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revista “convocarte” nº 14/15: arte e mobilidade: eppur si muove! / ART AND MOBILITY: Epur si muove! / ART ET MOBILITÉ: Epur si muove! — chamada de trabalhos
Jul 01 2022CANDIDATURAS DATA LIMITE 31 JULHO 2022
Candidaturas: convocarte.belasartes@gmail.com | INFO
Data limite de apresentação das candidaturas de textos: 31 julho 2022.
Arte e Mobilidade: Eppur si muove! [PT]
Eppur si muove ou E pur si muove, normalmente traduzido como «mas movimenta-se» ou «no entanto ela move-se», é uma frase que se atribui a Galileu Galilei. Polemicamente, e segundo a tradição, ela terá sido afirmada logo após Galileu renegar a visão heliocêntrica da Terra perante o tribunal da Inquisição.
Além da retórica da expressão, que faz um tropos ao que se acabara de renegar, invertendo o seu sentido, ela tem esse cunho de nos dizer que a estaticidade é um limiar impossível ao ser humano, porque estamos sempre em movimento. Também, e para além da ironia actual da expressão, na saída de uma situação global de confinamento, que nos obrigou à imobilidade, a expressão surge com uma força cultural de resistência, de recusa da imobilidade nos seus impedimentos e restrições aos corpos e aos objetos, para assim nos lembrar a força de resiliência da fala, da acção ou da coragem.
Se este apelo à mobilidade tem esta tradição de coragem deontológica na história da ciência, servindo de exemplo a manutenção de princípios apesar de violentas pressões externas em sentido contrário, facilmente lhe encontramos toda uma espessura cultural nas artes. A mobilidade pode assumir um primeiro grande plano da deslocação do artista, busca por novas influências e formações que ampliem os horizontes da sua capacidade de produzir Arte.
A aceleração da dinâmica e tensão dos ismos, que marcam a arte ocidental desde a entrada na era industrial, não prescinde da relação com outras possibilidades de deslocação, mais rápida e de constante aceleração. Tal permite pensar que a relação entre os movimentos da história e os da deslocação do espaço geográfico estão relacionados. A mobilidade implica a conjugação do espaço e do tempo, mas também mobiliza rupturas.
Mas, não se trata de fenômeno novo. Muito antes da revolução industrial e das facilidades da aldeia global, conectada no instante da velocidade da luz da Internet, sempre houve viagem na Arte, permitindo a troca e partilha de objectos artísticos, como das suas técnicas e estilos. A história da arte é um vasto mapa de viagens de contatos artísticos, de deslocações de artistas e obras, que transportam consigo uma partilha de influências. Impossível, assim, separar o movimento de artistas e obras que se tem dado ao longo do tempo, pois tudo isso se liga aos próprios movimentos da história da arte.
Mas, se a ênfase à mobilidade não se dá como fenômeno novo, o momento contemporâneo amplia a dimensão e velocidade das mobilidades já presentes nas culturas Paleolíticas, Mesolíticas ou Neolíticas, ou nos nomadismos dos povos primevos das Américas, África e Oceania. Há múltiplas possibilidades de abordar o problema das culturas itinerantes nos dias que correm, cuja lógica artística e cultural assenta na disponibilidade constante ao móbile.
Agente crucial na questão da mobilidade nas artes é o próprio artista. O artista em viagem amplia a sua experiência e conhecimento. O viajar, como prolongamento da sua formação, é decisivo sobretudo a partir da Era Moderna e com o espírito do artista culto do Renascimento. A deslocação pode servir para uma formação e crescimento de si, como pode trazer consigo rupturas, ser exílio, voluntário ou involuntário, político ou artístico, dimensões que têm marcado a história das civilizações.
A deslocação pode dar-se por razões de um projecto artístico, como o caso do ar livrismo, que determinou uma das questões mais relevantes da história da pintura do século XIX, culminando num dos movimentos artísticos mais míticos da arte moderna, o Impressionismo, sobretudo com o ar livrismo total de Monet. Ou, mais recentemente, as derivas dos situacionaistas ou as caminhadas de Richard Long no âmbito da Land Art ou, enquanto acção artística, a famosa deslocação de uma montanha de Francis Alÿs, obra com Cuauhtémoc Medina e Rafael Ortega (When Faith Moves Mountains, 2002), entre muitas outras.
