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Chiado, Carmo, Paris: os “lugares” de Dordio Gomes e as bifurcações da pintura
Mar 20 202323 MARÇO 2023 > 14h30 I GRÉMIO LITERÁRIO
Realiza-se no próximo dia 23 de março, às 14h30, o segundo ciclo de conferências Chiado, Carmo, Paris: os lugares de Dordio Gomes e as bifurcações da pintura.
Inaugurou no dia 10 de março, no Museu Nacional Soares dos Reis, Porto, a “Colectiva” que integra estudantes e docentes da Faculdade de Belas-Artes da UL, em parceria com docentes e estudantes das Belas Artes de Granada, exposição integrada na programação que teve início no mês passado, cujo ponto de irradiação, nacional e internacional, é a FBAUL. Aos artistas portugueses foi feito um convite para realizarem obra em torno de Dordio Gomes (que tem no acervo daquele museu as suas “Casas de Malakoff”). Os artistas da Faculdade de Belas Artes de Granada, por sua vez, trabalharam em torno de Manuel Ángeles Ortiz (1895-1984), com a coordenação de Juan Carlos Guadix.
A exposição fica patente até 30 de abril.
Pela FBAUL, temos: Catarina Mendes / Cláudia Colares / Gina Martins / Joana Alves / João Castro Silva / José Quaresma / Nadya Ismail / Nicoleta Sandulescu / Paulo Lourenço / Pedro Zhang / Suzana Azevedo / Tiago Baptista / Vasco Moura / Xavier Tourais
Pelas Belas Artes de Granada: Andrés Macías / Bethânia de Sousa / Enrique Marín / José Gracia Pastor / Juan Carlos Guadix / Mairen Gutiérrez / Noelia Jiménez / Patricia Hurtado / Ramón Santa Cruz / Ricardo Garcia.
O PROGRAMA do Chiado, Carmo, Paris: os lugares de Dordio Gomes e as bifurcações da pintura iniciou no dia 23 de fevereiro, às 14h30, no Museu Nacional de Arte Contemporânea (MNAC), com o primeiro de seis ciclos de conferências e a primeira de sete exposições internacionais, sendo a primeira exposição constituída por três núcleos, a visitar em sequência: Museu Nacional de Arte Contemporânea (MNAC), Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa (FBAUL), Museu Arqueológico do Carmo (MAC). Este projecto tem a coordenação do docente da FBAUL, José Quaresma.
No mesmo dia procedeu-se ao lançamento do livro com 11 ensaios em torno da obra deste pintor, aos quais se juntam outros ensaios sobre artistas coevos de Dordio (oriundos de Espanha, Brasil, Polónia e Itália).
O evento é passível de ser registado e divulgado pela Faculdade de Belas-Artes através de fotografia e vídeo
INSCRIÇÃO NOS CICLOS DE CONFERÊNCIAS
A inscrição é obrigatória em cada uma das conferências:
Museu Nacional de Arte Contemporânea (23/02/2023) – INSCRIÇÕES ENCERRADAS
Grémio Literário (21/03/2023) – INSCRIÇÕES ENCERRADAS
Museu Nacional Soares dos Reis, Porto (20/04/2023)
Casa de Portugal, Paris (04/05/2023)
Auditorio Manuel de Falla, Málaga (11/05/2023)
Centro Interpretativo do Tapete de Arraiolos (17/06/2023)
De acordo com o texto da Introdução do Livro / Catálogo:
“Por via da apropriação artística, da discussão estética e da produção ensaística, pretende-se reaproximar Dordio Gomes dos seguintes lugares: (1) do Chiado, nomeadamente do MNAC, onde existem obras muito representativas do seu percurso artístico, e da Faculdade de Belas- Artes de Lisboa, anteriormente a Academia Real de Belas Artes, na qual ingressa aos 12 anos para realizar a sua formação artística (e pessoal); (2) da cidade de Paris, onde viveu e trabalhou em dois períodos distintos da sua vida, cidade a partir da qual empreendeu visitas a vários países europeus, por exemplo Itália e Suíça; (3) da Vila de Arraiolos, à qual regressou várias vezes, por diversos motivos; (4) e ainda do Porto, devido, por um lado, ao facto de lá ter leccionado cerca de três décadas, contribuindo para a formação de diversas gerações de artistas portugueses, e, por outro lado, pelo facto de estar representado no Museu Nacional Soares dos Reis com obras muito relevantes.
Paralelamente à elaboração de um conjunto significativo de ensaios em torno de Dordio, assim como textos relacionados com as Artes na Esfera Pública, este ano o projecto Chiado, Carmo, Paris permitiu desenvolver obras de arte relacionadas com algumas fases da actividade artística de Dordio Gomes, sempre com preocupações contemporâneas e numa lógica de apropriação criativa, capaz de fazer mediações plásticas entre a sensibilidade artística dos autores de hoje e as descobertas e bifurcações que este pintor trouxe à arte portuguesa. Trata-se de um desafio colocado a doze artistas emergentes e a quatro professores da FBAUL para o alargamento das potencialidades da obra de Dordio Gomes, que se vão interligar a estudantes e docentes do ensino artístico superior em Espanha, Brasil, Itália e Polónia, num total de 45 artistas europeus, com sete exposições colectivas a realizar em Lisboa, Porto, Paris, Granada, Arraiolos, Bologna e Lodz.
Como o projecto integra artistas estrangeiros cujas orientações artísticas não necessitam de coincidir com as motivações portuguesas, propôs-se aos curadores estrangeiros que sugerissem aos estudantes e docentes das respectivas instituições de ensino um artista plástico que na década de 1920 tenha estado em contacto com a cultura francesa, designadamente parisiense, ou que tenha realizado obra muito representativa para os respectivos meios artísticos. O compromisso colectivo que solicitámos aos curadores e ensaístas estrangeiros consistiu em trazer esses artistas para o presente, enfatizando-se assim o que os mesmos possam ter partilhado com Dordio Gomes, designadamente o Cubismo, o Expressionismo (ou certas vagas de Neo-expressionismo), Cézanne e as vagas de Cezanismo na pintura; entre outros pontos de contacto com a obra de Dordio Gomes. Os artistas estrangeiros sobre os quais também se engendraram obras de arte, elaboraram ensaios e vão realizar conferências são os seguintes: Brasil: Tarsila do Amaral (1886-1973); Granada, Espanha: Manuel Ángeles Ortiz (1895-1984); Bologna, Itália: Renato Guttuso (1911-1987); Lodz, Polónia: Leon Chwistek (1884-1944).
Desta forma, com esta diversidade de autores, confluência de vontades e aproximação de horizontes distintos de trabalho, esperamos dar continuidade aos esforços de mudança artística, pedagógica e estética desenvolvidos por Dordio Gomes.”
José Quaresma
INSCRIÇÃO NAS CONFERÊNCIAS

podcasts belas-artes ulisboa
Mar 18 2023revista “convocarte” nº 14/15: arte e mobilidade: eppur si muove! / ART AND MOBILITY: Epur si muove! / ART ET MOBILITÉ: Epur si muove! — chamada de trabalhos
Mar 18 2023PROLONGAMENTO DA DATA DE ENTREGA DE CANDIDATURAS - DATA LIMITE 31 AGOSTO 2022
Candidaturas: convocarte.belasartes@gmail.com | INFO
Data limite de apresentação das candidaturas de textos: 31 agosto 2022.
Devido ao atraso do número anterior de Arte e Paideia, e para acertos de calendário, todas as fases de trabalhos para Arte e Mobilidade (n.º 14 e 15) são adiantadas por mais 2 meses: envio de proposta com sumário até 31 de agosto de 2022; envio de texto final até 30 de novembro 2022. Ver PRÓXIMO NÚMERO | CONVOCARTE (ulisboa.pt)
Arte e Mobilidade: Eppur si muove! [PT]
Eppur si muove ou E pur si muove, normalmente traduzido como «mas movimenta-se» ou «no entanto ela move-se», é uma frase que se atribui a Galileu Galilei. Polemicamente, e segundo a tradição, ela terá sido afirmada logo após Galileu renegar a visão heliocêntrica da Terra perante o tribunal da Inquisição.
Além da retórica da expressão, que faz um tropos ao que se acabara de renegar, invertendo o seu sentido, ela tem esse cunho de nos dizer que a estaticidade é um limiar impossível ao ser humano, porque estamos sempre em movimento. Também, e para além da ironia actual da expressão, na saída de uma situação global de confinamento, que nos obrigou à imobilidade, a expressão surge com uma força cultural de resistência, de recusa da imobilidade nos seus impedimentos e restrições aos corpos e aos objetos, para assim nos lembrar a força de resiliência da fala, da acção ou da coragem.
Se este apelo à mobilidade tem esta tradição de coragem deontológica na história da ciência, servindo de exemplo a manutenção de princípios apesar de violentas pressões externas em sentido contrário, facilmente lhe encontramos toda uma espessura cultural nas artes. A mobilidade pode assumir um primeiro grande plano da deslocação do artista, busca por novas influências e formações que ampliem os horizontes da sua capacidade de produzir Arte.
A aceleração da dinâmica e tensão dos ismos, que marcam a arte ocidental desde a entrada na era industrial, não prescinde da relação com outras possibilidades de deslocação, mais rápida e de constante aceleração. Tal permite pensar que a relação entre os movimentos da história e os da deslocação do espaço geográfico estão relacionados. A mobilidade implica a conjugação do espaço e do tempo, mas também mobiliza rupturas.
Mas, não se trata de fenômeno novo. Muito antes da revolução industrial e das facilidades da aldeia global, conectada no instante da velocidade da luz da Internet, sempre houve viagem na Arte, permitindo a troca e partilha de objectos artísticos, como das suas técnicas e estilos. A história da arte é um vasto mapa de viagens de contatos artísticos, de deslocações de artistas e obras, que transportam consigo uma partilha de influências. Impossível, assim, separar o movimento de artistas e obras que se tem dado ao longo do tempo, pois tudo isso se liga aos próprios movimentos da história da arte.
