Arte
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masterclass Embodiment and Playfulness in Interaction Design, com o artista digital Tiago Martins
Mar 01 202314 MARÇO 2023 | 17h00 | GRANDE AUDITÓRIO FACULDADE DE BELAS-ARTES
No dia 14 de março de 2023, às 17h00, irá realizar-se a masterclass intitulada Embodiment and Playfulness in Interaction Design, com o artista digital Tiago Martins, a convite da Prof.ª Mónica Mendes no âmbito do programa Erasmus Staff Mobility.
Este evento decorrerá no grande auditório e está aberto a todos os interessados, incluindo público externo à faculdade.
A masterclass será proferida em inglês.
Evento gratuito e que não requer inscrição, estando apenas sujeito à lotação da sala.
Este evento é passível de ser fotografado e filmado e posteriormente divulgado publicamente.
Sobre a masterclass
Como parte de uma palestra aberta, Tiago apresentará o seu trabalho conjunto, que inclui instalações interactivas, performances, interfaces vestíveis (wearables) e objectos inteligentes, com ênfase na interacção incorporada (embodied interaction) e aspetos lúdicos.
Tiago dará também um mini-curso sobre desenvolvimento de experiências em realidade virtual (RV) usando Unity, para alunos do Mestrado em Arte Multimédia. O curso cobre técnicas de iluminação e renderização para performance; e interactividade em cena usando o XR Interaction Toolkit.
Breve Bio
Tiago Martins é um artista digital e tecnólogo criativo, trabalhando em interação incorporada (embodied interaction) e realidade mista, criando experiências interativas envolvendo aspectos de design de jogos. Os seus trabalhos incluem instalações interactivas, performances, interfaces vestíveis (wearables) e objectos inteligentes.
Tiago é originário de Portugal, mas trabalha no estrangeiro há vários anos. Desempenhou papéis-chave em projetos de inovação, frequentemente no contexto dinâmico das start-ups em Berlim; e deu cursos universitários programação, computação física, design de jogos, realidade aumentada e realidade virtual. Tiago é doutorado pela Universidade de Artes de Linz, Áustria, onde trabalha atualmente como investigador e docente.
mirar-imaginar-vestir | Catálogo
Mar 01 202308 MARÇO 2023 I 16h00 | MUSEU NACIONAL DO TRAJE
No dia 8 de março, às 16h00, no Museu Nacional do Traje decorrerá a finissage da exposição coletiva Mirar-Imaginar-Vestir .
Curadoria: Cláudia Matoos
Artistas: Daniela Remião (Mirar: Memória e sentimento), Michele Augusto (Imaginar: O não casamento de Inês, o vestido invisível); Elaine Almeida (Vestir: Entrelaces) .
As artistas são Doutorandas em Belas Artes – FBAUL e participam do Grupo de Investigação e Estudos em Ciências da Arte e do Património – “Francisco de Holanda” – CIEBA
Mirar-Imaginar-Vestir
Esta proposta revela os olhares de três artistas visuais numa atmosfera interdisciplinar. Moda, fotografia e instalação interativa estabelecem conexões na dimensão simbólica da criação e da reflexão, acerca do universo feminino na poética do matrimónio. Seus ritos, memórias, tradições culturais, afetividades, imaginários, contextos voláteis e eternos, envolvem o visitante em uma imersão lúdica na essência da indumentária de casamento.
O percurso visual estimulará o público nestas (Re)vivências.
Mirar: Memória e sentimento. As imagens da artista Dani Remião surgem de uma elaborada investigação e criação, através de processos de impressão manual. Originam-se de memórias e das coleções de fotografias de familiares e do acervo do Museu Nacional do Traje. O namoro, a cerimónia e a família construída permeiam as suas obras.
Imaginar: O Não-casamento de Inês, o Vestido Invisível. A artista Michele Augusto reflete a presença da invisibilidade – a alma – da personagem histórica, Inês de Castro. O Não-vestido translúcido e os corações escultóricos relicários fundamentam-se na literatura e nos figurinos do acervo do Museu Nacional do Teatro e da Dança.
Vestir: Entrelaces. Três vestidos de noiva em papel e uma silhueta da figura humana fazem parte da obra interativa da artista Elaine Karla de Almeida. As suas referências são as “paper dolls” e as investigações no Museu Nacional do Traje.
As memórias individuais e coletivas, na perspetiva de Maurice Halbwachs, podem se adaptar às nossas perceções atuais. A arte possibilita estes dinamismos atemporais.
Cláudia Matoos, 2022
apresentação do livro “Elogio da poiesis — Reflexões teóricas para a prática da investigação em artes”
Mar 01 2023
03 MARÇO 2023 > 10H00 I AUDITÓRIO LAGOA HENRIQUES
Realiza-se no próximo dia 3 de Março, às 10h00, no auditório Lagoa Henriques a apresentação do livro “Elogio da poiesis — Reflexões teóricas para a prática da investigação em artes”, de Fernando Rosa Dias, com a presença do autor e a participação especial de António Quadros Ferreira por zoom.
O livro já está disponível no repositório da Universidade de Lisboa em https://repositorio.ul.pt/handle/10451/56357.
Este estudo, que revê e reformula vários textos de uma linha editorial sobre a investigação em artes que acompanhamos durante uma década, procura problematizar o actual problema da investigação em artes, na sua relação com o horizonte histórico das artes e dos discursos sobre elas, tal como da criação artística, atravessando questões metodológicas, epistemológicas, hermenêuticas, entre outras.
(…)
Sublinhando a caminhada processual do método encontramos um modo de conhecimento ligado a uma produção poiética sensível, onde o erro, o acidente ou a deriva são modos privilegiados de acerto e encontro com uma nova sugestão de ideia artística com disponibilidade argumentativa e altercadora. Com todas estas premissas atrás trabalhadas procurámos entender (e propor) os mecanismos de emergência conceitual e o seu desdobramento no campo da argumentação teórica ‒ e, por isso, a sua possibilidade de conhecimento e discussão [defendida na parte II.4.4.]. Por isso, o nosso esforço de reflexão escora uma investigação em artes desenvolvida no interior da poiesis, da qual se desenreda a necessidade de um novo argumento do artista para arrostar outras razões da sua poiética.
Das posições deste trabalho, ou das mais determinantes teses que o orientam, destacamos:
1) Que não há investigação em artes sem produção artística (poiesis), tal como sem reflexão teórica (logos) sobre essa prática.
2) Que a investigação em artes traduz novos modos de articulação entre o discurso e a arte com parâmetros inéditos ao longo da história cultural das artes.
3) Que a investigação em artes deve assentar numa poiesis aberta em termos experimentais, não limitada à concepção de uma obra definitiva e certa (que se torna parte de uma poiética mais alargada), muito menos perfeita, privilegiando o caminho do processo poiético enquanto lugar de interrogações e descobertas, fazendo assim do atelier e do ensaio os seus modos.
4) Que esta poiesis deve considerar-se expandida, interminável e experimental. Poiesis expandida, integrando e problematizando os meios técnicos, institucionais, sociais, teóricos, históricos, etc., da arte-sistema, conjugando os vários modos e campos das artes no interior de um fazer (poiesis) e de um pensar (logos) artísticos como modos processuais articulados. Poiesis interminável agindo para além da mera produção de uma obra final e definitiva que se apresente como um telos da poiética, fazendo assim de qualquer produção algo tão determinantes como qualquer esboço ou estudo; Poiesis experimental actuando numa noção de ateliê como laboratório de experimentação e de partilha de vários problemas artísticos e afins.
5) Que há um lugar da investigação em artes tanto no interior do mundo das artes como da Universidade, no modo como transporta inquietações e contributos próprios às noções de verdade, conhecimento, saber, cultura, experiência, etc., considerando que estas não são dimensões redutíveis nem exclusivas às ciências tradicionais.
3 março_Visita guiada à exposição
Mar 01 20233 MARÇO 2023 I 10h30 e 12h00 | TEATRO THALIA
No dia 3 de março, 6ª feira, serão realizadas duas visitas à exposição, guiadas pelo Prof. Fernando António Baptista Pereira, museólogo e Presidente da Faculdade de Belas-Artes, que foi também um dos comissários desta exposição.
Através de quase uma centena de obras, muitas delas trazidas a público pela primeira vez, a Exposição Il Fanatico per la Musica: O Conde do Farrobo e o Teatro das Laranjeiras faz reviver a história política, musical e artística da primeira metade do século XIX em Lisboa e recupera a memória de um homem injustamente esquecido.
Leia aqui tudo sobre a exposição
As visitas são gratuitas, mas é obrigatória a inscrição até ao final do dia 2 de março.
Escolha o horário e inscreva-se no respetivo formulário:
Visita 10h30 – FORMULÁRIO
(máx. 40 pessoas)
VISITA 12h00 - FORMULÁRIO
(máx. 40 pessoas)
Morada
Teatro Thalia
Estrada das Laranjeiras, 211
Artes e Culturas na Educação: conhecer, experimentar, despertar
Fev 25 2023O curso Artes e Culturas na Educação: conhecer, experimentar, despertar é especialmente dirigido aos estudantes dos Mestrados em Ensino da ULisboa. O curso é financiado pela Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD) e implementado, a convite, pela Universidade de Lisboa e pelo Instituto Politécnico de Setúbal.
