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HomeInternacional Lectures — Artistic Research: Experimentation, temporality, radical doubt

Internacional Lectures — Artistic Research: Experimentation, temporality, radical doubt

E_2020_INVESTIGACAOARTISTICA

 23 > 24 NOVEMBRO 2020 | FBAUL

Apresentação geral

Ciclo Internacional de Conferências sobre Investigação Artística e o lançamento do novo projecto editorial RIACT — Revista de Investigação Artística, Criação e Tecnologia, nos dias 23 e 24 de Novembro, com irradiação a partir da FBAUL e coordenação de José Quaresma.

No dia 23 de novembro teremos a oportunidade de escutar Michael Schwab, da JAR (Journal of Artistic Research), a propósito da actualidade da questão da Investigação artística em conexão com esta Revista da qual é o Coordenador. A JAR é uma revista (talvez a mais decisiva à escala global) inteiramente dedicada à Investigação Artística.

Logo após Michael Schwab vamos escutar Henk Slager, responsável por projectos e publicações sobre Investigação Artística há cerca de duas décadas. Henk Slager falar-nos-á do Pavilhão da Investigação Artística que concebeu e coordenou para as últimas três Bienais de Veneza.

Teremos ainda o prazer de receber Anthony Schrag, Cameron Cartiere e Mark Harvey, com testemunhos muito singulares sobre este território emergente da Investigação.

O dia 24 está reservado aos conferencistas admitidos pela Comissão Científica da Revista RIACT, após a fase de submissão de textos com “dupla prova cega”.

Com coordenação de José Quaresma e edição da FBAUL, as conferências e a revista integram a 11ª Jornada dedicada a este domínio de trabalho artístico e científico (iniciado em 2010 nesta instituição), estando as comunicações distribuídas da seguinte maneira: no dia 23, no período da tarde, conferenciam alguns dos especialistas em Investigação Artística que compõem a Comissão Científica deste projecto (ver parágrafo a seguir). No dia 24, período da tarde, conferenciam os ensaístas que submeteram os respectivos contributos à revisão por pares (duplamente cega) realizada pela Comissão Científica. 

 

Comissão Científica:
Alys Longley; Ana Isabel Telles Béreau; Annette Arlander; Cameron Cartiere; Fernando Rosa Dias; Fernando Crespo; Maria José Fazenda; Michael Schwab; Sandra Leandro.

 

INSCRIÇÕES ENCERRADAS

CERTIFICADO
Para se obter Certificado de participação nas Conferências será necessário solicitá-lo ao Gabinete de Comunicação da FBAUL (comunicacao@belasartes.ulisboa.pt).  A elaboração dos Certificados faz-se mediante a verificação da assistência efectiva a metade do tempo total das Conferências, detalhe patente nos relatórios que o próprio sistema ZOOM engendra.
Para a eventualidade de alguma “traição tecnológica”, impeditiva da boa fluidez dos trabalhos previstos, sugere-se que no momento programado para o início das Conferências todos os inscritos disponham do endereço electrónico usado na comunicação com a FBAUL, a fim de poderem receber alguma indicação tida como necessária

 

CARTAZ + PROGRAMA 

 

Caracterização do projecto e objectivos

Os artistas que fazem investigação séria e apaixonada — “research with soul in mind”, como Robert Romanyshyn indica na sua obra The Wounded Researcher —, não têm de esperar pelos aspectos mais académicos e técnicos das perguntas pela temporalidade dos gestos artísticos. Caso aspirem e tenham prazer na compreensão de abordagens mais “teóricas”  dos paradoxos do tempo, podem trilhar o caminho da preparação para tal e exercitar-se nesse sentido. Porém, não têm de se submeter a esse exercício paralelo e complementar, caso o apelo interior que sentem seja de outra ordem, caso o clamor tenha outra natureza e proveniência como sucede sempre com a transformação do tempo em temporalidade artística e humana.

A esta reconfiguração do tempo em obra estão os criadores habituados, concedendo-lhe o tempo necessário e o tempo não necessário para a respectiva maturação, descobrindo um tempo para a experiência da tensão criativa e depois da eclosão em obra. Por estes motivos, digamos que talvez não estejam tão familiarizados com uma outra tensão, agora discursiva e sob rituais de exteriorização pública diferentes dos rituais e das condições que envolvem as exposições, os concertos, as performances, ou outras apresentações artísticas, exigindo-se uma harmonização de linguagens artísticas com linguagens não artísticas.