Mas, se a ênfase à mobilidade não se dá como fenômeno novo, o momento contemporâneo amplia a dimensão e velocidade das mobilidades já presentes nas culturas Paleolíticas, Mesolíticas ou Neolíticas, ou nos nomadismos dos povos primevos das Américas, África e Oceania. Há múltiplas possibilidades de abordar o problema das culturas itinerantes nos dias que correm, cuja lógica artística e cultural assenta na disponibilidade constante ao móbile.
Agente crucial na questão da mobilidade nas artes é o próprio artista. O artista em viagem amplia a sua experiência e conhecimento. O viajar, como prolongamento da sua formação, é decisivo sobretudo a partir da Era Moderna e com o espírito do artista culto do Renascimento. A deslocação pode servir para uma formação e crescimento de si, como pode trazer consigo rupturas, ser exílio, voluntário ou involuntário, político ou artístico, dimensões que têm marcado a história das civilizações.
A deslocação pode dar-se por razões de um projecto artístico, como o caso do ar livrismo, que determinou uma das questões mais relevantes da história da pintura do século XIX, culminando num dos movimentos artísticos mais míticos da arte moderna, o Impressionismo, sobretudo com o ar livrismo total de Monet. Ou, mais recentemente, as derivas dos situacionaistas ou as caminhadas de Richard Long no âmbito da Land Art ou, enquanto acção artística, a famosa deslocação de uma montanha de Francis Alÿs, obra com Cuauhtémoc Medina e Rafael Ortega (When Faith Moves Mountains, 2002), entre muitas outras.
Nesse dossiê temático, propomos uma profunda reflexão sobre a viagem nos estudos artísticos das Artes, desde a noção de artista viajante, com seu diário de viagem, o ar livrismo e as residências artísticas, ou seja, da viagem como fundamento ou processo artístico. Também interessam as relações entre as instituições artísticas e a viagem cultural como mercado, enquanto dimensão turística da arte, lançando a discussão entre a necessidade de visita e a criação artística. Tal como há um turismo do artista, mesmo pondo em jogo os estigmas desta palavra enquanto modo de viagem, há um alargado e intenso turismo da e para a Arte, motivando e mobilizando deslocamentos.
Problematizar a mobilidade chama tanto o seu excesso e poluição (por exemplo, a noção de «dromologia» de Paul Virilio), como a ideia de imobilidade, extremos necessários à discussão do que os deslocamentos assinalam no mundo da arte. Além das ditas artes do tempo, como a literatura, a performance, o cinema ou a música, também as artes plásticas, ditas do espaço, se implicam no movimento, com vários artistas a entrarem na mobilidade dos referentes, como Delacroix, Degas, Rodin, os futuristas ou, por outra via, o próprio cubismo, com a sua ideia da deslocação do artista em torno do referente. O movimento torna-se assim um tema ou problema para a representação. Mas também pode ser um problema construtivo da obra, permitindo estender a questão às obras cinéticas, reais e virtuais, do construtivismo russo à Op Art.
A mobilidade encontra-se como questão cultural abrangente, como deslocação dos seus agentes (desde dimensões da produção, a partir do lugar do artista, como da recepção, e em torno do lugar do observador) e toda a partilha cultural daí advinda, como pode ser uma questão da obra, da sua deslocação física, seu tema ou modo de relação com os seus motivos, como ainda da sua construção interna.
Portanto, fica claro a necessidade de uma resposta a esse interesse investigativo e criativo, tanto da comunidade acadêmica quanto artística, que por diferentes perspectivas consubstanciam arte e deslocação, numa relação profícua. Assim, propomos como desafios à reflexão, algumas temáticas:
– A velocidade, viagem e mobilidades nas artes.
– O artista viajante e em deslocação, das peregrinações, às missões artísticas, ao ar livrismo, ou às recentes residências artísticas.
– As residências artísticas como jogo deslocação e possível fixação temporária, desenhando cenários e impactando a [re]criação artística.
– Deslocações por exílio, migrações e outros caminhos pós-coloniais
– Projectos artísticos assentes na ação e na mobilidade, implicando a deslocação.
– A deslocação de colecções e obras, em exposições ou saqueadas historicamente.
– Obras e coleções em deslocações: o artístico tornado evento.
– Percursos artísticos no mundo do eu, enquanto artística, curador, espectador, etc.
– A mobilidade cultural dos processos artísticos, sobretudo no espírito da arte moderna e contemporânea e sob o signo das vanguardas artísticas.
Mas, dentro do princípio Eppur si muove, a proposta abre-se ao acolhimento de outros possíveis desafios. Pode-se ensaiar sobre o contraponto aos impedimentos de mobilidade, aos processos, impositivos ou não, de imobilidade, como o recente caso global da pandemia do Covid 19. Porque: Eppur si muove
Praise of poiesis – Theoretical reflections on the practice of artistic research
Mar 01 2023
The book Praise of poiesis — Theoretical reflections on the practice of artistic research by Fernando Rosa Dias is now available in the repository of the University of Lisbon.
The present essay seeks to problematize the current condition of research in the arts by reviewing and reformulating a series of texts produced in the course of a decade for an editorial project focused on the topic, namely as it relates to the historical horizon of the arts and the discourses construed around them as well as to artistic creation, in a reflection that poses methodological, epistemological and hermeneutical questions.
(…)
Thus, our effort supports a kind of artistic research developed within poiesis, which unleashes the need for a new argument from the artist in order to confront other reasons in his poietic.
Out of the various points made in this study, or its most significant underlying theses, we point out the following:
1) Research in the arts does not exist without artistic production (poiesis), neither can it exist without a theoretical reflection (logos) about said practice.
2) Research in the arts implies new modes of interconnection between discourse and art whose parameters are unprecedented in the history of culture and arts.
3) Research in the arts must be grounded on an open poiesis in experimental terms, not limited to the conception of a definitive and correct work (becoming part of a broader poiesis), much less of a perfect one, privileging the path of a poietic process, understood as a place of interrogations and discoveries and thus taking studio practice and rehearsal as its preferred modes.
4) Poisesis must be considered expansive, never-ending and experimental. An expansive poiesis integrates and problematizes the various means – technical, institutional, social, theoretical, historical, etc., – in system-art, combining the different artistic forms and fields considered within artistic making (poiesis) and thinking (logos) as interrelated processual modes. A never-ending poiesis acts beyond the mere production of a final and definitive piece presented as a telos of poietics, turning any production into something as defining as any sketch or study. An experimental poiesis acting upon a notion of studio as a laboratory for experimenting and sharing new artistic or related problems.
5) There is a place for research in the arts both within the art world as in the university, insofar as it conveys the concerns and contributions that characterize notions of truth, knowledge, know-how, culture, experience, etc., considering that these aspects are not reducible or exclusive of traditional scientific fields.
Investigação artística e transgressão académica
Feb 21 2023LIVRO DISPONÍVEL NO REPOSITÓRIO DA UNIVERSIDADE DE LISBOA
O livro Investigação artística e transgressão académica, agora disponível no repositório da Universidade de Lisboa, compreende um conjunto de textos de José Quaresma escritos nos últimos doze anos sobre a peculiaridade da investigação artística, alguns inéditos, outros reeditados. Trata-se de uma edição da FBAUL, versão digital, em acesso aberto, cuja introdução poderá ser consultada AQUI.
“Há cerca de 40 anos que assistimos a um intenso debate sobre as especificidades desta investigação na esfera das artes, com um tráfego categorial inusitado entre domínios muito distintos — embora com afinidades — tais como: criação artística / investigação artística / investigação em artes / investigação sobre artes / investigação através das artes.
Considerando estas tipologias, defendo a investigação artística como aquela que se envolve de forma mais autêntica nos processos criativos, estando plenamente incorporada nos mesmos e fazendo brotar noções artísticas a partir de uma experimentação incessante. Para algumas formas de investigação orientada pela prática artística (apenas algumas, repito) é igualmente defendida a possibilidade radical de descredenciar a palavra, sobretudo quando esta, pretendendo referir-se à expressão artística, se perde no gosto pela sofística, na usurpação e na pseudo-investigação. Para evitar esta circularidade, pugna-se pela produção de “evidência” investigativa através de processos substancialmente derivados da experimentação artística e instalativa, como pode ser observado no primeiro texto do livro. Numa tentativa de aliar a produção poética e a investigação artística, termino esta breve apresentação com Hölderlin e Annette Arlander:
“Temos vergonha da própria fala. Seria preferível transformarmo-nos em sons e unirmo-nos num cântico celestial.”
[Hölderlin, Hipérion ou o eremita da Grécia ]
“If we had waited for philosophers to agree upon a solid ontological and epistemological basis for artistic research, we might not, even now, have begun.”
[Annette Arlander, Artistic Research in a Nordic Context ]
José Quaresma
a pintura contemporânea e o rio do esquecimento — volume ll
Feb 21 2023Já está disponível o livro Manchas e gestos com emanação semântica. Transgressão plástica e eclosão do pensamento pictural, o segundo volume da obra sobre investigação em pintura A pintura contemporânea e o rio do esquecimento da autoria de José Quaresma.
“Trata-se de uma edição da FBAUL, tal como o primeiro volume de 2021. Porém, como uma parte substantiva deste vol. II consiste na investigação realizada para o pós-doutoramento, finalizado recentemente no Porto, com a supervisão do Professor Catedrático António Quadros Ferreira (que teve a amabilidade de escrever o Prefácio), o livro é também co-editado pelo Instituto de Investigação em Arte, Design e Sociedade.
Nesta nova publicação trato da intermaterialidade da pintura, desenvolvo dez acepções distintas para a expressão “a pintura pensa”, aludo à potência instalativa do elemento pictural, viso feixes de temporalidades que a pintura emana, trato dos “vapores fluidos dos avessos” das suas camadas mais interiores, falo da “vida habitativa” do pintor, entre outros temas.”