O curso, que decorre entre 4 de março e 13 de maio de 2023, é inteiramente gratuito para estudantes da Universidade de Lisboa. Ele tem como objetivo o contacto com as artes, através de uma sequência organizada de visitas artísticas, intercaladas por momentos de reflexão sobre o papel das artes e culturas na educação.
Esta iniciativa, que resulta de um protocolo entre a FLAD, a ULisboa e o IPS, tem como Comissão Científica e Pedagógica na ULisboa as Professoras Odete Palaré (FBA), Alexandra Assis Rosa (FL) e Ana Sofia Pinho (IE).
As inscrições devem ser realizadas aqui.
exposição ecos – cultivamos cultura
Fev 22 20239 > 25 FEVEREIRO 2023 | GALERIA BELAS-ARTES
Inaugura no dia 9 de fevereiro, às 17h00, na Galeria da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, a exposição “ECOS”, que ficará patente até 25 de fevereiro.
Horário: 9 a 25 fevereiro, 2ª feira a sábado, 11h00 – 19h00
Coordenação
Cristina Azevedo Tavares
Curadoria
Marta de Menezes
Ecos é uma exposição que reúne diferentes linguagens artísticas que exploram um constante ressoar de narrativas, que remetem para um lugar comum – o espaço da Cultivamos Cultura, no território de São Luís, Odemira.
Em diferentes vagas e ocasiões, este conjunto de artistas desenvolveu formas distintas de escutar os rastos das histórias entranhadas neste lugar, que se repartem e repetem, à espera de se tornarem novamente percetíveis. Através do seu olhar próprio, estas camadas do lugar são reinterpretadas, numa relação de trocas com o que nos rodeia, dando origem a novos sussurros.
Ao remexer no baú imagético, são reveladas imagens a diferentes tempos, num aglomerado que concebe relevos e texturas embebidos em instabilidade. São repetidos gestos que remetem para uma estima e cuidado terno, que recolhe e preserva fragmentos do comum, para que mais tarde possam ser transcritos e traduzidos. As paisagens são sentidas através de diálogos internos – resultantes entre o tirar, o dar e o devolver, que norteiam o tecer de mantas de retalhos. As escalas são invertidas e as estruturas revisitadas de forma a se tornarem habitáveis, num processo que revela padrões ocultos, próprios da observação cíclica. E assim aproximamo-nos aos poucos uns dos outros, convidando outras formas de vida a conversar. Num ritmo constante em que se recebe para dar algo em troca, num diálogo que esmorece, mas não desaparece.
Obras de André Araújo & Nuno Sousa | Andreia D’Oliveira | Diana Mordido Aires | Eileen Ryan | Felipe Shibuya | Gabriela Punín Burneo | Julee Pinto | Marthin Rozo | Paula Bruna & Silvia Renda | Sally Santiago
Investigação artística e transgressão académica
Fev 21 2023LIVRO DISPONÍVEL NO REPOSITÓRIO DA UNIVERSIDADE DE LISBOA
O livro Investigação artística e transgressão académica, agora disponível no repositório da Universidade de Lisboa, compreende um conjunto de textos de José Quaresma escritos nos últimos doze anos sobre a peculiaridade da investigação artística, alguns inéditos, outros reeditados. Trata-se de uma edição da FBAUL, versão digital, em acesso aberto, cuja introdução poderá ser consultada AQUI.
“Há cerca de 40 anos que assistimos a um intenso debate sobre as especificidades desta investigação na esfera das artes, com um tráfego categorial inusitado entre domínios muito distintos — embora com afinidades — tais como: criação artística / investigação artística / investigação em artes / investigação sobre artes / investigação através das artes.
Considerando estas tipologias, defendo a investigação artística como aquela que se envolve de forma mais autêntica nos processos criativos, estando plenamente incorporada nos mesmos e fazendo brotar noções artísticas a partir de uma experimentação incessante. Para algumas formas de investigação orientada pela prática artística (apenas algumas, repito) é igualmente defendida a possibilidade radical de descredenciar a palavra, sobretudo quando esta, pretendendo referir-se à expressão artística, se perde no gosto pela sofística, na usurpação e na pseudo-investigação. Para evitar esta circularidade, pugna-se pela produção de “evidência” investigativa através de processos substancialmente derivados da experimentação artística e instalativa, como pode ser observado no primeiro texto do livro. Numa tentativa de aliar a produção poética e a investigação artística, termino esta breve apresentação com Hölderlin e Annette Arlander:
“Temos vergonha da própria fala. Seria preferível transformarmo-nos em sons e unirmo-nos num cântico celestial.”
[Hölderlin, Hipérion ou o eremita da Grécia ]
“If we had waited for philosophers to agree upon a solid ontological and epistemological basis for artistic research, we might not, even now, have begun.”
[Annette Arlander, Artistic Research in a Nordic Context ]
José Quaresma
Joaquim António Viegas – a construção de um cenógrafo
Fev 21 202318 JUNHO 2022 > 26 FEVEREIRO 2023 I MUSEU MUNICIPAL DE FARO
a pintura contemporânea e o rio do esquecimento — volume ll
Fev 21 2023Já está disponível o livro Manchas e gestos com emanação semântica. Transgressão plástica e eclosão do pensamento pictural, o segundo volume da obra sobre investigação em pintura A pintura contemporânea e o rio do esquecimento da autoria de José Quaresma.
“Trata-se de uma edição da FBAUL, tal como o primeiro volume de 2021. Porém, como uma parte substantiva deste vol. II consiste na investigação realizada para o pós-doutoramento, finalizado recentemente no Porto, com a supervisão do Professor Catedrático António Quadros Ferreira (que teve a amabilidade de escrever o Prefácio), o livro é também co-editado pelo Instituto de Investigação em Arte, Design e Sociedade.
Nesta nova publicação trato da intermaterialidade da pintura, desenvolvo dez acepções distintas para a expressão “a pintura pensa”, aludo à potência instalativa do elemento pictural, viso feixes de temporalidades que a pintura emana, trato dos “vapores fluidos dos avessos” das suas camadas mais interiores, falo da “vida habitativa” do pintor, entre outros temas.”
José Quaresma
O livro ficará disponível nas bibliotecas e nas lojas da FBAUL e da FBAUP, assim como em outras bibliotecas, escolas e academias do ensino artístico.
lançamento e apresentação do livro “Identidade e Design Editorial | Edições Colibri”
Fev 19 2023
02 MARÇO 2023 > 18H30 I ÁTRIO DA CAPELA
Realiza-se no próximo dia 2 de março, às 18h30, no átrio da Capela da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, o lançamento e apresentação do livro Identidade e Design Editorial I Edições Colibri de Raquel Gil Ferreira, ex-aluna da Faculdade. O evento conta com a presença da autora, dos professores Sónia Rafael e Jorge dos Reis e com o editor Fernando Mão de Ferro.
Entrada livre.
Este evento é passível de ser fotografado e filmado e posteriormente divulgado publicamente.
O projeto de design gráfico global desenvolvido para a Editora Colibri é constituído por dois universos em relação, por um lado o desenvolvimento da identidade visual da própria organização empresarial (editora, artes gráficas, livraria), por outro lado a construção de uma coerência editorial, na definição de um panorama visual para o design gráfico das várias coleções da casa editorial em epígrafe.
De um modo extremamente meticuloso, Raquel Gil Ferreira definiu a linha gráfica da editora criando uma clara fonteira entre capas de grande sobriedade, elegância, e capas mais expansivas na sua interpretação dos conteúdos. Contudo, o que ressalta claramente é continuidade, que ainda assim é percetível no conjunto, um aspeto difícil de atingir, que aqui se apresenta de modo exemplar, assumindo de modo cristalino o papel do designer gráfico enquanto mediador.
(do prefácio de Jorge dos Reis)
congresso nikias skapinakis
Fev 19 202301 > 02 MARÇO 2023 I AUDITÓRIO LAGOA HENRIQUES FBAUL E MUSEU NACIONAL ARTE CONTEMPORÂNEA MNAC
O Museu Nacional de Arte Contemporânea (MNAC), a Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa (FBAUL), por via do Centro de Estudos e de Investigação em Belas Artes (CIEBA), o Instituto de História de Arte (IHA) da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboa (NOVA FCSH), e o Centro Interdisciplinar de Estudos de Género (CIEG), do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa (ISCSP-ULisboa) organizam, nos dias 1 e 2 de Março de 2022, o Congresso Nikias Skapinakis.
Este congresso homenageia o artista português, falecido a 26 de Agosto de 2020, e autor de uma obra extensa e notável que se desdobrou pela pintura, desenho e gravura, com um percurso muito particular, radicado numa apetência interdisciplinar de cariz pessoal, cuja riqueza cromática e expressiva não se esgota no forte centramento no retrato, embora tenha nessa via teórica e plástica uma aposta particularmente forte, numa análise que sublinha a relevância das diversas fontes como a história, a literatura, e o quotidiano para a sua criação artística.