Os momentos-redemoinhos em que pulsam e se abismam nos ateliês, nos espaços públicos, ou então nos palcos, ou nos estúdios; os inesperados abandonos, as curtas e deliberadas suspensões, as pausas exasperantemente demoradas (por vezes auto-impostas por um intrigante número de anos); o regresso aos movimentos-vaivém; as acelerações dos rasgões, rasuras, rupturas, todas estas ocorrências experienciadas pelos criadores, são expressões concretas do tempo transformadas em temporalidade artística, sendo, a nosso ver, imprescindíveis à caracterização das artes no seu todo. São procedimentos artísticos de liberdade e compulsão que se constituem como certezas sensíveis, motivando os criadores/investigadores a reconfigurar plasticamente o mundo que os envolve (ou então, que na sua interioridade irrompe), conduzindo-os à orquestração de tempos e intuições anteriormente dispersas. 

Os gestos aqui referidos estão inextricavelmente embebidos no fluxo temporal (ou então da cadeia temporal mas de “elos causais” combinados com os “elos não causais” para originar a reversibilidade dos tempos), tendo esses gestos a característica dúplice e peculiar de pertencer a esse fluxo, mas também de o revelar de forma indirecta e criativa. 

Ora, estes gestos são apenas uma amostra de um vasto conjunto de procedimentos que os artistas investem com o tempo e contra o tempo, conjunto esse que é imemorial, sobreabundante, imbricado, encontrando-se sempre disponível para o esboço das figuras intermitentes da temporalidade e para nos proporcionar um sentimento momentâneo de tempo reencontrado.

Sendo assim, terminando esta breve apresentação, de facto os artistas que fazem “investigação séria e apaixonada” não têm de esperar pelo momento formal de reflexão sobre “o que é o tempo da criação”, “como é o tempo da criação”, “para que serve o tempo da criação”, pois, sob a condição da experimentação incarnada e da pré-compreensão artística, este questionamento já é a razão de ser, ou melhor, já é uma parte substancial da actividade que desenvolvem. De facto, a violência sobre o encadeamento dos elos temporais sempre caracterizou a actividade artística, sendo o desmembramento das cadeias causais do tempo quotidiano (e do “tempo monumental”) a operação que vai gerar a ocasião propícia para o ímpeto criativo arrancar do informe o que irá ser posterior e duradouramente experimentado, testado, concatenado nas obras de arte, dando assim testemunho criativo de uma temporalidade reconfigurada nessas obras.

Daí a escolha das noções de temporalidade, experimentação e dúvida radical para esta nova edição do projecto da Investigação Artística.

 

Objectivos principais: 

1 — Desenvolver um debate original sobre as três noções já referidas, a saber, temporalidade, experimentação e dúvida radical, mediante a apresentação pública dos resultados das investigações conduzidas nos ensaios que foram  escrutinados pela Comissão Científica deste projecto editorial.

2 — Dar continuidade aos debates internacionais no domínio da Investigação em Artes (como vem sendo realizado desde 2010), esperando deste alargamento um confronto entre diferentes modelos e perspectivas sobre os sentidos da Investigação em Artes.

3 — Contribuir para um melhor entendimento dos aspectos que interligam ou não interligam os domínio da Investigação Artística e da Investigação em Artes, ou então, da demonstração que revele a necessidade da sua complementaridade. 

4 — Persistir na defesa da Investigação em Artes no âmbito universitário e académico, dando a ver a força e a originalidade dos contributos da experiência, da indagação e da formalização artística (com maior ou menor recorte interdisciplinar), assim como na originalidade dos dispositivos de disseminação dessa produção artística, laboratorial e científica no seio da comunidade para os mais diversos fins. 

5 — Desenvolver esforços no sentido da Investigação em Artes de “pretensão e validação” universitária não se tornar uma actividade intersubstituível e idêntica à preparação de uma exposição, espectáculo, concerto, ou outra acção performativa (embora as deva incluir de forma plena ou parcial), pois ainda que estas produções envolvam pesquisas para a respectiva construção e consumação, não podem confundir-se com a investigação Artística baseada em propósitos criativos, reflexivos, e finalmente passíveis de intensa partilha e discussão pública.

O coordenador do projecto
José Quaresma
(docente da FBAUL)

 

Tags:
Nov 10 2020 · Arte, Conferências

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