José Quaresma
O livro ficará disponível nas bibliotecas e nas lojas da FBAUL e da FBAUP, assim como em outras bibliotecas, escolas e academias do ensino artístico.
lançamento e apresentação do livro “Identidade e Design Editorial | Edições Colibri”
Feb 19 2023
02 MARÇO 2023 > 18H30 I ÁTRIO DA CAPELA
Realiza-se no próximo dia 2 de março, às 18h30, no átrio da Capela da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, o lançamento e apresentação do livro Identidade e Design Editorial I Edições Colibri de Raquel Gil Ferreira, ex-aluna da Faculdade. O evento conta com a presença da autora, dos professores Sónia Rafael e Jorge dos Reis e com o editor Fernando Mão de Ferro.
Entrada livre.
Este evento é passível de ser fotografado e filmado e posteriormente divulgado publicamente.
O projeto de design gráfico global desenvolvido para a Editora Colibri é constituído por dois universos em relação, por um lado o desenvolvimento da identidade visual da própria organização empresarial (editora, artes gráficas, livraria), por outro lado a construção de uma coerência editorial, na definição de um panorama visual para o design gráfico das várias coleções da casa editorial em epígrafe.
De um modo extremamente meticuloso, Raquel Gil Ferreira definiu a linha gráfica da editora criando uma clara fonteira entre capas de grande sobriedade, elegância, e capas mais expansivas na sua interpretação dos conteúdos. Contudo, o que ressalta claramente é continuidade, que ainda assim é percetível no conjunto, um aspeto difícil de atingir, que aqui se apresenta de modo exemplar, assumindo de modo cristalino o papel do designer gráfico enquanto mediador.
(do prefácio de Jorge dos Reis)
manet para lá, manet para cá — catálogo disponível online
Feb 07 202313 > 22 FEVEREIRO 2023 I FBAUL
Inaugura no próximo dia 13 de fevereiro a exposição Manet para lá, Manet para cá de José Quaresma. A exposição estará patente em diversos espaços da FBAUL, entre 13 e 22 de fevereiro.
“Manet para lá, Manet para cá é a designação da exposição de pintura e instalação pictural que toma como referente de “vaivém” o contexto artístico do próprio Édouard Manet, oscilando alternadamente na direcção do tempo que o precede e do tempo que lhe sucede. A exposição consiste na criação de cinco núcleos expositivos, sendo que cada situação instalativa integra conjuntos diferenciados de pinturas, materiais e objectos preparados para uma apropriação actual das seguintes obras do autor francês: Olympia (1863); Déjeuner sur l’herbe (1863), Stéphane Mallarmé (1884); Un Bar aux Folies-Bergère (1882); Portrait d’Emile Zola (1868). A assimilação que realizo também faz uma enfatização pessoal dos arcos temporais que o pintor francês construiu em função da desmistificação de determinadas narrativas da pintura ocidental. Deparar-nos-emos, pois, com a reconfiguração plástica de algumas das suas obras, seja no que concerne ao regresso despudorado de Manet à pintura que o precede (quando assimila processos de pintores em vários séculos de densificação do elemento pictural, como Giorgione, Raimondi, Ticiano, Velázquez, Goya, Watteau, Courbet, outros), seja ainda nas repercussões futuras que o seu legado gerou, isto é, quando Manet libertou a pintura do anacronismo de certos hábitos de “ofício” e materialização, ingenuidade de crenças, mitos e contextos interpretativos dos mesmos, tendo-se adentrado — explícita ou indirectamente — na produção de muitos artistas do séculos XX e XXI, como Picasso, Magritte, Alain Jacquet, Jeff Wall, Yue Minjun, Julie Rrap, e até Mario Sorrenti (fotografia de moda), para referir apenas alguns.
Como é sabido, para se libertar de um conjunto considerável de dispositivos e narrativas da pintura pretérita, Manet tratou em primeiro lugar (até à exaustão, diga-se) da respectiva assimilação prática e experimental, tendo conhecido inteiramente por dentro, como poucos terão logrado fazer, as obras da tradição pictórica francesa, italiana, espanhola e dos Países Baixos. Mas, mais do que ter mergulhado numa profunda investigação da diversidade dos processos de muita pintura que o antecede, não hesitou em se apropriar dos mesmos, citando-os, provocando-os, pressionando-os a coabitar picturalmente com o seu tempo, incorporando-os no interior e na singularidade da sua expressão artística.”
José Quaresma
PRÉMIOS 2011-2021
Jan 03 202311 > 29 OUTUBRO 2022 I FACULDADE BELAS-ARTES
Inaugurou no dia 11 de outubro, às 17h00, na Faculdade de Belas-Artes, a exposição “PRÉMIOS 2011-2021″, com obras premiadas de alunos e ex-alunos entre 2011 e 2021.
Esta exposição insere-se na programação das comemorações do Dia das Belas-Artes que se celebra no dia 25 de outubro. Nesta data a Faculdade de Belas-Artes comemora 186 anos da sua fundação. Neste dia será apresentado e lançado o livro “PRÉMIOS 2011-2021″ no decorrer da finissage da exposição.
Este evento é passível de ser fotografado e filmado para posterior publicação.
Livro “PRÉMIOS 2011-2021″ disponível online
PRÉMIOS 2011-2021
Este livro reúne um conjunto alargado de trabalhos de alunos e alumni da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa que, entre 2011 e 2021, foram nomeados ou premiados em alguma competição nacional ou internacional. Estamos convictos de que, ao termos conseguido reunir, através de uma chamada pública, 320 obras de 220 alunos formados nos nossos sete Departamentos — Arte Multimédia, Ciências da Arte e do Património, Desenho, Design de Comunicação, Design de Equipamento, Escultura e Pintura —, tornámos este evento num inolvidável registo do valor humano e da qualidade pedagógica e científica das Belas-Artes.
Os trabalhos aqui apresentados espelham a diversidade e o cruzamento disciplinar entre a arte, o design e as ciências do património. As Belas-Artes são um espaço privilegiado para o saber e a cultura, respondendo de forma atenta e positiva aos desafios que a globalização do conhecimento traz à universidade.
Todos estes trabalhos revelam a capacitação académica e profissional dos alunos. As Belas-Artes são um lugar de aprendizagem e de experimentação que valoriza a transversalidade entre as práticas do design e da arte com os domínios da teoria e das teorias aplicadas, possibilitando aos alunos um percurso académico assente no diálogo entre a história das práticas artísticas e do design e os processos contemporâneos da criação. Trata-se de um lugar do conhecimento em que professores e investigadores, portadores de clara liberdade e de excelência pedagógica e científica, estabelecem pontes sólidas entre a transmissão do conhecimento académico e o modo como a arte e o design se relacionam hoje com o mundo profissional.
Reconhecemos também a importância destes prémios para as Belas-Artes, principalmente pelos laços que se preservam entre alunos, alumni e a instituição. Dada a quantidade de prémios registados numa só década, perspetivamos que a edição destes livros passará a ter uma periodicidade mais regular. Este livro e a sua publicação on-line constituem-se como um fundo inestimável do reconhecimento da instituição por aqueles (alunos, professores e funcionários) que permanentemente a constroem e a projetam no futuro.
Fernando António Baptista Pereira
Cristina Azevedo Tavares
Sérgio Vicente
UNIVERSIDADE DE LISBOA LANÇA A NOVA ESCOLA DE PÓS-GRADUAÇÃO: ULISBOA-EPG
Jan 03 2023A ULisboa-EPG tem por missão promover a oferta de cursos de pós-graduação, seminários e outros programas de formação avançada não conferentes de grau, desenvolvidos em articulação entre a Universidade e diferentes entidades públicas e privadas.
Um dos principais objetivos desta Escola de Pós-Graduação é preencher uma lacuna há muito diagnosticada no ensino superior português e recorrentemente reportada nos relatórios da OCDE: promover a formação ao longo da vida, destinada à população já inserida no mercado de trabalho, que procura atualizar-se e adquirir novas competências. A formação tradicional dos jovens não esgota a missão da universidade.
A ULisboa-EPG é uma nova estrutura de formação da Universidade de Lisboa, que reúne as 18 Escolas da Universidade, com as suas várias áreas de investigação e conhecimento. Organiza-se como espaço transversal de formação, em que a complementaridade de saberes e a otimização das redes existentes ao nível das diferentes Escolas da Universidade criam sinergias, entre si e com outras entidades públicas e privadas.
Aproveitando as possibilidades abertas pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e, em particular, pelo programa “Impulso Adulto”, a ULisboa-EPG procura atingir, até 2025, um universo de mais de 10.000 novos estudantes. Este programa pretende dinamizar a formação ao longo da vida, reforçando o objetivo de convergência com a Europa, ao longo da próxima década.
Como explica o Reitor da Universidade de Lisboa, Luís Ferreira, “o PRR induziu uma motivação adicional na Universidade de Lisboa para a reorganização do sistema de pós-graduação. Ainda que atualmente atinja um nível de atividade muito significativo, está ancorado acima de tudo na capacidade individual de cada uma das várias Escolas e não tanto na complementaridade dos campos de investigação e recursos académicos diversos que é possível estabelecer, explorar e potenciar de forma interdisciplinar mais permanente.”
A ULisboa-EPG destina-se a todos aqueles que pretendam adquirir ou aprofundar conhecimentos, numa ou em várias áreas científicas, em particular aqueles que já estão inseridos no mercado de trabalho e procuram uma valorização profissional.
Para o desenvolvimento da sua oferta de pós-graduação, a ULisboa considera como objetivos estratégicos: proporcionar competências essenciais e específicas para a prática profissional; fomentar a internacionalização; aumentar a capacitação aprofundada de profissionais de diferentes áreas; facilitar a transferência de conhecimento; antecipar as necessidades emergentes de formação; promover a oferta interdisciplinar e transdisciplinar de cursos de pós-graduação.
A oferta formativa da ULisboa-EPG irá fomentar o seu carácter de excelência, a sua inter- e transdisciplinaridade, cruzando as fronteiras entre as dimensões académica, técnica e profissional, bem como a sua ligação à sociedade, promovendo um ambiente privilegiado para a internacionalização. Este projeto resulta de uma ampla articulação e cooperação com cerca de três centenas de entidades externas, abrangendo empresas, administração pública central, regional e local, instituições de investigação, e associações profissionais de vários setores de atividade.
