECH yet, RECH Biennial Meeting is one of the largest educational and scientific events in chromatic reintegration field, an ideal venue for students, conservators, and scientists to present their research results about this topic.
Please visit the WEBSITE for more information.
INSCRIÇÕES ENCERRADAS / REGISTRATION CLOSED
XX Internacional Conference on Culture and Computer Science – Code and Materiality
Set 27 202328TH > 29TH SEPTEMBER 2023 I LAGOA HENRIQUES AUDITORIUM
The XX International Conference on Culture and Computer Science – Code and Materiality will be held on the 28th and 29th September, 2023 at the Faculty of Fine Arts of the University of Lisbon, in Lisbon, Portugal.
Further information such as submission procedure, important dates, costs can be found on the conference website: https://kui.htw-berlin.de
We appreciate your active participation as well as forwarding to interested parties.
The KUI-2023 Organisation Committee
CIAC – Polo Universidade Aberta and INKA Research Group, HTW Berlin
seeds – means for a sustainable art practice
Set 01 202302 > 03 SETEMBRO 2023 I GRANDE AUDITÓRIO FACULDADE DE BELAS-ARTES
Este Ciclo insere-se no projeto internacional com o mesmo nome, apoiado pelo programa Europa Criativa e liderado pela Associação Quinta das Relvas, e que visa a partilha, investigação e exploração de vias que promovam uma prática artística mais sustentável.
KEY-SPEAKERS: Linda Weintraub (USA), Yasmine Ostendorf-Rodríguez (NL) e Sónia Francisco (PT)
Comissão Científica: Ana Thudichum Vasconcelos, Artur Ramos, Beatriz Manteigas, Henrique Costa, Hugo Passarinho, Susana Oliveira (CIEBA/FBAUL)
Comissão Executiva: Beatriz Manteigas, Hugo Passarinho, Mariana Malheiro, Noemi Ferreira
Participação gratuíta, presencial ou online, mas com inscrição obrigatória em projectseeds.eu
+ info: projectseeds.eu
O projeto reunirá 12 artistas que irão participar em várias atividades, das quais residências artísticas, acções de disseminação, exposições, conferências e workshops.
O projeto culminará numa exposição na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa em maio de 2024, onde será igualmente lançada uma Publicação, Tool-kit e documentário vídeo relativos ao projeto.
última lição_Professor Fernando António Baptista Pereira
Jul 10 20236 JULHO 2023 | 11h00 | GRANDE AUDITÓRIO //VIA ZOOM
No dia em que completa 70 anos, o Professor Catedrático Fernando António Baptista Pereira dará a sua Última Lição, despedindo-se assim da sua longa carreira como docente da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa.
Aceder à gravação da ÚLTIMA LIÇÃO
Nesta Última Lição intitulada VOX DEEST, o Professor fará uma reflexão sobre a “Voz” dos Artistas.
Entrada livre até à lotação da sala.
Este evento é passível de ser fotografado e filmado e posteriormente divulgado publicamente.
VOX DEEST
Uma reflexão sobre a «Voz» dos Artistas
A expressão latina Vox Deest (só lhe falta a voz) aplicava-se, na Antiguidade Clássica, às Artes Plásticas, por contraposição com a Poesia, na mesma linha do tópico enunciado numa outra expressão, Ut Pictura Poesis, que defendia ser a Pintura uma Poesia Muda e a Poesia uma Pintura falante.
Por vezes, a expressão Vox Deest foi livremente traduzida pela conhecida expressão «só lhe falta falar», aplicando-se correntemente a um Retrato pintado. Com efeito, o famoso arquiteto, pintor e memorialista Giorgio Vasari, nas suas Vite, ao referir-se aos retratos executados pela pintora Sofonisba Anguissola na sua terra natal, Cremona, antes de partir para Castela, diz che non manchi loro che la parola.
Contrariando esta proclamada «mudez» das Artes, desde esses tempos da Antiguidade que os Artistas procuraram ter e afirmar uma voz: escreveram tratados sobre as artes que praticavam, atividade continuada durante a Idade Média, sob outros contextos, e, sobretudo, a partir do Renascimento, acrescentando igualmente dimensões memorialísticas e críticas sobre os artistas que os haviam antecedido. Por outro lado, haverá que interrogar essa suposta «mudez» da Pintura ou até da Escultura, através de exemplos concretos, por sinal bem «falantes»…
É um facto indesmentível que, até ao final do século XVII, quando o próprio ensino académico das Artes atingiu um ponto de estabilização em vários países da Europa, os principais tratadistas e memorialistas eram ou tinham sido artistas de formação.