A par do colóquio, o MNAC organiza uma exposição do artista, com trabalhos que Skapinakis manteve deliberadamente na sua posse, criando um museu pessoal da sua obra. A curadoria da exposição será da responsabilidade de Helena Skapinakis e Maria de Aires Silveira.
PROGRAMA
INSCRIÇÃO
Agradecemos que preencha o Formulário de Inscrição, acessível no final da página em https://nikiasskapinakiscongresso.weebly.com/inscriccedilatildeoregistroregistration.html, e envie o comprovativo de pagamento (transferência bancária) para congressonikias2022@gmail.com
Taxas de inscrição
Conferencistas: 25€
Estudantes: gratuito
Público geral: 5€
O valor da inscrição cobre o material da conferência, pausas para café e o certificado de participação.
Os participantes serão responsáveis pela preparação e custos de viagem e estada.
manet para lá, manet para cá — catálogo disponível online
Fev 07 202313 > 22 FEVEREIRO 2023 I FBAUL
Inaugurou no próximo dia 13 de fevereiro a exposição Manet para lá, Manet para cá de José Quaresma. A exposição estará patente em diversos espaços da FBAUL, entre 13 e 22 de fevereiro.
“Manet para lá, Manet para cá é a designação da exposição de pintura e instalação pictural que toma como referente de “vaivém” o contexto artístico do próprio Édouard Manet, oscilando alternadamente na direcção do tempo que o precede e do tempo que lhe sucede. A exposição consiste na criação de cinco núcleos expositivos, sendo que cada situação instalativa integra conjuntos diferenciados de pinturas, materiais e objectos preparados para uma apropriação actual das seguintes obras do autor francês: Olympia (1863); Déjeuner sur l’herbe (1863), Stéphane Mallarmé (1884); Un Bar aux Folies-Bergère (1882); Portrait d’Emile Zola (1868). A assimilação que realizo também faz uma enfatização pessoal dos arcos temporais que o pintor francês construiu em função da desmistificação de determinadas narrativas da pintura ocidental. Deparar-nos-emos, pois, com a reconfiguração plástica de algumas das suas obras, seja no que concerne ao regresso despudorado de Manet à pintura que o precede (quando assimila processos de pintores em vários séculos de densificação do elemento pictural, como Giorgione, Raimondi, Ticiano, Velázquez, Goya, Watteau, Courbet, outros), seja ainda nas repercussões futuras que o seu legado gerou, isto é, quando Manet libertou a pintura do anacronismo de certos hábitos de “ofício” e materialização, ingenuidade de crenças, mitos e contextos interpretativos dos mesmos, tendo-se adentrado — explícita ou indirectamente — na produção de muitos artistas do séculos XX e XXI, como Picasso, Magritte, Alain Jacquet, Jeff Wall, Yue Minjun, Julie Rrap, e até Mario Sorrenti (fotografia de moda), para referir apenas alguns.
Como é sabido, para se libertar de um conjunto considerável de dispositivos e narrativas da pintura pretérita, Manet tratou em primeiro lugar (até à exaustão, diga-se) da respectiva assimilação prática e experimental, tendo conhecido inteiramente por dentro, como poucos terão logrado fazer, as obras da tradição pictórica francesa, italiana, espanhola e dos Países Baixos. Mas, mais do que ter mergulhado numa profunda investigação da diversidade dos processos de muita pintura que o antecede, não hesitou em se apropriar dos mesmos, citando-os, provocando-os, pressionando-os a coabitar picturalmente com o seu tempo, incorporando-os no interior e na singularidade da sua expressão artística.”
José Quaresma
joão abel manta — retrospetiva de pintura
Fev 06 202317 JANEIRO > 18 FEVEREIRO 2023 I SOCIEDADE NACIONAL DE BELAS-ARTES
A Sociedade Nacional de Belas-Artes tem a honra de convidar para a inauguração da exposição Retrospetiva de Pintura de João Abel Manta, com curadoria de João Paulo Queiroz e Luísa da Rocha, no dia 17 de janeiro às 18h30 no Salão da SNBA.
João Abel Manta
Arquiteto, pintor, ilustrador e cartoonista, João Abel Manta nasceu em Lisboa em janeiro de 1928.
Da Arquitetura, nos anos 50 e 60, ao cartoonismo, nas décadas seguintes, João Abel Manta veio a dedicar-se, desde os anos 80, exclusivamente à pintura.
A SNBA apresenta uma retrospetiva da sua obra na área da pintura, a partir de uma intensa produção de mais de 400 telas.
arte na sua porta?
Fev 06 202306 > 10 FEVEREIRO 2023 I CORREDOR LAGOA HENRIQUES
O projecto “Arte na sua Porta?” fundamenta-se numa relação produtiva entre um grupo de proprietários de casas em fase de legalização na Quinta da Torrinha em Lisboa e um grupo de artistas, para a instalação permanente de obras nas fachadas de algumas habitações do bairro. O processo de legalização nas AUGI pressupõe um conjunto de melhorias nos edifícios, as quais, não apontando a existência de arte como um requisito nos edifícios, indirectamente, vem acrescentar um elemento de qualidade à imagem dos imóveis, contribuindo para a reconfiguração qualitativa do espaço público do bairro.
Para a concretização do projecto, assumimos que o envolvimento voluntário e participativo dos habitantes do bairro, preferencialmente os proprietários, no processo de discussão dos trabalhos com os artistas, funcionaria como um momento de partilha e leitura crítica do passado, recolhendo as histórias de vida de uma primeira e segunda gerações de famílias que fundamentalmente nos anos 60 do século passado, se fixaram naquela área da cidade.
Esta exposição apresenta uma síntese da primeira fase do trabalho plástico desenvolvido no bairro por António Leitão, Diogo Nunes, Filipa Baptista, Inês Escumalha, Guilherme Ponte, Luzia Alves, Ricardo Imperial, Susana Gorjão e Raf. num projecto que é uma parceria entre o Grupo de Escultura do CIEBA, a CML e a Comissão de Moradores da Quinta da Torrinha, para um trabalho de investigação no âmbito do Mestrado em Escultura da FBAUL.
old goa revelations – new insights on the vice-roys portrait gallery
Fev 05 2023OLD GOA REVELATIONS é um projeto desenvolvido com a participação de várias instituições, nomeadamente o CIEBA, o Centro de Investigação e Estudos em Belas Artes da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa.
Entre 10 e 13 de janeiro, acontece a segunda fase deste projeto com a realização do Workshop Old Goa Revelations, com a participação do historiador e museólogo Fernando António Baptista Pereira, Presidente da Faculdade de Belas-Artes e da conservadora-restauradora Teresa Teves Reis, doutoranda da Faculdade de Belas-Artes. Este trabalho de campo foi possível através da candidatura a um projeto exploratório FCT (2022.10305.PTDC), contando também com o apoio da Fundação Oriente. Neste projeto multidisciplinar com o Archaeological Survey of India (Governo Indiano) a FBAUL é parceira com o Laboratório HERCULES, da Universidade de Évora, o Laboratório José de Figueiredo (DGPC) e a Universidade de Ghent.
“A galeria dos Vice-Reis é um conjunto de 120 retratos que retratam os governantes do Estado da Índia entre 1505 e 1961. As primeiras pinturas datam de 1547, quando o Vice-Rei D. João de Castro encarregou o cronista Gaspar Correia de dar instruções aos um pintor local quanto aos vestígios físicos das personalidades que o precederam.
A tradição continuou ao longo dos séculos, mas nem sempre em continuidade. Investigações recentes comprovam que este espólio sofreu várias intervenções de renovação que alteraram em grande parte as pinturas mais antigas (cerca de 52). No entanto, as composições primitivas ainda se encontram sob as várias camadas de repinturas, facto descoberto quando, em 1953, sete retratos da colecção foram trazidos para Portugal para restauro e todas as repinturas removidas.”
MIAA distinguido com prémio Nuno Teotónio Pereira na vertente Reabilitação Urbana
Fev 05 2023O Museu Ibérico de Arqueologia e Arte, MIAA, instalado no Convento de São Domingos, em Abrantes, inaugurado em 2021, foi distinguido com o Prémio Nuno Teotónio Pereira 2022, na vertente de Reabilitação Urbana de Edifício de Equipamento, do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU).
A cerimónia de entrega dos prémios realizou-se no dia 30 de janeiro, no Museu da Eletricidade, em Lisboa.
O projeto de requalificação do Convento de S. Domingos é do arquiteto João Luís Carrilho da Graça, museografia do designer Nuno Gusmão e museologia de Fernando António Batista Pereira, Presidente da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, e de Luiz Oosterbeek.