Os cursos estão agrupados nas seguintes grandes áreas:
- Agricultura, Ciências Veterinárias
- Recursos Naturais, Ambiente e Energia
- Humanidades, Artes e Cultura
- Ciências Sociais, Ciências Empresariais e Direito
- Educação e Formação
- Saúde e Ciências do Desporto
- Ciência de Dados, Tecnologias de Informação e Transição Digital
- Engenharia, Tecnologias e Industrialização
- Território, Urbanismo e Arquitetura
Todas as informações sobre a ULisboa-EPG e a sua oferta formativa podem ser encontradas no site epg.ulisboa.pt
chiado, carmo, paris. “soirée chez lui”. desassossego e apropriação —ŁÓDŹ, polónia
Dec 12 202215 NOVEMBRO > 15 DEZEMBRO 2022 I AULA GALLERY AKADEMIA, ŁÓDŹ, POLÓNIA
LISBOA, ÉVORA, PARIS, ŁÓDŹ, FLORENÇA | 2022
Inaugura no dia 15 de novembro, mais uma exposição relativa ao Chiado, Carmo, Paris. “Soirée chez lui”, desassossego e apropriação, na Aula Gallery Akademia em Lodz, na Polónia, projecto integrado na “Temporada Portugal França 2022”, com ancoragem na Casa de Portugal, em Paris.
O evento é passível de ser registado e divulgado pela Faculdade de Belas-Artes através de fotografia e vídeo
Foi no dia 17 de fevereiro que inauguraram as primeiras três EXPOSIÇÕES relativas ao Chiado, Carmo, Paris. “Soirée chez lui”, desassossego e apropriação, projecto integrado na “Temporada Portugal França 2022” com ancoragem na Casa de Portugal, em Paris.
A primeira inauguração realizou-se às 17h00 no Jardim de Esculturas do MNAC, a segunda às 18h00 na FBAUL, e a terceira às 19h00 no Museu Arqueológico do Carmo.
Trata-se da apresentação pública de obras de dezenas de estudantes, professores e investigadores do ensino artístico superior, no sentido do alargamento das potencialidades plásticas da obra de Columbano, Soirée chez lui, cruzando alguns dos seus referentes plásticos e semânticos com a “efervescência” e o desassossego dos artistas da FBAUL e da Universidade de Évora. Por analogia, atendendo ao âmbito internacional do projecto expositivo, os artistas polacos (Lodz) e italianos (Florença) abordam a intermedialidade entre as artes visuais e as artes performativas a partir de autores das respectivas culturas, nomeadamente a pintura “Chopin’s Polonaise”, de Teofil Kwiatkowski, e a escultura “Ofelia”, de Arturo Martini.
No mesmo dia realizou-se um ciclo de CONFERÊNCIAS no MNAC sobre a pertinência da obra de Columbano, incluindo o lançamento de um livro/catálogo com vários ensaios dedicados à obra do pintor português, assim como ao domínio das artes na esfera pública.
Para informação mais detalhada sobre a vasta programação que se inicia neste dia e que culminará em Florença, no fim de 2022, sugere-se a consulta do site e do Instagram da Faculdade de Belas Artes de Lisboa, do Museu Nacional de Arte Contemporânea, e do Museu Arqueológico do Carmo.
Após a consulta de todos os temas e autores que constam no PROGRAMA, poderão, em função dos vossos interesses, fazer as inscrições nos diversos ciclos de conferências através da plataforma digital da FBAUL.
Evento passível de ser fotografado e filmado para posterior divulgação.
INSCRIÇÃO NOS CICLOS DE CONFERÊNCIAS
A inscrição é obrigatória em cada uma das conferências.
Museu Nacional de Arte Contemporânea (17 de fevereiro de 2022) /INSCRIÇÕES ENCERRADAS
Grémio Literário (16 de Março de 2022) / INSCRIÇÕES ENCERRADAS
Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo, Évora (03 de Maio de 2022) INSCRIÇÕES ENCERRADAS
Casa de Portugal, Paris, França (20 de Maio de 2022) INSCRIÇÕES ENCERRADAS
Informa-se que, devido à situação atual de pandemia e a novas medidas de controle, os ciclos de conferências poderão ser realizados através da plataforma zoom.
now available the e-book ON PORTRAITURE. Theory, practice and fiction. From Francisco de Holanda to Susan Sontag
Dec 11 2022
18, 19 and 20 January 2022 | Faculty of Fine-Arts, University of Lisbon
EVENT EXCLUSIVELY ONLINE
NOW AVAILABLE THE E-BOOK OF THE CONGRESS!
NOTE: when you open the link, please scroll down on the page, and you will find the file for dowload.
REGISTRATIONS CLOSED
PITCH SESSION
The Authors of the selected communications were invited to participate in a pitch session, where they made a brief presentation of their communications.
WATCH HERE the recording of this session, which took place online on January 18, 2021.
NOTE: It is not allowed to reproduce images or texts presented in this video, in whole or in part, without authorization from the authors and editors.
INTRODUCTION AND PRINCIPLE OBJECTIVES OF THIS CONGRESS
This colloquium intends to discuss the theory and practice of artistic, historical, anthropological, social and political experience on the topic of portraiture, as well as the fictional dimension contained within it. Located at the intersection of several disciplinary fields, the discussion(s) and papers will address the portrait as a concept, theme, process, object (monument and document) and device, in its multiple developments and in its successive conceptual, technological and contextual updates.
More than defining a temporal framework, the subtitle – From Francisco de Holanda to Susan Sontag – underscores the dynamic porosity on the researched topic in the fields of art and literature, as well as, in its mutual reversibility.
Francisco de Holanda, humanist and 16th-century Portuguese artist, is the author of Do Tirar pelo Natural [On Portraiture], the first treatise dedicated to portraiture in early modern Europe, which he concluded in 1549, in the decade following his return from a trip to Italy undertaken in 1538 to 1540, as member of the embassy of Ambassador D. Pedro de Mascarenhas. One objective for Holanda was to meet Michelangelo Buonarroti, in addition to observing and drawing fortresses and the most outstanding works of art across Italy. Upon his return, Holanda undertook writing Da Pintura Antiga [On Ancient Painting], concluded on October 13 (St. Lucas Day) 1548, as it is written at the end of Book II, followed by his second treatise, Do Tirar polo Natural [On Portraiture]. These two works were prepared for publication and were even translated into Spanish in 1563, by his friend, the Portuguese painter Manuel Denis. These treatises, written almost simultaneously, would only see publication, in Portuguese and Spanish, only in the 19th century. At the end of the Do Tirar polo Natural [On Portraiture], Holanda states that the text was completed on January 3rd, 1549, only a few months after the completion of the two Books of Da Pintura Antiga [On Ancient Painting]. In fulfilment of John B. Bury’s ground-breaking research, a bilingual edition of this portrait treatise, published by Paul Holberton Publishing in London, will be presented during this Congress.
Indeed, the two great pillars of Francisco de Holanda’s theory of art – the imitation of himself, nature and antiquity on one hand, and idea, on the other – have, precisely, as a point of departure, the artist’s creative process which Holanda discusses in his first two treatises. The importance of Do Tirar polo Natural [On Portraiture] for the theory of art, which Holanda explains and abundantly illustrates in his two books in On Ancient Painting, as well as in his drawings and illuminated albums, especially in As Antigualhas [On the Antique], makes Holanda’s need to write a portrait treatise fully justified. As an autonomous work, Do Tirar polo Natural [On Portraiture], complements Da Pintura Antiga [On Ancient Painting]. This treatise’s structure, in the form of dialogues, follows the model used in Book II of Diálogos em Roma [Dialogues in Rome], but here, instead of many interlocutors, is reduced to conversations between two protagonists, Brás Pereira and Feramando, the disciple and master, as well as the alter ego of Holanda. The themes and issues defined in Do Tirar polo Natural [On Portraiture], extend, deepen and, above all, specify in detail questions regarding portraiture; themes related to the representation of the human figure which Holanda took up in Chapters 38 to 41 in Book I of Da Pintura Antiga. These chapters lack the decisive contributions, which throughout the eleven, small dialogues of Do Tirar polo Natural [On Portraiture], Holanda describes as precepts for a painter to “portray” or “paint from life” the “persona” of a sitter. In Do Tirar, Holanda distinguishes the portrait as distinctive from other representations of the human figure.
In The Volcano Lover, Susan Sontag begins with documentation related to three historical figures from the 18th century, expanding them into a fictional extension where they appear as characters or doubles; emerging as figures stabilized in the credibility of portraits, thus questioning their presence throughout the history of art and the history of images. These figures are the diplomat, collector and volcanologist William Hamilton, his wife Emma Hamilton, lover of Admiral Nelson and the muse of the painter George Romney and Admiral Nelson. The portraits directly refer to those of William Hamilton, made by Joshua Reynolds, and those of Emma Hamilton, made by George Romney and Élisabeth Vigée-Lebrun. The questions asked regard the genesis of the sensitive body, in the example of the statue of Condillac, and the metamorphosis of the statue in the myth of Pygmalion; the metamorphosis of beings in the morphological accidents of the earth and in natural objects that retain their name and history; the ideal portrait; the impossibility of describing the beauty of a face or a body, delegated to the rhetorical artifice of metaphor; the portrait as a theme and as a model; the genre of statues: action and stillness, narcissism and modesty; effigies: symbolic death; cameos: miniaturization of the portrait, living picture: representation staged inside a box or in a place surrounded by the frames of the paintings; the body in pose: support and object of the representation of a representation; the body as the embodiment of the work; the ephemerality of the body and the perpetuity of the portrait; the figure, the portrait and the recognition that erases or illuminates the name. And the ruin of it all, because ruin is the inevitable destiny of human bodies and their representations, some and others relegated to the future of our time.