Nesse dossiê temático, propomos uma profunda reflexão sobre a viagem nos estudos artísticos das Artes, desde a noção de artista viajante, com seu diário de viagem, o ar livrismo e as residências artísticas, ou seja, da viagem como fundamento ou processo artístico. Também interessam as relações entre as instituições artísticas e a viagem cultural como mercado, enquanto dimensão turística da arte, lançando a discussão entre a necessidade de visita e a criação artística. Tal como há um turismo do artista, mesmo pondo em jogo os estigmas desta palavra enquanto modo de viagem, há um alargado e intenso turismo da e para a Arte, motivando e mobilizando deslocamentos.
Problematizar a mobilidade chama tanto o seu excesso e poluição (por exemplo, a noção de «dromologia» de Paul Virilio), como a ideia de imobilidade, extremos necessários à discussão do que os deslocamentos assinalam no mundo da arte. Além das ditas artes do tempo, como a literatura, a performance, o cinema ou a música, também as artes plásticas, ditas do espaço, se implicam no movimento, com vários artistas a entrarem na mobilidade dos referentes, como Delacroix, Degas, Rodin, os futuristas ou, por outra via, o próprio cubismo, com a sua ideia da deslocação do artista em torno do referente. O movimento torna-se assim um tema ou problema para a representação. Mas também pode ser um problema construtivo da obra, permitindo estender a questão às obras cinéticas, reais e virtuais, do construtivismo russo à Op Art.
A mobilidade encontra-se como questão cultural abrangente, como deslocação dos seus agentes (desde dimensões da produção, a partir do lugar do artista, como da recepção, e em torno do lugar do observador) e toda a partilha cultural daí advinda, como pode ser uma questão da obra, da sua deslocação física, seu tema ou modo de relação com os seus motivos, como ainda da sua construção interna.
Portanto, fica claro a necessidade de uma resposta a esse interesse investigativo e criativo, tanto da comunidade acadêmica quanto artística, que por diferentes perspectivas consubstanciam arte e deslocação, numa relação profícua. Assim, propomos como desafios à reflexão, algumas temáticas:
– A velocidade, viagem e mobilidades nas artes.
– O artista viajante e em deslocação, das peregrinações, às missões artísticas, ao ar livrismo, ou às recentes residências artísticas.
– As residências artísticas como jogo deslocação e possível fixação temporária, desenhando cenários e impactando a [re]criação artística.
– Deslocações por exílio, migrações e outros caminhos pós-coloniais
– Projectos artísticos assentes na ação e na mobilidade, implicando a deslocação.
– A deslocação de colecções e obras, em exposições ou saqueadas historicamente.
– Obras e coleções em deslocações: o artístico tornado evento.
– Percursos artísticos no mundo do eu, enquanto artística, curador, espectador, etc.
– A mobilidade cultural dos processos artísticos, sobretudo no espírito da arte moderna e contemporânea e sob o signo das vanguardas artísticas.
Mas, dentro do princípio Eppur si muove, a proposta abre-se ao acolhimento de outros possíveis desafios. Pode-se ensaiar sobre o contraponto aos impedimentos de mobilidade, aos processos, impositivos ou não, de imobilidade, como o recente caso global da pandemia do Covid 19. Porque: Eppur si muove
SÉCULO DE OURO: Da República Florentina ao Pós-readymade (O Manual) – Carlos Vidal
Jun 23 2022chiado, carmo, paris. “soirée chez lui”. desassossego e apropriação — casa de portugal, paris
Jun 06 202220 MAIO > 15 JUNHO I CASA DE PORTUGAL, PARIS
LISBOA, ÉVORA, PARIS, ŁÓDŹ, FLORENÇA | 2022
Inaugura no dia 20 de maio, pelas 17h00, mais uma exposição relativa ao Chiado, Carmo, Paris. “Soirée chez lui”, desassossego e apropriação, projecto integrado na “Temporada Portugal França 2022”, com ancoragem na Casa de Portugal, em Paris, precisamente onde se realiza esta nova exposição.