ANTENA LIVRE (31/01/2023)
JORNAL DE ABRANTES (31/01/2023)
cross media arts 2023
Fev 01 202309 > 10 FEVEREIRO 2023 I AUDITÓRIO LAGOA HENRIQUES
A partir do conhecimento e sensibilidade dos diferentes campos artísticos, sejam eles performativos, visuais ou projetuais, esperamos encontrar outras práticas e formas de colaboração para o bem comum — novas direções que são desenvolvidas através do cruzamento de uma variedade de processos inovadores.
Queremos trazer para um entendimento geral das artes, uma discussão relacionada com uma práxis que atravesse as fronteiras entre os territórios artísticos e outros saberes. Explorando a interseção de conhecimentos e metodologias, esperamos incentivar formas alternativas de representação e intervenção social, designadamente um modelo de colaboração entre criativos, makers, partes interessadas e comunidades que promovam a coesão social e cultural através de ações concretas com os cidadãos.
Convidamos artistas visuais, performers, designers, arquitetos, entre outros criativos, a partilhar e a expandir as suas práticas.
Datas importantes
15 julho 2022: Submissão de resumos.
15 outubro 2022: Submissão de artigo para revisão por pares – (1ª ronda).
15 dezembro 2022: Submissão de artigo após correções – (2ª ronda).
Registo (comunicações)
Taxa de investigador doutorado 150€.
Taxa de estudante de doutoramento 100€.
Estão isentos de pagamento investigadores dos centros CHAIA, CIEBA, UNIDCOM, CICS.NOVA e doutorandos da UÉvora, FBAUL, IADE-UEuropeia, NOVAFCSH
Inscrição
Taxa para o público em geral 25€ (apenas para assistir à sessão principal).
Inscrição gratuita para os estudantes: UÉvora, FBAUL, IADE-UEuropeia, NOVAFCSH
Inscrição gratuita para os investigadores: CHAIA, CIEBA, UNIDCOM, CICS.NOVA
Coordenação
Paula Reaes Pinto (Ed.)
Escola de Artes da Universidade de Évora
António Gorgel Pinto (Ed.)
IADE, Universidade Europeia
Sérgio Vicente (Ed.)
Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa
Organização
CHAIA
Universidade de Évora
UNIDCOM
IADE, Universidade Europeia
CIEBA
Universidade de Lisboa
Contacto: xmediarts23@uevora.pt
57 Mnemosyne — Exposição da Pós-Graduação em Ilustração e Narrativa Visual
Jan 23 202324 JANEIRO > 3 FEVEREIRO 2023 I GALERIA
Esta exposição reúne os projectos dos finalistas do 1º curso de Pós-Graduação em Ilustração e Narrativa Visual* do Departamento de Desenho da FBAUL. O título ’57 Mnemosyne‘ toma o nome de um asteróide que, por sua vez, foi baptizado em homenagem a Mnemosine, figura mitológica que personifica a memória e a lembrança.
A ideia de memória atravessa todos os projectos individuais e colectivos que a exposição apresenta, interligados como numa constelação.
Fechando a primeira edição deste curso, dá-se assim a conhecer a diversidade constelar do trabalho desenvolvido por este grupo de estudantes mas também as experiências motivadas pelas propostas das docentes responsáveis Alice Geirinhas e Susana Oliveira, e dos professores convidados António Jorge Gonçalves, Bruno Reis – Mantraste, Constança Saraiva e Lígia Fernandes, Filipa Pontes, Mariana Carrolo e Susana Campos.
A exposição estará aberta na Galeria da FBAUL de 24 de Janeiro a 3 de Fevereiro de 2023, e conta com a participação de:
A. Valdês
Ana Gil
Ana Lucariny
Ana Luiza Eleutério
Carolina Pê Costa
Catarina Neves
Daniel Barreiros
Daniela Mata
Graça Santos Descolagem
Inês Bartilotti
Júlia Malta
Maria João Leite
Mariana Colaço
Mr. Shroomz
Nicole Campos Sánchez
Horário: 2ª a sábado entre as 11h00 e as 19h00
Este evento é passível de ser fotografado e filmado e posteriormente divulgado publicamente.
* A Pós-Graduação em Ilustração e Narrativa Visual é um curso oferecido no âmbito do programa “Impulso Adulto” do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
360º Around Sculpture
Jan 19 2023
07 > 27 JANEIRO 2023 I BIBLIOTECA E ARQUIVO DO MUNICÍPIO DE GRÂNDOLA
Inaugura no dia 07 de janeiro 2023, às 14h00, na Biblioteca e Arquivo do Município de Grândola a exposição 360º Around Sculpture. Trata-se de uma exposição coletiva de Escultura de alunos dos 1º e 2º anos do Mestrado em Escultura da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa.
A exposição ficará patente até 27 de janeiro de 2023.
“Com diferentes conceitos, técnicas, materiais, tamanhos e formas, todas as esculturas têm algo em comum – as suas 360 possíveis vistas. As esculturas estão organizadas no espaço segundo os quatro quadrantes de um círculo trigonométrico, fazendo com que a partilha do espaço expositivo com o espectador o convide a caminhar, como num ato performativo, em torno das esculturas que agora habitam a Biblioteca e Arquivo do Município de Grândola.”
Luzia Alves
Artistas: António Leitão, Diogo Nunes, Eduarda Novita, Filipa Baptista, Gabriel Cullinane, Guilherme Pontes, Inês Escumalha, Luzia Alves, Ricardo Imperial, Rui Ferreira e Tom Winkler
autrui — exposição de fotografia de sinem tas
Jan 19 202306 JANEIRO > 04 FEVEREIRO 2023 I GALERIA SEDE ANITA GUERREIRO, JUNTA FREGUESIA DE ARROIOS
Inaugura no dia 6 de janeiro, pelas 18h00, na Galeria Sede Anita Guerreiro da Junta de Freguesia de Arroios, a exposição de fotografia AUTRUI de Sinem Tas. A exposição ficará patente até 4 de fevereiro.
Uma reflexão através dos olhares e histórias de diversos países e culturas.
“AUTRUI é um espaço de encontro com o outro. Trata-se de uma instalação que instiga as questões sociais, as hierarquias construídas, as desigualdades e os desequilíbrios entre grupos ou indivíduos, dando voz ao outro, às posições marginalizadas, excluídas ou em desvantagem, e que são inerentes às várias camadas da sociedade.”
‘Coreografia para uma Santificação’ de Mélanie Ferreira e Tiago Vieira
Jan 10 202326 > 28 JANEIRO 2023 I CISTERNA
Coreografia para uma santificação surge a partir de figuras mitológicas e bíblicas, como a Salomé, Maria de Madalena, Helena de Tróia. Um espetáculo que questiona a ligação entre o sagrado e o profano, o corpo como lugar de anunciação, milagre, pecado, desejo e aurora. A dança como espaço privilegiado do ritual e da pesquisa do êxtase. O fulgor sexual como oração revolucionária, de resistência e procura de milagres quotidianos. Um bailado de aproximação ao inexplicável, à transcendência.
Desta feita e pelas palavras de Giorgio Agamben desta colaboração pretende-se uma “obra da salvação que coincide aqui ponto por ponto com a obra da criação, que desfaz e descria no próprio instante em que a transporta e acompanha no ser.” e ao corpo, à performer, pede-se a transcendência, “a criatura, porque se perde, não pode deixar de se perder (…) criação e salvação coincidem no insalvável.”.
AVISO: Informamos que o espetáculo contém cenas de nudez que poderão ferir a sensibilidade de alguns espetadores.
Este evento é passível de ser fotografado e filmado e posteriormente divulgado publicamente.
Datas e horários:
26 e 27 janeiro 2023:
1ª sessão – 18h00
2ª sessão – 21h00
28 janeiro 2023:
1ª sessão – 15h00
2ª sessão – 17h00
Para assistir aos espetáculos é necessário fazer uma reserva através do e-mail coreografiaparaumasantificacao@gmail.com ,
O número de participantes para assistir aos espetáculos é limitado a 15 presenças por espetáculo, assim serão consideradas as primeiras 15 reservas para cada um dos espetáculos.
Ficha técnica/artística
Direção artística| Mélanie Ferreira
Coreografia| Mélanie Ferreira e Tiago Vieira
Interpretação| Mélanie Ferreira Coaching| Tiago Vieira
Luz e cenografia| Mélanie Ferreira e Tiago Vieira
Figurinos| Tiago Vieira e Luís Oliveira
Mistura sonora| Filipe Baptista
Registo fotográfico e de vídeo| Bruno Simão
Produção| Mélanie Ferreira e Self-mistake
Acolhimento| Cisterna da Faculdade de Belas-Artes
Apoio a residências artísticas| C.e.m. (Lisboa), Estúdios Vítor Cordon (Lisboa), Teatro
Viriato (Viseu), Escola de Dança Lugar Presente (Viseu), TRUST Collective (Arganil) e Cisterna da Faculdade de Belas-Artes (Lisboa)
Apoio| Self-Mistake
Agradecimentos| António de Sousa Dias, Maria Isabel Nunes, Tânia Guerreiro, Maria João Rochete, Carlos Fernandes, Henrique Amoedo, Albino Moura, Flores da Alcina, Latoaria
roer o risco — exposição no âmbito da 4ª edição da grão – residência artística e de investigação
Jan 10 2023
17 DEZEMBRO 2022 > 14 JANEIRO 2023 I CABE, PORTO
Inaugura a 17 de dezembro, pelas 16h00, na Cabe 184 (Rua Damião de Góis, 184, Porto), a exposição ROER O RISCO, reunindo os trabalhos dos artistas residentes da 4a edição da GRÃO – RESIDÊNCIA ARTÌSTICA E DE INVESTIGAÇÃO, que teve lugar entre 10 e 30 de outubro de 2022 na sede da entidade organizadora: a Associação Quinta das Relvas – Artes e Sustentabilidade (Branca, Albergaria-a-Velha).