THEMATIC LINES
In conjunction withthese topics the main thematic lines of the colloquium are defined as:
- The portrait as a place and the place of the portrait in the visual culture of all periods
- Time and trans-temporality in and of the portrait
- The portrait as theory and the theories of the portrait
- The portrait as fiction
In the transversality of these lines, the following sub-themes are proposed:
The body and the portrait; Portrait: presence and representation; Portrait, self-portrait and self-representation; The expanded portrait: media, intermediary and mediation; Portrait: iconism, symbolism and similarity; Metonymic portrait; Portrait galleries; The portrait as a connotative place; The double and the portrait; The portrait and the mask; Portrait and genre: the collector and the collection; Portrait and gender: the artist and the model; Portrait: celebration and power; Portrait: celebration of anonymity; Portrait: show and monstrosity; The statistical portrait; Avatar: copy without original; The Impossible Portrait; The composite portrait; Portrait: the desecration of the body.
Keynote speakers will be selected according to the sessions formed from the submitted proposals and the thematic lines of this congress.
OFFICIAL LANGUAGES
The official languages are Portuguese, English, French, Italian and Spanish.
ORGANIZATION
INSTITUTES
CIEBA – Artistic Studies Research Centre, Faculty of Fine Arts, University of Lisbon
PRESIDENT
Annemarie Jordan Gschwend
VICE PRESIDENTS
Maria João Gamito (CIEBA/FBAUL)
Fernando António Baptista Pereira (CIEBA/FBAUL)
HONOUR COMITTEEE AND SCIENTIFIC COMMITTEE
The final selection of the honorary and scientific committees (see HERE) will be determined according to the quality and thematic diversity of the submitted proposals.
EXECUTIVE
Alice Nogueira Alves
Ana Mafalda Cardeira
Glória Nascimento
Jorge dos Reis
Liliana Cardeira
Marta Frade
Maria Teresa Sabido
Teresa Teves Reis
FINAL PROGRAM (to be determined)
The opening of the Congress will be given by Annemarie Jordan Gschwend and the closing session by Professor Fernando António Baptista Pereira.
NOTE: During the Congress, Francisco de Holanda’s treatise, Do tirar pelo natural / On Portraiture (Paul Holberton Publishing, London), translated and with an introductionby John B. Bury, and edited by Annemarie Jordan-Gschwend and Professor Fernando António Baptista Pereira, will be presented.
INFORMATION:
CONTACTS
onportraiture.congress@belasartes.ulisboa.pt
VENUE
FACULDADE DE BELAS-ARTES DA UNIVERSIDADE DE LISBOA
Largo da Academia Nacional de Belas-Artes – 1249-058, Lisboa, Portugal
arte e cultura visual
Dec 01 202215 DEZEMBRO 2022 > 18H00 I SALA 3.61
ARTE E CULTURA VISUAL é uma revista do Centro de Investigação e de Estudos em Belas-Artes (CIEBA), com a periodicidade de um número anual, a sair no final de cada ano.
O âmbito a que se dedica é as artes plásticas e a cultura visual, procurando um discurso reflexivo, diverso, actual, problematizante e orgânico, que permita conferir enfoque aos dispositivos da arte e das imagens artísticas na sua ontologia e nos seus contextos.
Cada número é dedicado a um tema. Este terceiro número debruça-se sobre a DESILUSÃO.
Direcção editorial: Isabel Nogueira
Colaboradores deste número:
Ana Rito, Daniela Lisboa Gomes, Eduarda Neves, Isabel Nogueira, Javier Artero, José Carlos Pereira, Luís Manuel Gaspar, Manuel de Freitas, Pauliana Valente Pimentel, Pedro Lapa, Rui Cunha Martins, Rui Pires Cabral, Vitor dos Santos Gomes.
Entrada livre condicionada à capacidade da sala
lançamento do nº 5 da riact e ciclo internacional de conferências sobre Investigação artística
Nov 20 202230 NOVEMBRO > 13H20 I VIA ZOOM
Comunica-se o lançamento da RIACT nº5, no dia 30 de novembro, edição dedicada à Investigação Artística em domínios partilhados pela Pintura e pela Dança, cujo título é: Investigação artística da ‘projecção espacial’ e da ‘plasticidade corporal’ nos campos da dança e da pintura. Esta edição também inclui uma entrevista ao Pintor e Professor Catedrático António Quadros Ferreira.
Na mesma tarde realiza-se um Ciclo Internacional de Conferências designado: Artistic Research on ‘spatial projection’ and ‘body plasticity’ in dance and painting, com a participação de diversos especialistas entre os quais Naomi Lefebvre Sell (Trinity Laban Conservatoire, Londres) e Fernando Duarte (Director artístico de Dança em Diálogos), além de outros, como pode ser observado no Cartaz-PROGRAMA.
As conferências realizam-se através da plataforma ZOOM.
lançamento e apresentação do livro “textos de fernando pessoa sobre arte”
Nov 10 202225 NOVEMBRO 2022 > 18H00 I AUDITÓRIO LAGOA HENRIQUES
Realiza-se no dia 25 de novembro, pelas 18h00, no auditório Lagoa Henriques, o lançamento e apresentação do livro TEXTOS DE FERNANDO PESSOA SOBRE ARTE de Victor Correia e António Canau, com chancela da Editora Colibri e apresentação da Professora Doutora Cristina Azevedo Tavares, Vice-Presidente da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa.
A edição conta com o apoio da Fundação Engenheiro António de Almeida.
O evento é passível de ser fotografada e/ ou filmado para posterior publicação das imagens.
Entrada livre condicionada à capacidade da sala
MadreMedia / Lusa (24/11/2022)
Fernando Pessoa é conhecido geralmente como poeta e escritor, mas foi também um grande ensaísta, e nos seus textos de ensaio existem muitos textos sobre arte, que são pouco conhecidos do grande público e mesmo do público académico. Este livro consiste numa antologia dos textos que Fernando Pessoa escreveu especificamente sobre arte, por vezes associados também a algumas reflexões sobre literatura. Trata-se de uma antologia inédita, dado que é a primeira vez que é publicada uma antologia de textos de Fernando Pessoa focada no tema da arte. Organizámos esses textos através de diversos capítulos: a divisão e a classificação das artes, a definição e a caracterização da arte, a finalidade e o valor da arte, a psicologia da arte, a sociologia da arte, a crítica de arte, o artista, a genialidade, a celebridade, a arte e a moral, as escolas e correntes artísticas.
Este livro contém também algumas das muitas obras do artista plástico António Canau, por um lado como exemplificação de obras de arte, e por outro devido ao facto de haver neste artista relações com a obra de Fernando Pessoa, nomeadamente as figuras de animais antropomórficos, ou de seres humanos animais, que se relacionam com a tese de Fernando Pessoa sobre a organicidade da obra de arte, comparando-a a um animal. Há também em António Canau uma forte ligação aos mitos, ao oculto e à Grécia antiga, como em Fernando Pessoa. Com as obras de arte de António Canau somos conduzidos a uma espécie de cosmogonia, a uma evocação de um passado ancestral mágico, a uma espécie de regresso às origens do Homem, telúricas e culturais.
Outra característica a salientar em António Canau, relacionando-a com Fernando Pessoa, é a ligação da metamorfose, que é central na obra de António Canau, com a heteronímia, que é central na obra de Fernando Pessoa. A palavra “metamorfose”, em sentido figurado significa: alteração da personalidade, da identidade e do modo de pensar. Ora, a metamorfose, na obra artística de António Canau, é uma forma de despersonalização, e por outro lado a despersonalização, nos heterónimos de Fernando Pessoa, é uma forma de metamorfose.
VICTOR CORREIA frequentou a Pontifícia Universidade de São Tomás de Aquino, em Roma (formação em Filosofia). Frequentou também o curso de piano, durante alguns anos, na Escola de Música de São Teotónio, em Coimbra. Concluiu a licenciatura em Filosofia, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, é pós-graduado em Formação Educacional, na mesma Faculdade, e tem o Mestrado em Estética e Filosofia da Arte, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (formações obtidas antes do Processo de Bolonha). É doutorado em Filosofia Política e Jurídica, na Universidade da Sorbonne, em Paris, onde foi orientado pelo filósofo francês Yves Charles Zarka. É pós-doutorado em Ética e Filosofia Política, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Tem exercido funções de docência na sua área de formação, e tem organizado e apresentado comunicações em várias conferências. É membro de algumas associações científicas e culturais. Tem publicado diversos artigos em jornais, e em revistas nacionais e internacionais. Tem também mais de vinte livros publicados, em várias editoras, sobre diversos temas.
ANTÓNIO CANAU fez o curso de Artes Gráficas na Escola Artística António Arroio, em Lisboa. Licenciou-se em Escultura na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa. Fez o Mestrado em Belas Artes – Master of Arts in Fine Art, Printmaking (gravura), na Slade School of Fine Art da University College, em Londres. Fez o doutoramento e o pós-doutoramento na Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa, onde é professor, assim como também é professor na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa. Faz parte de centros de investigação, tem sido conferencista e curador. Foi membro do Conselho Técnico da Sociedade Nacional de Belas Artes entre 2015 e 2017. Participou em muitas exposições individuais e coletivas, nacionais e internacionais. Recebeu diversos prémios nacionais e internacionais. A sua obra está representada em diversas coleções públicas e privadas, em coleções nacionais como por exemplo na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, e em coleções internacionais como por exemplo no British Museum, em Londres. Desenvolve atividade artística em escultura, medalha-objeto, desenho, gravura, fotografia, e livros de artista. É Membro do Grupo Anverso/Reverso de Medalha Contemporânea.
ARCTIC SOUTH project book launch
Oct 26 2022
28 OCTOBER 2022 | 6 pm | AUDITÓRIO LAGOA HENRIQUES
Save the date!
On the 28th of October ARCTIC SOUTH project book will be launched!
The venue will take place at Auditório Lagoa Henriques at 6 pm.
Besides the official FBAUL representation, the KHIO Norwegian partner, the EEA Grants representation in Portugal and the Norwegian ambassador will be attending the ceremony!