No mesmo dia realiza-se o ciclo de conferências coordenado por Jacinto Lageira e José Quaresma, com a participação de vários docentes da FBAUL entre outros especialistas.
O evento é passível de ser registado e divulgado pela Faculdade de Belas-Artes através de fotografia e vídeo
Foi no dia 17 de fevereiro que inauguraram as primeiras três EXPOSIÇÕES relativas ao Chiado, Carmo, Paris. “Soirée chez lui”, desassossego e apropriação, projecto integrado na “Temporada Portugal França 2022” com ancoragem na Casa de Portugal, em Paris.
A primeira inauguração realizou-se às 17h00 no Jardim de Esculturas do MNAC, a segunda às 18h00 na FBAUL, e a terceira às 19h00 no Museu Arqueológico do Carmo.
Trata-se da apresentação pública de obras de dezenas de estudantes, professores e investigadores do ensino artístico superior, no sentido do alargamento das potencialidades plásticas da obra de Columbano, Soirée chez lui, cruzando alguns dos seus referentes plásticos e semânticos com a “efervescência” e o desassossego dos artistas da FBAUL e da Universidade de Évora. Por analogia, atendendo ao âmbito internacional do projecto expositivo, os artistas polacos (Lodz) e italianos (Florença) abordam a intermedialidade entre as artes visuais e as artes performativas a partir de autores das respectivas culturas, nomeadamente a pintura “Chopin’s Polonaise”, de Teofil Kwiatkowski, e a escultura “Ofelia”, de Arturo Martini.
No mesmo dia realizou-se um ciclo de CONFERÊNCIAS no MNAC sobre a pertinência da obra de Columbano, incluindo o lançamento de um livro/catálogo com vários ensaios dedicados à obra do pintor português, assim como ao domínio das artes na esfera pública.
Para informação mais detalhada sobre a vasta programação que se inicia neste dia e que culminará em Florença, no fim de 2022, sugere-se a consulta do site e do Instagram da Faculdade de Belas Artes de Lisboa, do Museu Nacional de Arte Contemporânea, e do Museu Arqueológico do Carmo.
Após a consulta de todos os temas e autores que constam no PROGRAMA, poderão, em função dos vossos interesses, fazer as inscrições nos diversos ciclos de conferências através da plataforma digital da FBAUL.
Evento passível de ser fotografado e filmado para posterior divulgação.
INSCRIÇÃO NOS CICLOS DE CONFERÊNCIAS
A inscrição é obrigatória em cada uma das conferências.
Museu Nacional de Arte Contemporânea (17 de fevereiro de 2022) /INSCRIÇÕES ENCERRADAS
Grémio Literário (16 de Março de 2022) / INSCRIÇÕES ENCERRADAS
Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo, Évora (03 de Maio de 2022) INSCRIÇÕES ENCERRADAS
Casa de Portugal, Paris, França (20 de Maio de 2022) FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO
Informa-se que, devido à situação atual de pandemia e a novas medidas de controle, os ciclos de conferências poderão ser realizados através da plataforma zoom.
Artistic Research, Curatorial Activity and Creative Practice
Mai 01 202225 MAIO 2022 > 14H00 I VIA ZOOM
Comunica-se o lançamento da RIACT nº4, no dia 25 de maio, edição dedicada à Investigação Artística, Curadoria e Criação. Na mesma tarde realiza-se um Ciclo Internacional de Conferências designado: Artistic Research, Curatorial Activity and Creative Practice, com a participação de Emília Ferreira (Historiadora de Arte, Curadora, Directora do MNAC, Lisboa), Sabeth Buchmann (Crítica e Historiadora de Arte da Escola de Belas Artes de Viena de Áustria), Sandra Vieira Jürgens (Curadora e Historiadora de Arte do Instituto de História de Arte, IHA, NOVA FCSH, Lisboa), Cristina Azevedo Tavares (Curadora, Crítica e Historiadora de Arte, FBAUL), Gerd Elise Moerland (Curadora do Munchmuseet, Oslo), entre outros.