Os artistas representados são Clara Saracho, Gabriel Siams, Francisca Pinto, Francisca Valador, Sally Santiago e Tiago Leonardo, apresentando uma exposição multidisciplinar onde diferentes médiuns e abordagens trazem a bagagem dum processo criativo que vem a ser criado na produção habitual destes artistas, aqui confrontado com um novo ambiente, uma nova paisagem, novas interações sociais e encontros de ideias.
A GRÃO – RESIDÊNCIA ARTÍSTICA E DE INVESTIGAÇÃO é um projeto anual criado em 2019 que assume a forma de uma residência artística em Artes Visuais a decorrer na sede da entidade organizadora (Branca, Albergaria-a-Velha), com o principal objetivo a criação de espaço de experimentação e investigação em Artes Visuais promovendo a descoberta de novas possibilidades em Arte num contexto de partilha de experiências, abordagens, e linguagens, numa imersão intimista dirigida a jovens artistas em formação ou início de carreira.
A programação da GRÃO, que tem como elemento principal a criação livre de projetos e obras artísticas, inclui ainda visitas de artistas consagrados no panorama nacional para uma “artist talk” junto dos participantes, visita ao espaço de trabalho e acompanhamento (tutoria) dos trabalhos; sessões de apresentação dos trabalhos; sessões de debate e reflexão sobre arte contemporânea no contexto cultural, social e político; visitas de estudo a museus, galerias e espaços culturais da região.
Através destas conversas, debates, visitas e sessões de tutoria é proporcionado um ambiente de partilha e discussão para com os diferentes trabalhos, promovendo um espaço de interação reflexiva mais ampla daquele que resultaria apenas da partilha de atelier e do convívio informal.
No ano 2022 a GRÃO teve como convidados para o acompanhamento e tutoria dos residentes os artistas Cristina Ataíde, Paulo Brighenti e Mariana Gomes.
A 4a edição da GRÃO contou com o apoio da Direcção-Geral das Artes, mais uma vez do CIEBA – Centro de Investigação e Estudos em Belas-Artes da Universidade de Lisboa, Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha e da Junta de Freguesia da Branca, e ainda da Aderno Associação Cultural. Em regime de mecenato, a GRÃO foi ainda apoiada pelas empresas Unimadeiras SA e J.Nadais que ofereceram bolsas de produção aos artistas residentes.
A exposição estará patente até 14 de janeiro de 2023 e migrará posteriormente para a Faculdade de Belas-Artes de Lisboa, em data a definir, em que será lançada uma publicação física associada à mesma edição desta residência.
PRÉMIOS 2011-2021
Jan 03 202311 > 29 OUTUBRO 2022 I FACULDADE BELAS-ARTES
Inaugurou no dia 11 de outubro, às 17h00, na Faculdade de Belas-Artes, a exposição “PRÉMIOS 2011-2021″, com obras premiadas de alunos e ex-alunos entre 2011 e 2021.
Esta exposição insere-se na programação das comemorações do Dia das Belas-Artes que se celebra no dia 25 de outubro. Nesta data a Faculdade de Belas-Artes comemora 186 anos da sua fundação. Neste dia será apresentado e lançado o livro “PRÉMIOS 2011-2021″ no decorrer da finissage da exposição.
Este evento é passível de ser fotografado e filmado para posterior publicação.
Livro “PRÉMIOS 2011-2021″ disponível online
PRÉMIOS 2011-2021
Este livro reúne um conjunto alargado de trabalhos de alunos e alumni da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa que, entre 2011 e 2021, foram nomeados ou premiados em alguma competição nacional ou internacional. Estamos convictos de que, ao termos conseguido reunir, através de uma chamada pública, 320 obras de 220 alunos formados nos nossos sete Departamentos — Arte Multimédia, Ciências da Arte e do Património, Desenho, Design de Comunicação, Design de Equipamento, Escultura e Pintura —, tornámos este evento num inolvidável registo do valor humano e da qualidade pedagógica e científica das Belas-Artes.
Os trabalhos aqui apresentados espelham a diversidade e o cruzamento disciplinar entre a arte, o design e as ciências do património. As Belas-Artes são um espaço privilegiado para o saber e a cultura, respondendo de forma atenta e positiva aos desafios que a globalização do conhecimento traz à universidade.
Todos estes trabalhos revelam a capacitação académica e profissional dos alunos. As Belas-Artes são um lugar de aprendizagem e de experimentação que valoriza a transversalidade entre as práticas do design e da arte com os domínios da teoria e das teorias aplicadas, possibilitando aos alunos um percurso académico assente no diálogo entre a história das práticas artísticas e do design e os processos contemporâneos da criação. Trata-se de um lugar do conhecimento em que professores e investigadores, portadores de clara liberdade e de excelência pedagógica e científica, estabelecem pontes sólidas entre a transmissão do conhecimento académico e o modo como a arte e o design se relacionam hoje com o mundo profissional.
Reconhecemos também a importância destes prémios para as Belas-Artes, principalmente pelos laços que se preservam entre alunos, alumni e a instituição. Dada a quantidade de prémios registados numa só década, perspetivamos que a edição destes livros passará a ter uma periodicidade mais regular. Este livro e a sua publicação on-line constituem-se como um fundo inestimável do reconhecimento da instituição por aqueles (alunos, professores e funcionários) que permanentemente a constroem e a projetam no futuro.
Fernando António Baptista Pereira
Cristina Azevedo Tavares
Sérgio Vicente
UNIVERSIDADE DE LISBOA LANÇA A NOVA ESCOLA DE PÓS-GRADUAÇÃO: ULISBOA-EPG
Jan 03 2023A ULisboa-EPG tem por missão promover a oferta de cursos de pós-graduação, seminários e outros programas de formação avançada não conferentes de grau, desenvolvidos em articulação entre a Universidade e diferentes entidades públicas e privadas.
Um dos principais objetivos desta Escola de Pós-Graduação é preencher uma lacuna há muito diagnosticada no ensino superior português e recorrentemente reportada nos relatórios da OCDE: promover a formação ao longo da vida, destinada à população já inserida no mercado de trabalho, que procura atualizar-se e adquirir novas competências. A formação tradicional dos jovens não esgota a missão da universidade.
A ULisboa-EPG é uma nova estrutura de formação da Universidade de Lisboa, que reúne as 18 Escolas da Universidade, com as suas várias áreas de investigação e conhecimento. Organiza-se como espaço transversal de formação, em que a complementaridade de saberes e a otimização das redes existentes ao nível das diferentes Escolas da Universidade criam sinergias, entre si e com outras entidades públicas e privadas.
Aproveitando as possibilidades abertas pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e, em particular, pelo programa “Impulso Adulto”, a ULisboa-EPG procura atingir, até 2025, um universo de mais de 10.000 novos estudantes. Este programa pretende dinamizar a formação ao longo da vida, reforçando o objetivo de convergência com a Europa, ao longo da próxima década.
Como explica o Reitor da Universidade de Lisboa, Luís Ferreira, “o PRR induziu uma motivação adicional na Universidade de Lisboa para a reorganização do sistema de pós-graduação. Ainda que atualmente atinja um nível de atividade muito significativo, está ancorado acima de tudo na capacidade individual de cada uma das várias Escolas e não tanto na complementaridade dos campos de investigação e recursos académicos diversos que é possível estabelecer, explorar e potenciar de forma interdisciplinar mais permanente.”
A ULisboa-EPG destina-se a todos aqueles que pretendam adquirir ou aprofundar conhecimentos, numa ou em várias áreas científicas, em particular aqueles que já estão inseridos no mercado de trabalho e procuram uma valorização profissional.
Para o desenvolvimento da sua oferta de pós-graduação, a ULisboa considera como objetivos estratégicos: proporcionar competências essenciais e específicas para a prática profissional; fomentar a internacionalização; aumentar a capacitação aprofundada de profissionais de diferentes áreas; facilitar a transferência de conhecimento; antecipar as necessidades emergentes de formação; promover a oferta interdisciplinar e transdisciplinar de cursos de pós-graduação.