Programme:
18h00 – President of the Faculty of Fine Arts of the University of Lisbon, Prof. Dr. Fernando António Batista Pereira
18h20 – Coordinator of the National Management Unit of EEA Grants Portugal, Dr. Susana Ramos
18h30 – Ambassador of Norway in Portugal, Tove Bruvik Westberg
18h40 – Dr. Helena Elias (FBAUL) & Dr. Merete Røstad (KHiO), Presentation of the ARCTIC SOUTH project and book
19h00 – Closing cocktail of the project
ARcTic South – Project Leader
corpus hermeticum de luz — exposição de mário vitória
Oct 25 202227 SETEMBRO > 31 OUTUBRO 2022 I REITORIA DA UNIVERSIDADE DE LISBOA
Inaugura no dia 27 de setembro, às 18h00, na Reitoria da Universidade de Lisboa, a exposição Corpus Hermeticum de Luz de Mário Vitória, no âmbito das comemorações dos 10 Anos da Universidade de Lisboa. Esta exposição na Reitoria ficará patente até 31 de outubro de 2022.
A exposição Corpus Hermeticum de Luz irá decorrer até maio de 2023, em outros espaços, nomeadamente o IGOT, a FBAUL (com inauguração marcada para 4 de novembro de 2022), a Sociedade Nacional de Belas Artes, a Casa-Museu Teixeira Lopes, a Câmara Municipal de Arganil.
A exposição conta com pinturas, desenhos e esculturas de grande escala e obra gráfica do autor. Provenientes do acervo do artista, como a obra “Apocalipse”, e outras esculturas e pinturas de coleções privadas e obras recentes.
Os diversos espaços em que decorre esta exposição permite ao público experimentar a mesma como que um roteiro simbólico, refletindo sobre a identidade dos espaços de acolhimento e os propósitos da exposição.
A Reitoria da Universidade de Lisboa será o primeiro espaço de Exposição, a inaugurar a 27 setembro de 2022, com a obra “Apocalipse” e painéis cenográficos de grande escala que foram elaborados para as sessões das “Quintas de Leitura” do Teatro Campo Alegre do Porto. Para este espaço fazem-se mostrar esboços e maquetas preliminares que contextualizam as aspirações e os passos rumo às obras finais.
As Galerias da Sociedade Nacional de Belas Artes acolhem pinturas de escala e desenhos recentes. No IGOT expõem-se as obras que constituem a raiz de toda a exposição, dado o fundo simbólico e epistemológico que se fez da geografia e da geologia. Na FBAUL recorremos a obras de coleções particulares e obras recentes em plena execução de momento. Capela, galeria e cisterna são os pontos de exposição, num pólo que reafirma a Arte como salto de expansão e resistência das civilizações. O Museu Teixeira Lopes e Galerias Diogo Macedo acolherão a peça primordial da exposição Apocalipse e o rapto da Europa, junto de uma seleção de trabalhos recentes. Na Cerâmica Arganilense reúnem-se as obras emblemáticas, que foram expostos nos espaços anteriores. Em Arganil, fecha-se um ciclo do trabalho artístico em torno do Corpus Hermeticum, um regressar às raízes. Sendo a Serra do Açor o espaço vivo e simbólico de onde partiu o Autor.
“Trata-se de uma exposição de dimensão filosófica e espiritual, centrada na Natureza e na Condição Humana. Nasce em pleno contexto de pandemia e Guerra. Tece diálogos sobre questões pós-pandémicas e condição humana perante os estilhaços da guerra, nomeadamente as suas implicações e superações. As exposições “Animismo urgente de Futuro” e “Ouvir o musgo a crescer” são os satélites germinais de onde partiram os primeiros objetivos para a presente exposição. Objetivos esses que mostram caminhos filosóficos, alternativas inclusivas de formas diversas da dignidade humana, nomeadamente valências das “ecologias de futuro” tendo a Natureza, a Espiritualidade e a Ciência como pano de fundo.”
Mário Vitória
Ciclo de Inaugurações
27 de Setembro | 18h00
(Grande abertura e Lançamento do Livro das Exposições)
Reitoria da Universidade de Lisboa, até 31 de Outubro de 2022
Alameda da Universidade, 1649-004 Lisboa
28 de Setembro 2022 | 17h00
Instituto de Geografia e Ordenamento do Território – IGOT da Universidade de Lisboa, até 11 de Novembro de 2022
R. Branca Edmée Marques, 1600-276 Lisboa
4 de Novembro 2022 | 18h00
Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, até 30 de Novembro de 2022
Largo da Academia Nacional de Belas Artes 4, 1249-058 Lisboa
10 de Novembro 2022 | 18h00
Sociedade Nacional de Belas Artes, até 10 de Dezembro de 2022
R. Barata Salgueiro 36, 1250-044 Lisboa
12 de Novembro 2022 | 16h00
Casa-Museu Teixeira Lopes / Galerias Diogo de Macedo, até 31 de Janeiro de 2023
R. Teixeira Lopes 32, 4430-999 Vila Nova de Gaia
21 de Fevereiro 2023 | 17h30
Câmara Municipal de Arganil, Átrio Guilherme Filipe, até 24 de Abril de 2023
Praça Simões Dias, 3304-954 Arganil
21 de Fevereiro 2023 | 21h00
Cerâmica Arganilense, até 21 de Março de 2023
Rua Cidade do Rio de Janeiro, Bairro Sobreiral, 3300-145 Arganil
dia das belas-artes 2022
Oct 10 202225 OUTUBRO > 10H00 I FACULDADE DE BELAS-ARTES
Dia 25 de outubro de 2022, Dia das Belas-Artes.
Nesta data a Faculdade das Belas-Artes comemora os 186 anos da sua fundação, com a seguinte programação:
10h00 — receção dos convidados (atuação da TUBA no Largo das Belas-Artes)
10h15 — visita às diferentes exposições no espaços da Faculdade de Belas-Artes
_Sansão e Dalila de Santa Rita — apresentação da obra já restaurada e registo fotográfico e em vídeo com as várias fases do restauro da obra. A obra foi restaurada com o patrocínio da Câmara Municipal de Lisboa.
_Au Soir – sentidos à prova na pintura de Artur Alves Cardoso
11h15 — auditório Lagoa Henriques
_Cerimónia de entrega de duas bolsas FBAUL’OUS, com a presença do Presidente da Faculdade de Belas-Artes, Professor Doutor Fernando António Baptista Pereira
_Apresentação e lançamento do livro Prémios 2011-2021
_Apresentação do trailer Conversas com Professores das Belas-Artes
17h00 — auditório Lagoa Henrique
Apresentação e lançamento do livro Soirée chez-lui — New perspectives on Columbano’s Painting, uma co-edição da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa e do Museu Nacional de Arte Contemporânea, com a coordenação do Professor José Quaresma (FBAUL) e da Doutora Emília Ferreira (MNAC).
as imagens porvir e a incredulidade
Jul 31 2022
Comunica-se a edição pela FBAUL de um livro em formato digital, em “open access”, sobre a questão da “Imagem”:
As imagens ‘por vir’ e a incredulidade. Imagens para a dúvida, dúvidas sobre a imagem.
Link do repositório da UL para download gratuito do livro: http://hdl.handle.net/10451/53731
Este livro integra-se numa linha de investigação sobre a questão da imagem coordenada pelo docente José Quaresma, a saber, Imagens: entre a emanação subtil e a força devastadora. Transgressão e outras mediações plásticas, consistindo, de acordo com o coordenador da obra: “em quatro textos que dão testemunho de abordagens artísticas e filosóficas no âmbito da imagem, com os problemas partilhados da ‘crença’, da ‘transgressão’, da ‘dúvida’, da ‘intermedialidade’ e do ‘por vir’ a atravessá-los e a convidar-nos a pensar esse poder medusante da imagem que ‘troca as voltas’ a qualquer correspondência semântica realizada em circuito tendencialmente fechado. Um ‘poder’ que ressupina o mundo dos arquétipos desvirtuando artisticamente a sua natureza supra-sensível, que é capaz de impor transgressão às cadeias de reenvio que se estabelecem entre as formas, as materialidades, os signos, e os sentidos previamente visados.”
SÉCULO DE OURO: Da República Florentina ao Pós-readymade (O Manual) – Carlos Vidal
Jun 23 2022Editado o 1º volume da Coleção Lições de Arte & Design
da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa
SÉCULO DE OURO: Da República Florentina ao Pós-readymade
(O Manual)
de Carlos Vidal
“Poderia começar por afirmar que este livro faz interagir duas Histórias, na medida em que evoluem ora em ligação, ora em suspeição, uma vez que uma dessas histórias se desenvolve ou desenrola em linha descendente: faço uma História do sentido da visão simultaneamente à História da pintura, uma vez que nesta ligação (que parece «natural») há um polo, o da pintura (e de todas as artes visuais, do teatro, da música, da sociedade, enfim…) que vai progredindo no sentido de superar o primado da visão, ou ocularcentrismo — na determinação da vida e do conhecimento: ocular, desde o Renascimento (ou modernidade). O tema é inicialmente cartesiano (de certo modo reforçado pelo Iluminismo), desvalorizado desde o século XIX (o romantismo e a sua arte, a música, são entidades noturnas), desvalorização consumada no século XX. O livro denomina-se Século de Ouro na medida em que são nessas épocas áureas («grandi stagione», como escreve Claudio Strinati) que melhor se sentem ou averiguam estas oscilações. Precisamente desde a idade de ouro florentina ao readymade, que marcará todo o século XX (e a atualidade). Os temas serão: Florença, Roma, idade de ouro holandesa, Siglo de Oro, Iluminismo, a ideia de «arte total» (que pode ser uma referência a Wagner, mas também a Ilya Kabakov), a fobia ocular de Sartre. No centro, a figura isolada de Caravagggio, com ou sem «caravaggismo». Este isolamento anuncia algo sem consequências, pois este livro pretende retirar o movimento das artes de toda e qualquer linearidade. Pois cada momento é um momento inédito”.
Carlos Vidal
O livro não está para venda mas pode ser consultado na Biblioteca das Belas-Artes.
Em data a anunciar, será colocado em acesso aberto.