A participação nas Conferências (via ZOOM) é gratuita, contudo, requer inscrição prévia no site da FBAUL, podendo ser solicitado certificado de participação.
INSCRIÇÕES ENCERRADAS
Inauguração do projecto Chiado/Paris em florença, itália
Abr 27 202208 > 30 abril 2022 I sala ghiberti, accademia di belle arti di firenze, italia
https://www.accademia.firenze.it/it/component/k2/342-eventi/mostra-chiado-carmo-e-paris
Inaugura no dia 8 de abril de 2022, na Sala Ghiberti da Accademia di Belle Arti di Firenza, itália, a quinta exposição do projecto artístico ‘Un Ballo in Maschera’ pelo Chiado, Carmo e Paris. Com a coordenação de José Quaresma, docente da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, a iniciativa vem materializar, uma vez mais, a matriz pedagógica, artística, social e europeia do projecto do Chiado Carmo Paris, como sucede desde 2009. As suas linhas fundamentais são estas:
(1) por intermédio de várias exposições em diversos países, assim como conferências internacionais e publicação de livro e catálogo, desenvolve-se anualmente uma relação artística e intersubjectiva entre estudantes e docentes da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa e estudantes e docentes de outras instituições do ensino artístico superior na Europa. O projecto Chiado / Paris 2011, que se prolongou até 2022, estão em “confronto” a FBAUL, a Academia de Belas Artes de Florença, e a Escola Superior de Belas Artes de Lodz, na Polónia.
(2) A criação de uma densa rede institucional, na qual cooperam instituições portuguesas e europeias relacionadas com as artes visuais, a arte pública, a literatura, as artes e a arqueologia, mas também as artes performativas.
(3) A valorização crescente e diversificada do contacto entre lugares e pessoas dedicadas à produção artística com os meios sociais e culturais nos quais se encontram enraizados.
Museu Arqueológico do Carmo, Lisboa – 14/05 > 18/06/2021
Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo, Évora – 02 > 27/07/2021
Casa de Portugal André Gouveia, Paris – 17/10 > 12/11/2021
Aula Gallery, The Strzeminski Academy of Fine Arts, Lodz – 01 > 30/12/2021
Sala Ghiberti, Accademia di Belle Arti di Firenze – 06 > 30/04/2022
à superfície — aldeia mineira do lousal — catálogo
Fev 16 202204.12.2021—29.01.2022 | MUSEU MINEIRO — CENTRO CIÊNCIA VIVA DO LOUSAL
Grupo Acre 74-77. Arte e dinâmicas coletivas em Portugal (mesa-redonda e lançamento do livro de Isabel Sabino)
Fev 02 202210 FEVEREIRO 2022 > 15H00 I AUDITÓRIO LAGOA HENRIQUES (PRESENCIAL) E VIA ZOOM
Realiza-se no dia 10 de fevereiro, pelas 15h00, uma mesa-redonda e o lançamento do livro GRUPO ACRE FEZ 1974-77. Arte e dinâmicas coletivas em Portugal de Isabel Sabino.
Formato misto, por videoconferência e presencial, no auditório Lagoa Henriques da FBAUL (sala sujeita a limitação de lugares) e em zoom:
Programa e participantes
Abertura:
Presidente da FBAUL Fernando António Baptista Pereira, Presidente do Cieba Ilídio Salteiro e Isabel Sabino;
- O Grupo Acre e os anos 70 – presencial
Isabel Sabino e Sílvia Chicó com membros de coletivos dos anos 70: Lima Carvalho (Grupo Acre), Jaime Silva (Grupo Puzzle) e Guilherme Parente (Grupo 5+1);
- Experiências coletivas mais recentes – videoconferência
Isabel Sabino e João Seguro com Fernando José Pereira (Virose), Carla Cruz (ZOiNA, Associação Caldeira) e a dupla Sara & André.
Imagine-se uma manhã de final do Outono em 1974, numa estrada secundária que nos afasta da cidade. São escassas as vias rápidas, o trânsito é pouco abundante e os automóveis têm todas as cores.