A oferta formativa da ULisboa-EPG irá fomentar o seu carácter de excelência, a sua inter- e transdisciplinaridade, cruzando as fronteiras entre as dimensões académica, técnica e profissional, bem como a sua ligação à sociedade, promovendo um ambiente privilegiado para a internacionalização. Este projeto resulta de uma ampla articulação e cooperação com cerca de três centenas de entidades externas, abrangendo empresas, administração pública central, regional e local, instituições de investigação, e associações profissionais de vários setores de atividade.
Os cursos estão agrupados nas seguintes grandes áreas:
- Agricultura, Ciências Veterinárias
- Recursos Naturais, Ambiente e Energia
- Humanidades, Artes e Cultura
- Ciências Sociais, Ciências Empresariais e Direito
- Educação e Formação
- Saúde e Ciências do Desporto
- Ciência de Dados, Tecnologias de Informação e Transição Digital
- Engenharia, Tecnologias e Industrialização
- Território, Urbanismo e Arquitetura
Todas as informações sobre a ULisboa-EPG e a sua oferta formativa podem ser encontradas no site epg.ulisboa.pt
do rigor o devir
Jan 03 202319 DEZEMBRO 2022 > 17H30 I MUP MUSEU DA POLÍCIA
Inaugura no dia 19 de dezembro, às 17h30, no MUP, Museu da Polícia, a escultura Do Rigor o Devir de Diogo Nunes.
DESTRUIR ARMAS IMPERATIVO DE LIBERDADE
No âmbito das comemorações do Dia Mundial do Desarmamento (09 de julho), a Polícia de Segurança Pública e a Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa associam-se a esta data através da apresentação de uma escultura inédita no país, pensada e edificada com armas apreendidas e destruídas pela PSP.
O alcance pleno de direito à liberdade fundada na segurança não se atinge com a posse de uma arma, mas de uma efetivação da segurança dos cidadãos pelo Estado de direito democrático com uma Polícia que garante a segurança interna e os direitos dos cidadãos.
Com a apreensão e destruição das armas, a PSP garante diariamente que menos uma arma esteja disponível para a prática de um crime, permitindo a todos os membros da sociedade o exercício dos seus direitos em segurança e tranquilidade de modo que estimulem o cidadão a refletir e a desenvolver uma harmonia vivencial através da arte, da escrita, da ciência e em todas as áreas de atuação garantes dos seus direitos e liberdades.
A arte pode (e deve) ser um instrumento de promoção da liberdade e da segurança. Esta escultura é a mensagem da intrínseca e umbilical relação entre a arte, a segurança e a liberdade.
A ESCULTURA
A escultura terá como título: “DO RIGOR O DEVIR — A polícia com o seu rigor, na manutenção da ordem pública, com a destruição das armas conduz à transformação / à mudança para uma paz pública, uma sociedade em liberdade”.
O autor é o escultor Diogo Nunes da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa.
Será a estrela de 6 pontas da PSP (estrela de David) que abre no interior para brotar uma flor. Toda a escultura é construída com as armas destruídas. Vai ser imersiva, uma vez que o público pode passar pelo seu interior.
“Com as armas destruídas e a segurança alcançamos a Liberdade.”
DO RIGOR O DEVIR é uma escultura construída com as aparas de armas apreendidas e destruídas pela PSP. Estas formam uma pirâmide que se ergue a partir de uma estrela de seis pontas (estrela de David), símbolo do rigor da Polícia na manutenção da ordem pública que, com a destruição das armas permite o florescimento de uma sociedade livre. Os seus vértices superiores encontram-se apoiados num dos cantos do alpendre da parada do Comandante Ferreira do Amaral, enquanto os dois vértices inferiores apoiam-se no chão. As suas faces, à medida que se aproximam das pessoas e do chão, abrem-se procurando remeter para o brotar de uma flor, transformando-a numa escultura imersiva possibilitando ao público a passagem pelo seu interior.
chiado, carmo, paris. “soirée chez lui”. desassossego e apropriação —ŁÓDŹ, polónia
Dez 12 202215 NOVEMBRO > 15 DEZEMBRO 2022 I AULA GALLERY AKADEMIA, ŁÓDŹ, POLÓNIA
LISBOA, ÉVORA, PARIS, ŁÓDŹ, FLORENÇA | 2022
Inaugura no dia 15 de novembro, mais uma exposição relativa ao Chiado, Carmo, Paris. “Soirée chez lui”, desassossego e apropriação, na Aula Gallery Akademia em Lodz, na Polónia, projecto integrado na “Temporada Portugal França 2022”, com ancoragem na Casa de Portugal, em Paris.
O evento é passível de ser registado e divulgado pela Faculdade de Belas-Artes através de fotografia e vídeo
Foi no dia 17 de fevereiro que inauguraram as primeiras três EXPOSIÇÕES relativas ao Chiado, Carmo, Paris. “Soirée chez lui”, desassossego e apropriação, projecto integrado na “Temporada Portugal França 2022” com ancoragem na Casa de Portugal, em Paris.
A primeira inauguração realizou-se às 17h00 no Jardim de Esculturas do MNAC, a segunda às 18h00 na FBAUL, e a terceira às 19h00 no Museu Arqueológico do Carmo.
Trata-se da apresentação pública de obras de dezenas de estudantes, professores e investigadores do ensino artístico superior, no sentido do alargamento das potencialidades plásticas da obra de Columbano, Soirée chez lui, cruzando alguns dos seus referentes plásticos e semânticos com a “efervescência” e o desassossego dos artistas da FBAUL e da Universidade de Évora. Por analogia, atendendo ao âmbito internacional do projecto expositivo, os artistas polacos (Lodz) e italianos (Florença) abordam a intermedialidade entre as artes visuais e as artes performativas a partir de autores das respectivas culturas, nomeadamente a pintura “Chopin’s Polonaise”, de Teofil Kwiatkowski, e a escultura “Ofelia”, de Arturo Martini.
No mesmo dia realizou-se um ciclo de CONFERÊNCIAS no MNAC sobre a pertinência da obra de Columbano, incluindo o lançamento de um livro/catálogo com vários ensaios dedicados à obra do pintor português, assim como ao domínio das artes na esfera pública.
Para informação mais detalhada sobre a vasta programação que se inicia neste dia e que culminará em Florença, no fim de 2022, sugere-se a consulta do site e do Instagram da Faculdade de Belas Artes de Lisboa, do Museu Nacional de Arte Contemporânea, e do Museu Arqueológico do Carmo.
Após a consulta de todos os temas e autores que constam no PROGRAMA, poderão, em função dos vossos interesses, fazer as inscrições nos diversos ciclos de conferências através da plataforma digital da FBAUL.
Evento passível de ser fotografado e filmado para posterior divulgação.
INSCRIÇÃO NOS CICLOS DE CONFERÊNCIAS
A inscrição é obrigatória em cada uma das conferências.
Museu Nacional de Arte Contemporânea (17 de fevereiro de 2022) /INSCRIÇÕES ENCERRADAS
Grémio Literário (16 de Março de 2022) / INSCRIÇÕES ENCERRADAS
Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo, Évora (03 de Maio de 2022) INSCRIÇÕES ENCERRADAS
Casa de Portugal, Paris, França (20 de Maio de 2022) INSCRIÇÕES ENCERRADAS
Informa-se que, devido à situação atual de pandemia e a novas medidas de controle, os ciclos de conferências poderão ser realizados através da plataforma zoom.
Já disponível o e-book do Congresso O RETRATO. Teoria, prática e ficção. De Francisco de Holanda a Susan Sontag
Dez 11 2022
18, 19 e 20 JANEIRO 2022 | FACULDADE DE BELAS-ARTES DA UNIVERSIDADE DE LISBOA
EVENTO EXCLUSIVAMENTE ONLINE
JÁ DISPONÍVEL O E-BOOK DO CONGRESSO!
NOTA: quando abrir o link, na parte de baixo da página, encontrará o ficheiro para dowload.
ATENÇÃO: INSCRIÇÕES JÁ ENCERRADAS
SESSÃO PITCH
Os Autores das comunicações selecionadas foram convidados a participar numa sessão pitch, onde fizeram uma breve apresentação das suas comunicações.
VEJA AQUI a gravação dessa sessão, que se realizou online no dia 18 de janeiro 2021.
NOTA: Não é permitida a reprodução de imagens ou textos apresentados neste vídeo, na totalidade ou parcialmente, sem autorização dos autores e dos editores.
APRESENTAÇÃO E OBJECTIVOS DESTE CONGRESSO
O colóquio pretende discutir a teoria e a prática da experiência artística, histórica, antropológica, social e política do retrato, bem como a dimensão ficcional que elas comportam. Situada no cruzamento de várias áreas disciplinares, a discussão aborda o retrato enquanto conceito, tema, processo, objeto (monumento e documento) e dispositivo, nos seus múltiplos desdobramentos e nas suas sucessivas atualizações conceptuais, tecnológicas e contextuais.
Mais do que definir um enquadramento temporal, o subtítulo — De Francisco de Holanda a Susan Sontag — indica a porosidade dinâmica do tema investigado nos domínios da arte e da literatura e da sua mútua reversibilidade.