Artistic Research, Curatorial Activity and Creative Practice
May 01 202225 MAIO 2022 I VIA ZOOM
Comunica-se o lançamento da RIACT nº4, no dia 25 de maio, edição dedicada à Investigação Artística, Curadoria e Criação. Na mesma tarde realiza-se um Ciclo Internacional de Conferências designado: Artistic Research, Curatorial Activity and Creative Practice, com a participação de Emília Ferreira (Historiadora de Arte, Curadora, Directora do MNAC, Lisboa), Sabeth Buchmann (Crítica e Historiadora de Arte da Escola de Belas Artes de Viena de Áustria), Sandra Vieira Jürgens (Curadora e Historiadora de Arte do Instituto de História de Arte, IHA, NOVA FCSH, Lisboa), Cristina Azevedo Tavares (Curadora, Crítica e Historiadora de Arte, FBAUL), Gerd Elise Moerland (Curadora do Munchmuseet, Oslo), entre outros.
A participação nas Conferências (via ZOOM) é gratuita, contudo, requer inscrição prévia no site da FBAUL, podendo ser solicitado certificado de participação.
INSCRIÇÕES ENCERRADAS
Inauguração do projecto Chiado/Paris em florença, itália
Apr 27 202208 > 30 abril 2022 I sala ghiberti, accademia di belle arti di firenze, italia
Inaugura no dia 8 de abril de 2022, na Sala Ghiberti da Accademia di Belle Arti di Firenza, itália, a quinta exposição do projecto artístico ‘Un Ballo in Maschera’ pelo Chiado, Carmo e Paris. Com a coordenação de José Quaresma, docente da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, a iniciativa vem materializar, uma vez mais, a matriz pedagógica, artística, social e europeia do projecto do Chiado Carmo Paris, como sucede desde 2009. As suas linhas fundamentais são estas:
(1) por intermédio de várias exposições em diversos países, assim como conferências internacionais e publicação de livro e catálogo, desenvolve-se anualmente uma relação artística e intersubjectiva entre estudantes e docentes da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa e estudantes e docentes de outras instituições do ensino artístico superior na Europa. O projecto Chiado / Paris 2011, que se prolongou até 2022, estão em “confronto” a FBAUL, a Academia de Belas Artes de Florença, e a Escola Superior de Belas Artes de Lodz, na Polónia.
(2) A criação de uma densa rede institucional, na qual cooperam instituições portuguesas e europeias relacionadas com as artes visuais, a arte pública, a literatura, as artes e a arqueologia, mas também as artes performativas.
(3) A valorização crescente e diversificada do contacto entre lugares e pessoas dedicadas à produção artística com os meios sociais e culturais nos quais se encontram enraizados.
Museu Arqueológico do Carmo, Lisboa – 14/05 > 18/06/2021
Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo, Évora – 02 > 27/07/2021
Casa de Portugal André Gouveia, Paris – 17/10 > 12/11/2021
Aula Gallery, The Strzeminski Academy of Fine Arts, Lodz – 01 > 30/12/2021
Sala Ghiberti, Accademia di Belle Arti di Firenze – 06 > 30/04/2022
à superfície — aldeia mineira do lousal — catálogo
Feb 16 2022Sorry, this content is only available in Portuguese.
Grupo Acre 74-77. Arte e dinâmicas coletivas em Portugal (mesa-redonda e lançamento do livro de Isabel Sabino)
Feb 02 202210 FEVEREIRO 2022 > 15H00 I AUDITÓRIO LAGOA HENRIQUES (PRESENCIAL) E VIA ZOOM
Realiza-se no dia 10 de fevereiro, pelas 15h00, uma mesa-redonda e o lançamento do livro GRUPO ACRE FEZ 1974-77. Arte e dinâmicas coletivas em Portugal de Isabel Sabino.
Formato misto, por videoconferência e presencial, no auditório Lagoa Henriques da FBAUL (sala sujeita a limitação de lugares) e em zoom:
Programa e participantes
Abertura:
Presidente da FBAUL Fernando António Baptista Pereira, Presidente do Cieba Ilídio Salteiro e Isabel Sabino;
- O Grupo Acre e os anos 70 – presencial
Isabel Sabino e Sílvia Chicó com membros de coletivos dos anos 70: Lima Carvalho (Grupo Acre), Jaime Silva (Grupo Puzzle) e Guilherme Parente (Grupo 5+1);
- Experiências coletivas mais recentes – videoconferência
Isabel Sabino e João Seguro com Fernando José Pereira (Virose), Carla Cruz (ZOiNA, Associação Caldeira) e a dupla Sara & André.
Imagine-se uma manhã de final do Outono em 1974, numa estrada secundária que nos afasta da cidade. São escassas as vias rápidas, o trânsito é pouco abundante e os automóveis têm todas as cores.
Num certo momento, na paisagem desenha-se um olival. O sol, ainda muito baixo, é coado pela neblina e a luz espalha-se, turvamente homogénea, pela encosta. A geada assente nas folhas e entranhada nas cavidades do terreno tarda em derreter. Faz frio.
Sons abafados de passos, vozes em interjeições soltas e raras palavras percetíveis apenas fazem adivinhar gestos e rostos, a respiração que desenha nuvens, algumas luvas incompletas nos dedos de pontas geladas. Escuta-se ainda o roçagar dos objetos usados no trabalho, o ruído arrastado de vegetação sacudida por pancadas secas de varapaus e a catadupa dos pequenos baques de tons secos e surdos. Minúsculos volumes escuros estão tombados sobre fundos amarelo ouro: azeitonas e folhas sobre o plástico estendido na terra. Um cesto além vai ficando cheio.
Alguém diz algo como “já chega por agora, vamos apanhar, está a levantar-se vento”.
Na distância, por entre a névoa a levantar na sucessão de planos de verdes diversos, há mais oliveiras rodeadas de pedaços de chão amarelo. De facto, aquelas manchas coloridas em redor das árvores — parentes possíveis de obras de Christo e Jeanne-Claude — são parte do que sobra fisicamente da longa faixa suspensa por horas no alto da Torre dos Clérigos do Porto, agitada pelo vento como um traço ondeante no vazio e ameaçando desprender-se. Nem o antigo sacristão da respetiva igreja, ali na apanha da azeitona com família e amigos, sabe que esse vento caprichoso chegou a ser hipótese de nome para aquele grupo de artistas, os que lhe deram os restos do inusitado evento: relíquia banal de um estranho gesto na cidade, é agora apenas plástico amarelo cortado aos pedaços, prosaicamente bem útil naquele olival.
Não obstante, um amarelo assim, onde a luz se cola, lembra o próprio sol que tenta brilhar entre as árvores, ou mesmo um automóvel desportivo de então, quando a televisão ainda emite a preto e branco e a cor vibra intensa na vida, na arte e nos sonhos.
Isabel Sabino
revista dobra — 8 — Palavra-problema: Fragilidade
Jan 09 2022Já está disponível online o número da Revista Dobra orientado pela palavra-problema ‘fragilidade’.
No entanto, dado o elevado número de contribuições de qualidade, esta Dobra desdobra-se em dois conjuntos: o número 8, agora disponibilizado, e o número 9, que ficará online em Janeiro de 2022.
capital
Dec 07 2021
04 NOVEMBRO > 17 DEZEMBRO I BIBLIOTECA DA NOVA SCHOOL OF SCIENCE AND TECHNOLOGY
Inaugura no dia 4 de Novembro, às 17h00, na Biblioteca da NOVA School of Science and Technology a exposição coletiva CAPITAL.
A exposição ficará patente até 17 de Dezembro.
horário schedule
2ª a 6ª › 09h–17h
monday to friday› 9am to 5pm
No mesmo dia, 4 de Novembro realiza-se a apresentação e o lançamento do livro com o mesmo título CAPITAL.
O livro CAPITAL está disponível AQUI .
Informamos que este evento é passível de ser registado e posteriormente divulgado nos meios de comunicação da instituição através de fotografia e vídeo.
O Capital, corresponde a projeto de investigação iniciado em 2016 sob a designação de Dinheiro, com uma primeira exposição no ISEG, Instituto Superior de Economia e Gestão, na qual participaram dez artistas.
Posteriormente foi para Múrcia, Espanha, onde se realizaram cinco exposições com a participação de mais vinte artistas, tendo sido apresentada em diversos espaços expositivos: Universidad Popular de Mazarrón, Museo de Archena, Museo Universidad de Murcia, Universidad Politecnica de Cartagena.
Agora, em 2021, na sala de exposições da Biblioteca da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, em Almada, reúnem-se obras de vinte e cinco artistas numa exposição sucessivamente adiada desde fevereiro de 2020 pelos motivos universalmente conhecidos (SARS-CoV-2) com um título que apela a uma conclusão, o Capital.
O Dinheiro foi o objeto de investigação numa altura em que se procurava uma palavra fortemente substantiva que fosse capaz de aglutinar a estrutura social mundial. Encontrou-se assim esta palavra-chave que como tal foi partilhada de imediato entre uma dezena de investigadores / artistas que desenvolveram obra conotada com essa entidade abstrata que modela em nós conceitos primários de riqueza, de pobreza e de valor.
Em 2016, no ISEG, em Lisboa, participaram Antonio García López, Cristóvão Valente Pereira, João Castro Silva, João Jacinto, Jorge dos Reis, Manuel Gantes, Omar Khouri, Rodrigo Baeta, João Paulo Queiroz e Ilídio Salteiro. Em 2018, em Múrcia e Valencia, juntaram-se a este projeto Álvaro Alonso Sánchez, Carmen Grau, Concha Martinez Montalvo, Dora-Iva Rita, Domingos Loureiro, Francisca Núñes Donate, Francisco J. Guillén, Juan José Águeda, José Mayor Iborra, Luiz Izquierdo, Luís Herberto, Mariano Maestro, Olga Rodríguez Pomares, Pedro Alonso Ureña, Torregar, Salvador Conesa, Virtoc, Victoria Santiago Godos. E agora em 2020, em Lisboa, contamos com a participação de Hugo Ferrão e Ricard Huerta.
O objetivo tem sido apenas dar respostas formais e estéticas a uma questão que comanda a humanidade no seu todo. Uma humanidade que encontra no dinheiro o fator da sua ordenação social e na arte o modo de demonstrar e exercer poder. Não se procuram definições, nem invenções alternativas ou novas metodologias de relacionamentos político-sociais. Esta responsabilidade será para economistas e financeiros.