Num certo momento, na paisagem desenha-se um olival. O sol, ainda muito baixo, é coado pela neblina e a luz espalha-se, turvamente homogénea, pela encosta. A geada assente nas folhas e entranhada nas cavidades do terreno tarda em derreter. Faz frio.
Sons abafados de passos, vozes em interjeições soltas e raras palavras percetíveis apenas fazem adivinhar gestos e rostos, a respiração que desenha nuvens, algumas luvas incompletas nos dedos de pontas geladas. Escuta-se ainda o roçagar dos objetos usados no trabalho, o ruído arrastado de vegetação sacudida por pancadas secas de varapaus e a catadupa dos pequenos baques de tons secos e surdos. Minúsculos volumes escuros estão tombados sobre fundos amarelo ouro: azeitonas e folhas sobre o plástico estendido na terra. Um cesto além vai ficando cheio.
Alguém diz algo como “já chega por agora, vamos apanhar, está a levantar-se vento”.
Na distância, por entre a névoa a levantar na sucessão de planos de verdes diversos, há mais oliveiras rodeadas de pedaços de chão amarelo. De facto, aquelas manchas coloridas em redor das árvores — parentes possíveis de obras de Christo e Jeanne-Claude — são parte do que sobra fisicamente da longa faixa suspensa por horas no alto da Torre dos Clérigos do Porto, agitada pelo vento como um traço ondeante no vazio e ameaçando desprender-se. Nem o antigo sacristão da respetiva igreja, ali na apanha da azeitona com família e amigos, sabe que esse vento caprichoso chegou a ser hipótese de nome para aquele grupo de artistas, os que lhe deram os restos do inusitado evento: relíquia banal de um estranho gesto na cidade, é agora apenas plástico amarelo cortado aos pedaços, prosaicamente bem útil naquele olival.
Não obstante, um amarelo assim, onde a luz se cola, lembra o próprio sol que tenta brilhar entre as árvores, ou mesmo um automóvel desportivo de então, quando a televisão ainda emite a preto e branco e a cor vibra intensa na vida, na arte e nos sonhos.
Isabel Sabino
revista dobra — 8 — Palavra-problema: Fragilidade
Jan 09 2022Já está disponível online o número da Revista Dobra orientado pela palavra-problema ‘fragilidade’.
No entanto, dado o elevado número de contribuições de qualidade, esta Dobra desdobra-se em dois conjuntos: o número 8, agora disponibilizado, e o número 9, que ficará online em Janeiro de 2022.
O RETRATO. Teoria, prática e ficção. De Francisco de Holanda a Susan Sontag
Jan 01 2022
18, 19 e 20 JANEIRO 2022 | FACULDADE DE BELAS-ARTES DA UNIVERSIDADE DE LISBOA
EVENTO EXCLUSIVAMENTE ONLINE
ATENÇÃO: INSCRIÇÕES JÁ ENCERRADAS
SESSÃO PITCH
Os Autores das comunicações selecionadas foram convidados a participar numa sessão pitch, onde fizeram uma breve apresentação das suas comunicações.
VEJA AQUI a gravação dessa sessão, que se realizou online no dia 18 de janeiro 2021.
NOTA: Não é permitida a reprodução de imagens ou textos apresentados neste vídeo, na totalidade ou parcialmente, sem autorização dos autores e dos editores.
APRESENTAÇÃO E OBJECTIVOS DESTE CONGRESSO
O colóquio pretende discutir a teoria e a prática da experiência artística, histórica, antropológica, social e política do retrato, bem como a dimensão ficcional que elas comportam. Situada no cruzamento de várias áreas disciplinares, a discussão aborda o retrato enquanto conceito, tema, processo, objeto (monumento e documento) e dispositivo, nos seus múltiplos desdobramentos e nas suas sucessivas atualizações conceptuais, tecnológicas e contextuais.
Mais do que definir um enquadramento temporal, o subtítulo — De Francisco de Holanda a Susan Sontag — indica a porosidade dinâmica do tema investigado nos domínios da arte e da literatura e da sua mútua reversibilidade.