Francisco de Holanda, humanista e artista Português do século XVI, é autor de Do Tirar pelo Natural, primeiro tratado dedicado ao retrato em toda a Europa, concluído em 1549, na década seguinte à do seu regresso de uma viagem a Itália realizada de 1538 a 1540, na comitiva do Embaixador D. Pedro de Mascarenhas, com o objetivo de ver e desenhar fortalezas e as obras de arte mais insignes desse território e de conhecer Miguel Ângelo Buonarroti. Após o regresso, empreende a elaboração do seu Tratado Da Pintura Antiga, concluído a 13 de Outubro (Dia de S. Lucas) de 1548, conforme se lê no final do Livro II, seguido de Do Tirar pelo Natural. Estas duas obras foram preparadas para edição e até traduzidas para castelhano em 1563, pelo conterrâneo e amigo de Holanda, Manuel Denis, também pintor, mas só viriam a ser publicadas, tanto na versão portuguesa como na castelhana, a partir do século XIX. No final do tratado Do Tirar polo Natural, Holanda afirma que o texto foi terminado a 3 de Janeiro de 1549, portanto apenas alguns meses apenas depois da conclusão dos dois Livros do Da Pintura Antiga. Tal como John B. Bury já intuíra, conforme será dado à estampa na edição bilingue deste tratado, em preparação e a ser publicitada no decorrer deste Congresso, Holanda terá escrito o Do Tirar pelo Natural quase em simultâneo com a outra obra, o Da Pintura Antiga.
Com efeito, os dois grandes pilares da Teoria da Arte de Francisco de Holanda – a saber, a imitação de si próprio, da Natureza e da Antiguidade, de um lado, e a idea, do outro – têm, precisamente, como ponto de contato o processo criativo do artista descrito por Holanda nesses seus dois primeiros tratados. A centralidade do «tirar do natural» nessa Teoria da Arte, que Holanda explana e abundantemente ilustra nesses seus dois textos, assim como nos seus Álbuns de desenho e de iluminura, especialmente no das Antigualhas, torna plenamente justificável a razão de ser de um tratado autónomo, Do Tirar polo Natural, complementar ao Da Pintura Antiga. De resto, não é só a forma do Tratado, em modo de Diálogo, que é subsidiária do modelo utilizado no Livro II, Diálogos em Roma, embora reduzida a dois protagonistas, Brás Pereira e Feramando, discípulo e mestre, sendo o segundo um «alter ego» de Holanda, mas também os conteúdos definidos no Do Tirar polo Natural, que prolongam, aprofundam e sobretudo especificam em tudo o que ao retrato diz respeito as temáticas relativas à representação da figura humana que ocupam os capítulos 38 a 41 do Livro I. Faltava, todavia, nesses capítulos, o contributo decisivo do que, ao longo dos onze pequenos diálogos do tratado Do Tirar polo Natural, o autor nos vai descrevendo como os «preceitos» para «retratar» ou «tirar do natural» a «individualidade» de uma pessoa, que distingue de forma substantiva o Retrato de qualquer outra representação da Figura Humana.
Em O Amante do vulcão, Susan Sontag parte da documentação relativa a três figuras históricas do século XVIII, para as ampliar na extensão ficcional que protagonizam como personagens ou duplos, dela emergindo como figuras estabilizadas na credibilidade dos retratos e na indagação das questões que a sua presença convoca ao longo da história da arte e da história das imagens. As figuras são o diplomata, colecionador e vulcanologista William Hamilton, a sua mulher Emma Hamilton, amante do Almirante Nelson e musa do pintor George Romney, e o Almirante Nelson. Os retratos diretamente referidos são os de William Hamilton, realizado por Joshua Reynolds, e os de Emma Hamilton, realizados por George Romney e Élisabeth Vigée-Lebrun. As questões envolvem a génese do corpo sensível, no exemplo da estátua de Condillac, e a metamorfose da estátua no mito de Pigmalião; a metamorfose dos seres nos acidentes morfológicos da terra e nos objectos naturais que deles retêm o nome e a história; o retrato ideal; a impossibilidade de descrever a beleza de um rosto ou de um corpo, delegada no artifício retórico da metáfora; o retrato como tema e como modelo; o género das estátuas: acção e quietação, narcisismo e recato; efígies: a morte simbólica; camafeus: a miniaturização do retrato; tableau vivant: representação encenada no interior de uma caixa ou no lugar cercado pela moldura própria dos quadros; o corpo em pose: suporte e objecto da representação de uma representação; o corpo como encarnação da obra; a efemeridade do corpo e a perenidade do retrato; a figura, o retrato e o reconhecimento que apaga ou ilumina o nome. E a ruína de tudo isso, por a ruína ser o inevitável destino dos corpos e das suas representações, uns e outros relegados para o futuro do tempo presente.
LINHAS TEMÁTICAS
Na conjunção destes tópicos se definem as grandes linhas temáticas do colóquio:
- O retrato como lugar e o lugar do retrato na cultura visual de todos os tempos.
- Tempo e transtemporalidade no e do retrato.
- O retrato como teoria e as teorias do retrato.
- O retrato como ficção.
Na transversalidade destas linhas propõe-se a abordagem dos seguintes sub-temas:
O corpo e o retrato; Retrato: presença e representação; Retrato, auto-retrato e auto-representação; O retrato expandido: media, intermedialidade e mediação; Retrato: iconismo, simbolismo e semelhança; Retrato metonímico; Galerias de retratos; O retrato como lugar conotativo; O duplo e o retrato; O retrato e a máscara; Retrato e género: o colecionador e a colecção; Retrato e género: o artista e o modelo; Retrato: comemoração e poder; Retrato: celebração do anonimato; Retrato: mostrar e monstruosidade; O retrato estatístico; Avatar: cópia sem original; O retrato impossível; O retrato compósito; Retrato: a profanação do corpo.
Os oradores convidados serão selecionados de acordo com a correspondência observada entre as propostas recebidas e as linhas temáticas do congresso.
LÍNGUAS OFICIAIS
As línguas oficiais do congresso são o Português, o Inglês, o Francês, o Italiano e o Espanhol.
ORGANIZAÇÃO
INSTITUIÇÕES
CIEBA – Centro de Investigação e de Estudos em Belas-Artes, Faculdade de Belas-Artes de Lisboa
PRESIDENTE
Annemarie Jordan Gschwend (Investigadora independente)
VICE PRESIDENTES
Maria João Gamito (CIEBA/FBAUL)
Fernando António Baptista Pereira (CIEBA/FBAUL)
COMISSÃO DE HONRA E COMISSÃO CIENTÍFICA
O processo de constituição da comissão de honra e da comissão científica (ver AQUI) será concluído em função da qualidade e a diversidade temática das propostas submetidas para avaliação.
COMISSÃO EXECUTIVA
Alice Nogueira Alves
Ana Mafalda Cardeira
Glória Nascimento
Jorge dos Reis
Liliana Cardeira
Marta Frade
Maria Teresa Sabido
Teresa Teves Reis
PROGRAMA (em construção)
A sessão de abertura será proferida pela Presidente do Congresso, Annemarie Jordan Gschwend, e a sessão de encerramento pelo Professor Fernando António Baptista Pereira.
NOTA: Durante o Congresso será realizado o lançamento do livro Do tirar pelo natural / On Portraiture, de Francisco de Holanda, traduzido por John B. Bury e editado por Annemarie Jordan Gschwend e Fernando António Baptista Pereira.
INFORMAÇÕES
CONTACTOS
onportraiture.congress@belasartes.ulisboa.pt
LOCALIZAÇÃO
FACULDADE DE BELAS-ARTES DA UNIVERSIDADE DE LISBOA
Largo da Academia Nacional de Belas-Artes | 1249-058 Lisboa | Portugal
A FBA na exposição: Veloso Salgado De Lisbonne à Wissant, itinéraire d’un peintre portugais | Musée Boulogne-sur-Mer
Dez 11 20222 JULHO > 4 DEZEMBRO 2022 | Château comtal Musée de Boulogne-sur-Mer, Boulogne-sur-Mer, França
No âmbito da Temporada Portugal-França 2022, a Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, participa na exposição temporária: “Veloso Salgado De Lisbonne à Wissant, itinéraire d’un peintre portugais”, com a cedência de duas pinturas da autoria de Veloso Salgado, que pertencem à Coleção de Pintura desta faculdade.
As obras cedidas são um “Auto-retrato”, de 1931 e a pintura “Família de Caim”, realizado por Veloso Salgado em Paris, em 1891.
“Cette exposition est la première consacrée en France au peintre portugais Veloso Salgado (1864-1945). Artiste de premier plan au Portugal mais méconnu en France, Veloso Salgado est un pont entre les deux pays. Après de premières études à Lisbonne, il s’installe à Paris, voyage en Bretagne et séjourne sur la côte d’Opale, à Wissant, avant de retourner définitivement dans son pays. Alors professeur à l’École des Beaux-Arts de Lisbonne, il décore les grands monuments de la capitale : école de médecine, musée militaire, assemblée nationale, etc.