A nós, enquanto utilizadores do dinheiro e produtores de valores artísticos e, consequentemente, culturais, permitem-nos que formulemos pensamento acerca da Vida no seu todo ou acerca de uma particularidade desta, como é o caso do dinheiro, entidade divina e abstrata que comanda a humanidade. Ele simplifica muito as trocas de produtos atribuindo-lhes um valor e incentivando a acumulação. Mas enquanto o dinheiro corresponde a uma quantidade acumulável, o valor corresponde a uma qualidade relativa. E a não-coincidência entre valor decorrente da quantidade e o valor decorrente da qualidade tem acarretado conflitos, guerras e outras assimetrias imensas.
Neste contexto consideramos que a arte não pode ficar restrita a fazer-se em função de si própria, como que acantonada no desígnio oitocentista da “arte pela arte”, e por isso prisioneira de muitos formalismos estéticos possíveis. Consideramos que a arte deve libertar-se de ser um objeto estético de poder e estar e participar na construção do tempo presente, ou seja, estar atenta e em sintonia com o mundo.
Estamos na presença de um novo título, Capital, que não sendo a palavra-chave que despoletou tudo, essa palavra foi dinheiro, será, no entanto, a palavra conclusiva deste projeto, a causa e o modo de funcionamento das relações económicas, onde a arte desempenha frequentemente o papel profano de “moeda de troca” em leilões, hipotecas, testemunhos, dádivas ou oferendas.
As causas primordiais e fundadoras deste projeto correspondem ao facto de se considerar que o trabalho do artista é uma consequência de investigação (estudo, pesquisa, persistência, experimentação) e que o artista é o investigador do mundo que caminha no sentido da descoberta da relação entre a Vida e Natureza.
Todos foram convidados a participar neste projeto com um trabalho de investigação sobre a palavra-chave colocada em debate e a expor a produção artística relativa a esse estudo e pesquisa.
A palavra dinheiro foi apenas uma chave que foi capaz de abrir ou de desencadear pensamento formalizado em obras — realizadas, apresentadas e expostas — que correspondem a respostas concretas às perguntas que ela suscitou. Estamos numa sociedade dominada pelo dinheiro, e associado a ele a riqueza, o poder, o valor, o domínio de uns sobre os outros num momento em que todos temos a consciência de que devemos ter direitos e deveres iguais. Os textos e as obras plásticas resultantes são extremamente elucidativas dos múltiplos modos como cada um vê o seu mundo.
Este novo título, CAPITAL, acaba por ser uma espécie de conclusão deste projeto que envolve no total cerca de vinte artistas a pensarem em sintonia no mesmo tempo, mas em espaços diferentes, sobre essa ideia, sem mais nada a não ser as circunstâncias dos conflitos, das crises, dos paradigmas, dos comportamentos que nos têm envolvido e onde o dinheiro se constitui como protagonista principal.
Ilídio Salteiro
Lisboa, 2021
UMBIGO 18 anos, 18 projetos (38 artistas)
Dec 01 202116 DEZEMBRO > 18H30 I GRANDE AUDITÓRIO FBAUL
A Umbigo vai apresentar a caixa comemorativa do seu décimo oitavo aniversário: “Umbigo, 18 anos,18 projetos, 38 artistas”.
Uma edição limitada de 80 exemplares, numerados e assinados, que reúne 18 projetos artísticos realizados em dupla por 38 artistas, em fotografia, serigrafia e gravura, numa co-produção com a FBAUL e a ArtWorks.
Será também apresentada a Umbigo #79 que conta com um projeto artístico de Sara Chang Yan e com a exposição Contacto. O corpo outra vez, assinada pela curadora Sara Antónia Matos.
Daremos ainda a conhecer a tote bag que Mariana Gomes desenhou para a Umbigo.
revista Arte e Cultura Visual — lançamento do nº 2
Dec 01 2021
17 DEZEMBRO > 17H00 I AUDITÓRIO LAGOA HENRIQUES
ARTE E CULTURA VISUAL é uma revista do Centro de Investigação e de Estudos em Belas-Artes (CIEBA), com a periodicidade de um número anual, a sair no final de cada ano.
O âmbito a que se dedica é as artes plásticas e a cultura visual, procurando um discurso reflexivo, diverso, actual, problematizante e orgânico, que permita conferir enfoque aos dispositivos da arte e das imagens artísticas na sua ontologia e nos seus contextos.
Cada número é dedicado a um tema. Este segundo número é dedicado ao CENTENÁRIO DE ERNESTO DE SOUSA (1921-1988).
Direcção editorial: Isabel Nogueira
Colaboradores deste número:
Ana Isabel Soares; David Santos; Fernando Rosa Dias; Isabel Nogueira; Liliana Coutinho; Paula Pinto; Raquel Schefer.
comemorações do dia das belas-artes de lisboa
Oct 25 202125 OUTUBRO > 15H00
Informamos que este evento é passível de ser registado e posteriormente divulgado nos meios de comunicação da instituição através de fotografia e vídeo.
A Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa (FBAUL), a maior e a mais antiga escola de artes e design portuguesa, celebra, no próximo dia 25 de outubro, o Dia das Belas-Artes.
Neste dia, a partir das 15h00, a Faculdade de Belas-Artes comemora os 185 anos da sua fundação, com a seguinte programação:
15h00 — Receção no pátio da Cisterna com a atuação da TUNA da FBAUL e visita às diferentes exposições nos espaços da Faculdade de Belas-Artes
_“O SOPRO E O ORVALHO” de Anabela Mota — Cisterna
_“VEROUVIROVESTIR: o revestimento performático da poesia experimental de Fernando Aguiar” de Germana Cavalcante — Capela
_“À superfície” mostra de obras resultantes do projeto “Minas do Lousal” com a coordenação da Profª Cristina Branco e do Prof. Sérgio Vicente
_“Réstias de Nós” de HAC
_“CONSERVAÇAO E RESTAURO: resultados da aprendizagem” com a coordenação da Profª Ana Bailão e da Profª Marta Frade — Galeria
_Homenagem a Rocha de Sousa - Biblioteca
16h45 — Conversa “O passado, o presente e o futuro de uma convivência institucional no Convento de S. Francisco” — Grande Auditório
Painel:
Vice-Reitor da Universidade de Lisboa, Professor Doutor Luís Castro
Presidente da FBAUL, Professor Doutor Fernando António Baptista Pereira
Presidente da ANBA, Doutora Natália Correia Guedes faz-se representar pelo Presidente da FBAUL
Diretora do MNAC, Doutora Emília Ferreira
Diretor da PSP, Superintendente Magina da Silva
Presidente FAUL, Professor Doutor Carlos Dias Coelho
17h15 — Apresentação e lançamento do livro “ ‘O Futuro’ é o ‘Presente’ sem ‘Tempo’?” da autoria de Charters de Almeida, com a presença do autor.
Painel:
Vice-Reitor da Universidade de Lisboa, Professor Doutor Luís Castro
Presidente da FBAUL, Professor Doutor Fernando António Baptista Pereira
Presidente do CIEBA, Professor Doutor Ilídio Salteiro
Professor Doutor Eduardo Duarte que fará a apresentação do livro
o sopro e o orvalho
Oct 25 202114 > 29 OUTUBRO I CISTERNA DA FACULDADE DE BELAS-ARTES
Inaugura no dia 14 de Outubro, às 17h30, na Cisterna do Convento de São Francisco (Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa) a exposição o sopro e o orvalho. Nesta exposição Anabela Mota revisita duas instalações — clepsydra (2021) e transbordar (2020).
horário schedule
3ª e 4ª › 15h–19h
tuesday and wednesday› 3pm to 7pm
outros horários por marcação para o número: 916067780
Informamos que este evento é passível de ser registado e posteriormente divulgado nos meios de comunicação da instituição através de fotografia e vídeo.
Sonhar o orvalho como germe e semente é participar do fundo do ser no devir do mundo.
Gaston Bachelard
Uma substância vaporosa suspende-se na humidade do ar e precipita-se sobre a terra como principal alimento das sementes. O orvalho, diz-nos Bachelard (1948, 259), “corresponde à panspermia da atmosfera”, à forma formante mais subtil da condensação dos vapores. A chuva, interligada com o “fermento de orvalho” (ibidem), prepara os caminhos da fecundação.
O movimento térmico encaminha-se num sentido entrópico, precipita-se na forma de gotas e em contacto com superfícies frias, mas a recolha da água impregna a vida de vida e indicia um acontecimento extraordinário que se traduz em matéria-energia emergente.
Talvez, por isso, a Cisterna se expresse como um repositório de água orvalhada que entre a terra e as pedras se insurge como símbolo da imaginação material. Contudo, como reflectir, hoje em dia, sobre um espaço cujo vínculo simbólico se manifesta como uma presença ausência? A Cisterna vazia remete-nos para o sentido solastálgico da saudade do lugar que habitamos.
Margarida Alves
O percurso de Anabela Mota iniciou-se em 1982 na Escola António Arroio e em 1985 na ESBAL. Dedica-se desde 1997 às artes plásticas, organizando workshops para crianças e adultos. Colabora desde 2005 com a Pediatria do IPO na área das Artes Plásticas, para além de outras iniciativas. Colabora na área dos cuidados paliativos com a AMARA, tendo apresentado uma comunicação ‘A arte no hospital-Os mistérios da Arte da Vida no IPO de Lisboa’ no ‘V Congresso internacional Espaço T’, no Porto. Em 2007 funda ‘A Casa da Quinta’ em Linda-a-Velha, um espaço comunitário artístico. Conclui a Licenciatura e Mestrado em Pintura na FBAUL. Dá aulas de Pintura no Atelier )ABERTO( em Lisboa.
Expõe regularmente, também em exercícios de curadoria. Interessa-lhe abordar a importância e consciência do olhar enquanto meio para aceder a múltiplas realidades e a uma certa qualidade do tempo. Questiona a fragilidade e o mistério presentes na realidade das coisas concretas, a diferença entre um certo olhar habituado a ver e o olhar habitado pela consciência — movimento interior que tem o dom de impressionar a realidade.