Em meados do século XVIII, com o desenvolvimento das ciências e dos saberes humanísticos proporcionado pelo Iluminismo, a reflexão sobre as Artes desdobra-se em várias disciplinas que se autonomizam epistemologicamente: a crítica de arte surge ligada ao movimento dos Salons e é protagonizada por Diderot, um escritor ou literato; a história da arte é formalizada a partir de uma base arqueológica por Winckelmann; a Estética autonomiza-se com Lessing.
Nos dois séculos seguintes, a reflexão sobre as Artes é principalmente protagonizada por escritores, historiadores e filósofos, remetendo-se os artistas a reflexões esparsas que passam a ser classificadas, por vezes depreciativamente, como «escritos de artistas», apesar do êxito que alguns livros escritos por artistas conhecem desde que foram publicados, como o é o caso de Do Espiritual na Arte de Vassili Kandinsky. Nesses livros, nesses «escritos de artistas» e em «memórias descritivas» de projetos ou simplesmente em aforismos, observações e ditos de artistas recolhidos por outros autores encontramos análises e leituras de obras dos próprios ou de outros artistas do passado que ultrapassam em perspicácia e pertinência invariavelmente tudo o que a História da Arte, a Crítica ou a Estética eram capazes de formular, nesses mesmos tempos, sobre as épocas ou os artistas em causa, o que nos vem colocar a questão da importância crucial desse «ponto de vista» interno e inerente à própria Arte que, normalmente, não é considerado.
No final do século XX e nas primeiras décadas do XXI, quando, finalmente, a Universidade parece ter perdido (talvez ainda não completamente, se atendermos aos chamados «critérios de produção científica») o preconceito medieval relativamente às «artes mecânicas» e decide incorporar no seu seio as Escolas e Academias de Belas-Artes e, principalmente, quando os Artistas começam a realizar Mestrados e Doutoramentos, por vezes num intervalo de tempo de pouco mais de uma década e meia, encontramos uma nova situação em que os Artistas podem, justamente, reclamar e reafirmar a sua «voz» perdida e recuperada, acrescentando dimensões novas, amplificantes e definitivamente «expandidas» (como se tem verificado nos diversos campos artísticos) à História da Arte, à Conservação e Restauro, à Crítica e à Curadoria e à Estética.
FABP
projeto seeds open call
Jul 10 2023OPEN CALL ATÉ 16 JUNHO 2023
A Associação Quinta das Relvas (PT), as Oficinas do Convento (PT), a Rural Contemporánea (ES) e a CHORUS (GR) têm o prazer de divulgar uma Open Call para a participação no seu projeto SEEDS – means for a sustainable art practice, dedicado à articulação entre as Artes e a Sustentabilidade.
O projeto reunirá 12 artistas que irão participar em várias atividades, das quais residências artísticas, acções de disseminação, exposições, conferências e workshops.
O projeto culminará numa exposição na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa em maio de 2024, onde será igualmente lançada uma Publicação, Tool-kit e documentário vídeo relativos ao projeto.
+ info e candidaturas: www.projectseeds.eu
manuel jardim fase preparatória
Jul 09 2023
14 JUNHO > 15 JULHO 2023 I COLÉGIO DE SANTO ANTÓNIO DA PEDREIRA, COIMBRA
A Casa-Museu Elysio de Moura organiza em colaboração com o CIEBA – Centro de Investigação e Estudos em Belas Artes da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa um duplo evento comemorativo: um colóquio dedicado ao percurso académico do pintor português Manuel Jardim [1884-1923] entre a Escola de Belas-Artes de Lisboa e a Académie Julian de Paris e uma exposição centrada nos desenhos-exame inéditos da sua autoria pertencentes à coleção de Elysio de Azevedo e Moura e Celestina Salgado Zenha.
Colóquio Manuel Jardim. Fase preparatória. Percursos entre a Escola de Belas-Artes de Lisboa e a Académie Julian de Paris - 14 de junho, às 10h00, no colégio de Santo António da Pedreira, em Coimbra.
Exposição Manuel Jardim. Fase preparatória. Os desenhos-exame da Escola de Belas-Artes de Lisboa na coleção de Elysio de Azevedo e Moura e Celestina Salgado Zenha inauguração 14 junho, 17h45. A exposição ficará patente até 15 de julho de 2023.
O colóquio e a exposição têm a coordenação e curadoria científicas de Milton Pedro Dias Pacheco, diretor da Casa-Museu Elysio de Moura e investigador integrado do CHAM, e de Luísa d’Orey Capucho Arruda, docente aposentada da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa e investigadora do CIEBA – Centro de Investigação e Estudos em Belas-Artes da mesma faculdade.