L’ exposition propose de suivre ses pas en France et de rencontrer ses amis artistes grâce à d’exceptionnels prêts du Museu Nacional de Arte Contemporânea, Museu Nacional Soares dos Reis, Museu Nacional Machado de Castro, Casa-Museu Anastácio Gonçalves, Câmara Municipal do Porto, Casa-Museu Teixeira Lopes, Museu José Malhoa, Museu da Marinha, Museu Medeiros e Almeida, Faculdade de Belas-Artes Universidade de Lisboa.
Un ensemble de peintures offertes à Veloso Salgado par ses amis peintres de Wissant (Virginie Demont-Breton, Adrien Demont, Fernand Stiévenart…) sera notamment présenté pour la première fois en France. Ils rejoindront les portraits d’Adrien Demont et de Virginie Demont-Breton, les plus beaux portraits réalisés par Veloso Salgado, offerts par l’artiste à ceux qui ont été ses amis jusqu’à la fin de sa vie.”
In: https://saisonfranceportugal.com/evenement/veloso-salgado-de-lisbonne-a-wissant/
Musée Boulogne-sur-Mer: http://musee.ville-boulogne-sur-mer.fr/
Comissariado científico:
Maria de Aires Silveira – Conservadora, Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, Lisboa, Portugal
Elikya Kandot – Conservadora do património – Diretora dos Museus, Cidade de Boulogne-sur-Mer, França
Michel Gutierrez – Aluno-conservador, Instituto Nacional do Património, França
“Portugal está a realizar com França uma Temporada de eventos conjuntos e cruzados para aprofundar o relacionamento institucional e, sobretudo, para dinamizar as relações entre os dois países, em áreas-chave, perspetivando continuidade e desenvolvimento futuros.
A Temporada Portugal-França 2022 decorre simultaneamente nos dois países a partir de 12 de fevereiro de 2022. Através de mais de 200 eventos, a Temporada Portugal-França pretende destacar as numerosas colaborações entre artistas, investigadores, intelectuais, estudantes e empresários, entre as nossas cidades e regiões, entre as nossas instituições culturais, as nossas universidades, as nossas escolas e as nossas associações: iniciativas que ligam de forma profunda e sustentável os nossos territórios e contribuem para a construção europeia.” – https://temporadaportugalfranca.pt/
Um Projetista na Academia – Vinte e cinco anos de Design Gráfico Para a Universidade de Lisboa: 25 Obras – Jorge dos Reis
Dez 11 2022
15 NOVEMBRO > 5 DEZEMBRO 2022 |ÁTRIO DA REITORIA DA UNIVERSIDADE DE LISBOA
No âmbito das comemorações dos 10 Anos da ULisboa, decorre a exposição “Um Projetista na Academia – Vinte e cinco anos de Design Gráfico Para a Universidade de Lisboa: 25 Obras” de Jorge dos Reis, que foi inaugurada no dia 15 de novembro 2022, na Reitoria da Universidade de Lisboa.
A exposição estará patente até 5 de Dezembro de 2022.
O corpo de trabalho apresentado pelo Designer Gráfico e Professor da Faculdade de Belas Artes da ULisboa nesta exposição é revelador do diálogo e compromisso entre os diversos interlocutores da Universidade de Lisboa. Alavancando um conjunto de artefactos que geram, ao longo dos anos, novos paradigmas no contexto desta Instituição de Ensino Superior.
“O design gráfico é uma disciplina de mudança da sociedade que tem como objetivo principal desenhar a vida, uma reflexão essencialmente funcionalista, vertida em estratégias comunicacionais. Numa perspetiva francamente otimista, o design gráfico constitui-se enquanto disciplina erudita e em evolução, que tem o dever ético de descobrir e redefinir meios para melhorar o quotidiano.
Cada novo projeto, com a sua complexidade funcional, gera uma pergunta de partida, que remete para respostas necessárias e pragmáticas ao problema. Neste caso, numa matriz situada na tradição do modernismo europeu, rejeitando a cartilha pós-modernista; convocando um cristalino rigor geométrico das formas simples, despojadas e plasticamente novas e evidenciando paradoxalmente a natureza insólita da forma e da composição.
No desenvolvimento destes vinte e cinco projetos de design gráfico verifica-se a preponderância permanente e indispensável do desenho enquanto instrumento de trabalho, no sentido de antecipar e prefigurar as formas. O esquisso sistemático e o posterior desenho infográfico permitem uma aproximação gradual ao artefacto gráfico ambicionado, numa procura incessante, afastando-se desejavelmente do previsível. Os desenhos tiram medidas e fixam relações hierárquicas, suscitando tensões que se tornam depois transparentes. A narrativa final congrega o todo e as partes, revelando o carácter lúdico e pedagógico da disciplina de design gráfico.
Desenhar permite estabelecer uma ligação táctil com o papel, esse material fascinante, exercitar a imaginação, a memória, numa relação de prazer através da coreografia natural do corpo e do olhar atento ao enredo, assente num saber antigo, onde se constrói uma conexão essencial entre o pensamento e o gesto da mão que segura a caneta, vertendo em todas as guinadas e rasuras a multiplicidade da repetição.”
Jorge dos Reis
Jorge dos Reis – Síntese Biográfica
Jorge dos Reis, Unhais da Serra, 1971, Designer Gráfico. Vive e trabalha em Lisboa. Foi aprendiz compositor tipógrafo com um primeiro-oficial de tipografia da Imprensa Nacional numa antiga oficina tipográfica do Cais do Sodré. Iniciou o seu percurso projetual colaborando com o designer Robin Fior, em Lisboa, e com tipógrafo Alan Kitching, em Londres. Estabeleceu-se em atelier próprio em 1996. A sua obra é extensa e diversa, tendo uma atividade dual enquanto projetista e artista: faz design gráfico, tipográfico; expõe desenho, pintura.
Frequentou o Conservatório Nacional na classe de canto de António Wagner, estudando com os compositores Jorge Peixinho e Paulo Brandão enquanto se licenciava em Design de Comunicação na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa. Jorge dos Reis é Master of Arts pelo Royal College of Art em Londres, Mestre em Sociologia da Comunicação pelo ISCTE, Doutorado pela Universidade de Lisboa. Atualmente é Professor Auxiliar na FBAUL, onde fundou e dirige o Mestrado em Práticas Tipográficas e Editoriais Contemporâneas. Preside às Comissões de Avaliação Externa da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) e é membro dos painéis de avaliação para o financiamento de projetos da Direcção-Geral das Artes (DGArtes). Foi professor visitante em diversas instituições de ensino superior na Europa e no Brasil. Em Portugal lecionou em várias instituições, colaborando atualmente com o ISEC Lisboa – Instituto Superior de Educação e Ciências.
Realizou projetos de design gráfico para diversas instituições em Portugal e no estrangeiro. Dentro de um conjunto alargado de monografias impressas destacam-se cinco: a edição Fragas Falantes, 20 anos 20 Tipos de Letra (UBI, Covilhã, 2016); Terra Plana – Humanismo e Formalismo, Vinte Anos de Prática Projetual em Design Gráfico 1996-2016 (Casa da Cerca, Almada, 2017); o livro Tipografia, Identidade, Teatralidade, A prática permanente do desenho enquanto instrumento de trabalho no projeto de design gráfico e tipográfico para o Teatro Municipal Joaquim Benite, Companhia de Teatro de Almada 2017–2018 (Instituto Politécnico de Tomar, 2018); Labor e Método, Oitenta e Oito Cartazes (Editora Caleidoscópio, Museu Nacional da Imprensa); e uma mais recente edição, Respirar d’baixo d’água, Peixe de Setúbal, Mercado do Livramento (Câmara Municipal de Setúbal). No seu todo, quase uma trintena de livros, debruçados sobre a prática do design gráfico, da tipografia, do book design, do desenho e também da pintura, revelam um labor constante, obstinado e rigoroso.
inshadow — lisbon screendance festival
Dez 01 2022PERFORMANCE MUSICAL DE SÍLVIO ROSADO I 15 DEZEMBRO > 18H30 I CISTERNA
05 > 19 DEZEMBRO 2022 I GALERIA E CISTERNA FBAUL
O Festival InShadow regressa à sua 14ª edição e apresenta uma diversidade de propostas e encontros entre a dança, cinema e tecnologia.
A Faculdade de Belas-Artes acolhe dois dos projetos do Festival.
POSE, uma exposição de fotografia de Joaquim Leal e performance de Joana Franco e Lara Maia, na Galeria e ECHO, performance musical de Sílvio Rosado, na Cisterna, no dia 15 de dezembro, às 18h30.
Inauguração 05 dezembro às 19h00
Nestes dois espaços apresentam-se também instalações de vídeo-dança com a participação de vários artistas.
POSE
Joaquim Leal, Joana Franco e Lara Maia
A ínfima parte do mundo, a pedra semítica do museu,
o ângulo inverso
do sorriso genérico da mulher
In Nuno Higino, “O animal eólico do corpo” (2007)
HORÁRIO GALERIA E CISTERNA
2ª a sábado entre as 10h00 e as 19h00