Francisco de Holanda, humanista e artista Português do século XVI, é autor de Do Tirar pelo Natural, primeiro tratado dedicado ao retrato em toda a Europa, concluído em 1549, na década seguinte à do seu regresso de uma viagem a Itália realizada de 1538 a 1540, na comitiva do Embaixador D. Pedro de Mascarenhas, com o objetivo de ver e desenhar fortalezas e as obras de arte mais insignes desse território e de conhecer Miguel Ângelo Buonarroti. Após o regresso, empreende a elaboração do seu Tratado Da Pintura Antiga, concluído a 13 de Outubro (Dia de S. Lucas) de 1548, conforme se lê no final do Livro II, seguido de Do Tirar pelo Natural. Estas duas obras foram preparadas para edição e até traduzidas para castelhano em 1563, pelo conterrâneo e amigo de Holanda, Manuel Denis, também pintor, mas só viriam a ser publicadas, tanto na versão portuguesa como na castelhana, a partir do século XIX. No final do tratado Do Tirar polo Natural, Holanda afirma que o texto foi terminado a 3 de Janeiro de 1549, portanto apenas alguns meses apenas depois da conclusão dos dois Livros do Da Pintura Antiga. Tal como John B. Bury já intuíra, conforme será dado à estampa na edição bilingue deste tratado, em preparação e a ser publicitada no decorrer deste Congresso, Holanda terá escrito o Do Tirar pelo Natural quase em simultâneo com a outra obra, o Da Pintura Antiga.
Com efeito, os dois grandes pilares da Teoria da Arte de Francisco de Holanda – a saber, a imitação de si próprio, da Natureza e da Antiguidade, de um lado, e a idea, do outro – têm, precisamente, como ponto de contato o processo criativo do artista descrito por Holanda nesses seus dois primeiros tratados. A centralidade do «tirar do natural» nessa Teoria da Arte, que Holanda explana e abundantemente ilustra nesses seus dois textos, assim como nos seus Álbuns de desenho e de iluminura, especialmente no das Antigualhas, torna plenamente justificável a razão de ser de um tratado autónomo, Do Tirar polo Natural, complementar ao Da Pintura Antiga. De resto, não é só a forma do Tratado, em modo de Diálogo, que é subsidiária do modelo utilizado no Livro II, Diálogos em Roma, embora reduzida a dois protagonistas, Brás Pereira e Feramando, discípulo e mestre, sendo o segundo um «alter ego» de Holanda, mas também os conteúdos definidos no Do Tirar polo Natural, que prolongam, aprofundam e sobretudo especificam em tudo o que ao retrato diz respeito as temáticas relativas à representação da figura humana que ocupam os capítulos 38 a 41 do Livro I. Faltava, todavia, nesses capítulos, o contributo decisivo do que, ao longo dos onze pequenos diálogos do tratado Do Tirar polo Natural, o autor nos vai descrevendo como os «preceitos» para «retratar» ou «tirar do natural» a «individualidade» de uma pessoa, que distingue de forma substantiva o Retrato de qualquer outra representação da Figura Humana.
Em O Amante do vulcão, Susan Sontag parte da documentação relativa a três figuras históricas do século XVIII, para as ampliar na extensão ficcional que protagonizam como personagens ou duplos, dela emergindo como figuras estabilizadas na credibilidade dos retratos e na indagação das questões que a sua presença convoca ao longo da história da arte e da história das imagens. As figuras são o diplomata, colecionador e vulcanologista William Hamilton, a sua mulher Emma Hamilton, amante do Almirante Nelson e musa do pintor George Romney, e o Almirante Nelson. Os retratos diretamente referidos são os de William Hamilton, realizado por Joshua Reynolds, e os de Emma Hamilton, realizados por George Romney e Élisabeth Vigée-Lebrun. As questões envolvem a génese do corpo sensível, no exemplo da estátua de Condillac, e a metamorfose da estátua no mito de Pigmalião; a metamorfose dos seres nos acidentes morfológicos da terra e nos objectos naturais que deles retêm o nome e a história; o retrato ideal; a impossibilidade de descrever a beleza de um rosto ou de um corpo, delegada no artifício retórico da metáfora; o retrato como tema e como modelo; o género das estátuas: acção e quietação, narcisismo e recato; efígies: a morte simbólica; camafeus: a miniaturização do retrato; tableau vivant: representação encenada no interior de uma caixa ou no lugar cercado pela moldura própria dos quadros; o corpo em pose: suporte e objecto da representação de uma representação; o corpo como encarnação da obra; a efemeridade do corpo e a perenidade do retrato; a figura, o retrato e o reconhecimento que apaga ou ilumina o nome. E a ruína de tudo isso, por a ruína ser o inevitável destino dos corpos e das suas representações, uns e outros relegados para o futuro do tempo presente.