COMISSÃO ORGANIZADORA
Milton Pedro Dias Pacheco (CHAM)
ORGANIZAÇÃO
Casa-Museu Elysio de Moura
CIEBA – Centro de Investigação e Estudos em Belas Artes da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa
PARCERIA
CHAM / NOVA FCSH
urban creativity
Jul 03 202306 > 08 JULHO 2023 I CIUL/ CML / GRANDE AUDITÓRIO FBAUL / CIM/ CML
Decidimos celebrar a 10ª edição da conferência Urbancreativity.org sugerindo “números” como tema genérico para 2023.
Nosso trabalho de partilha e divulgação de pesquisa combina muitas perspectivas amadoras, profissionais e académicas sobre: Graffiti/ Street Art/ Arte pública – representada em nossas revistas SAUC Street Art and Urban Creativity e CAP Cadernos de Arte Pública. Existirá um grupo específico de painéis dedicados a: Experiência de Utilização urbana refletindo o Journal UXUC User Experience and Urban Creativity. Algumas relações também ocorrerão com os estudos de desenho/arquitetura que povoam os periódicos digitais AIS Architecture Image Studies e BBDS Black Book Drawing and Sketching.
Na lista de oradores incluem-se (entre outros):
Stephanie Marsh, UX Research Operations Lead da Springer Nature, UK;
Tristan Manco, author, lecturer and creative director, UK;
Joerg Huber, photographer, Germany;
Ulrich Blanché, University of Heidelberg, Germany;
Jacob Kimvall, Konstfack University of Arts, Stockholm, Sweden;
Susan A. Phillips, Pitzer College, Robert Redford Conservancy for Southern California Sustainability, USA;
Ilaria Hoppe, Katholische Privat-Universität Linz, Austria;
Susan Hansen, Nuart Journal co-editor, Middlesex University, UK;
Isabel Carrasco Castro, Marist College, Spain;
Martyn Reed, Nuart director, Nuart Journal editor, Norway;
Javier Abarca, independent researcher, Spain;
De 6 a 8 de Julho 2023
6 de manhã no Centro de Informação Urbana de Lisboa (CIUL/ CML)
6 de tarde e dia 7 no Grande Auditório da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa (FBAUL)
dia 8 no Centro de Inovação da Mouraria (CIM/ CML)
Inscrições e programa da conferência em: Urbancreativity.org
xCoAx 2023: 11th International Conference on Computation, Communication, Aesthetics and X
Jul 03 202305 > 07 JULY 2023 I WEIMAR, GERMANY
xCoAx 2023 — 11th Conference on Computation, Communication, Aesthetics & X
5–7 July, Weimar, Germany
xCoAx is an exploration of the intersection where computational tools and media meet art and culture, in the form of a multi-disciplinary enquiry on aesthetics, computation, communication and the elusive X factor that connects and characterises them all. Since starting in 2013 in Bergamo, xCoAx has taken place in Porto, Glasgow, Bergamo again, Lisbon, Madrid, Milan, Graz, online, and Coimbra. xCoAx 2023 will take place in Weimar, Germany.
Conference Program
July 5: Conference opening, School of X, exhibition opening, proceedings launch.
July 6: Paper presentations, keynote, performances.
July 7: Artwork and performance presentations, keynote, closing event.
Venues
Conference: Cultural Center mon ami, Goetheplatz 11
Exhibition: Galerie EIGENHEIM, Asbachstraße 1
Performances: Nivre Studio, Georg-Haar-Straße 5
Registrations to xCoAx 2023 are now open!
Register here: https://www.schoolofma.org/programs/p/xcoax
Contacts
http://xcoax.org
info@xcoax.org
https://twitter.com/xcoaxorg
https://www.instagram.com/xcoaxorg/
design at wine // mesa-redonda “O papel dos rótulos nos vinhos portugueses”
Jun 20 202327 JUNHO > 09H45 I AUDITÓRIO LAGOA HENRIQUES
Bernardo Gouvêa, presidente do Instituto da Vinha e do Vinho, Rita Rivotti, CEO da reconhecida agência de design no universo dos vinhos, Frederico Duarte, crítico de design, curador e docente da FBAUL e Rita Soares, CEO Herdade da Malhadinha Nova, em Albernoa, no distrito de Beja, vão sentar-se em redor de uma mesa, para debater “O papel dos rótulos nos vinhos portugueses”. A conversa promovida pelo recém-criado projeto Design at Wine está marcada para as 10h00, do dia 27 de junho, no Auditório Lagoa Henriques da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa. A moderação está a cargo de Patrícia Serrado, jornalista da revista Mutante.
Até que ponto o design exerce influência no mundo do vinho? Quem já não comprou uma garrafa de vinho por causa do rótulo? Corresponderá o rótulo ao posicionamento do respectivo vinho? Estas e outras questões estão em cima da mesa. O objetivo desta conversa é valorizar o design. Os presentes vão falar sobre os desafios, as competências e as estratégias do designer, mas também dos produtores, face à garrafa e aos rótulos de vinho, refletir sobre relação entre o vinho e o rótulo, discutir a convergência entre o design de comunicação e o vinho, envolver os designers nesta matéria e fomentar a sua relação com os produtores de vinho, perceber até que ponto a identidade de um vinho é preponderante para o consumidor e como pode essa mesma identidade “comunicar” com quem escolhe uma garrafa.
O ponto de encontro da mesa redonda é às 09h45. A sessão está aberta a todos!
On collective Memory and Transcultural Visual Discourse – conferência de till ansgar baumhauer
Jun 10 202320 JUNHO 2023 > 17H30 I AUDITÓRIO LAGOA HENRIQUES
No âmbito do projeto EMERGING , convidou-se o professor, artista e investigador Till Ansgar Baumhauer de Dresden, Coordenador do projeto europeu EU4arts, a apresentar no dia 20 de junho, no Auditório Lagoa Henriques, uma conferência, On collective Memory and Transcultural Visual Discourse.
Till Ansgar Baumhauer PhD is a fine artist, curator, and author living in Dresden (Germany). After fine arts studies in Berlin (UdK) and Dresden (HfBK), he has been teaching in- and outside the academic field for almost 20 years. Since 2020, he has been employed at HfBK Dresden; since 2021, he has been working there as project leader and speaker of the Horizon2020-funded project “EU4ART_differences” with a focus on artistic research which involves the art academies of Budapest, Dresden, Rome and Riga. Baumhauer holds a PhD in fine arts from Bauhaus University of Weimar and received a postdoc scholarship there as well. He has internationally taught and given lectures at fine arts academies and universities in Vietnam, Pakistan, Austria, Romania, Israel, Croatia and Germany.
sessão evocativa do centenário de josé dias coelho
Jun 10 2023
18 JUNHO 2023 > 11H00 I GRANDE AUDITÓRIO FBAUL
Realiza-se no domingo, dia 18 de junho, às 11h00, no Grande Auditório da Faculdade de Belas-Artes, a Sessão Evocativa do Centenário de José Dias Coelho, artista plástico e militante comunista assassinado pela PIDE em 1961. A sessão contará com as intervenções do Professor Doutor Eduardo Duarte, Historiador de Arte e Professor da FBAUL, e de Paulo Raimundo, Secretário-Geral do PCP.
Haverá um momento musical e de poesia.
Confirmação de presença até 16 de junho para apoiosectores@pcp.pt ou +351 913 323 816.
Centenário de José Dias Coelho: artista e militante.
Evocamos nesta data, em que se assinalam os cem anos do seu nascimento, uma vida de firme e corajoso combatente pela liberdade, pela democracia, pelo direito à livre criação artística e cultural.
José Dias Coelho frequentou a Escola de Belas Artes de Lisboa, onde cursou arquitectura e depois escultura.
A sua actividade desdobrou-se entre o trabalho artístico e a intervenção política e social.
No trabalho artístico e na sua carreira de escultor começa a ser reconhecido pelas obras que executa, nas quais se destacam as cabeças de Alves Redol, Fernando Namora e Sá Nogueira. Partilha um atelier com Júlio Pomar e outros artistas. Ilustra contos de José Cardoso Pires. Desenha e esculpe. Trabalha para encomendas e para expor, mas também executa ilustrações, como as do livro de Alexandre Cabral, “O Sol Nascerá um Dia”.
Tem, simultaneamente, uma activa participação em todas as lutas estudantis, políticas e culturais dos anos quarenta e cinquenta. Em Outubro de 1955 mergulha na luta clandestina contra o regime que oprimia o seu povo, como funcionário do Partido Comunista Português. Esta decisão revela a nobreza e a firmeza das suas convicções, quando aceita trocar a perspectiva de uma vida artística promissora e a consideração de uma vida cheia de relações sociais pela modesta, mas essencial, tarefa de pôr de pé uma oficina de falsificação de documentos destinados à defesa dos seus camaradas clandestinos.
José Dias Coelho tombou para sempre às balas assassinas desse regime brutal, em 19 de Dezembro de 1961, num combate desigual pela libertação do seu povo. Morreu o artista e o militante, mas não a luta que ele honrou.