LINHAS TEMÁTICAS
Na conjunção destes tópicos se definem as grandes linhas temáticas do colóquio:
- O retrato como lugar e o lugar do retrato na cultura visual de todos os tempos.
- Tempo e transtemporalidade no e do retrato.
- O retrato como teoria e as teorias do retrato.
- O retrato como ficção.
Na transversalidade destas linhas propõe-se a abordagem dos seguintes sub-temas:
O corpo e o retrato; Retrato: presença e representação; Retrato, auto-retrato e auto-representação; O retrato expandido: media, intermedialidade e mediação; Retrato: iconismo, simbolismo e semelhança; Retrato metonímico; Galerias de retratos; O retrato como lugar conotativo; O duplo e o retrato; O retrato e a máscara; Retrato e género: o colecionador e a colecção; Retrato e género: o artista e o modelo; Retrato: comemoração e poder; Retrato: celebração do anonimato; Retrato: mostrar e monstruosidade; O retrato estatístico; Avatar: cópia sem original; O retrato impossível; O retrato compósito; Retrato: a profanação do corpo.
Os oradores convidados serão selecionados de acordo com a correspondência observada entre as propostas recebidas e as linhas temáticas do congresso.
LÍNGUAS OFICIAIS
As línguas oficiais do congresso são o Português, o Inglês, o Francês, o Italiano e o Espanhol.
ORGANIZAÇÃO
INSTITUIÇÕES
CIEBA – Centro de Investigação e de Estudos em Belas-Artes, Faculdade de Belas-Artes de Lisboa
PRESIDENTE
Annemarie Jordan Gschwend (Investigadora independente)
VICE PRESIDENTES
Maria João Gamito (CIEBA/FBAUL)
Fernando António Baptista Pereira (CIEBA/FBAUL)
COMISSÃO DE HONRA E COMISSÃO CIENTÍFICA
O processo de constituição da comissão de honra e da comissão científica (ver AQUI) será concluído em função da qualidade e a diversidade temática das propostas submetidas para avaliação.
COMISSÃO EXECUTIVA
Alice Nogueira Alves
Ana Mafalda Cardeira
Glória Nascimento
Jorge dos Reis
Liliana Cardeira
Marta Frade
Maria Teresa Sabido
Teresa Teves Reis
PROGRAMA (em construção)
A sessão de abertura será proferida pela Presidente do Congresso, Annemarie Jordan Gschwend, e a sessão de encerramento pelo Professor Fernando António Baptista Pereira.
NOTA: Durante o Congresso será realizado o lançamento do livro Do tirar pelo natural / On Portraiture, de Francisco de Holanda, traduzido por John B. Bury e editado por Annemarie Jordan Gschwend e Fernando António Baptista Pereira.
INFORMAÇÕES
CONTACTOS
onportraiture.congress@belasartes.ulisboa.pt
LOCALIZAÇÃO
FACULDADE DE BELAS-ARTES DA UNIVERSIDADE DE LISBOA
Largo da Academia Nacional de Belas-Artes | 1249-058 Lisboa | Portugal
capital
Dez 07 2021
04 NOVEMBRO > 17 DEZEMBRO 2021 I BIBLIOTECA DA NOVA SCHOOL OF SCIENCE AND TECHNOLOGY
Inaugura no dia 4 de Novembro, às 17h00, na Biblioteca da NOVA School of Science and Technology a exposição coletiva CAPITAL.
A exposição ficará patente até 17 de Dezembro.
horário schedule
2ª a 6ª › 09h–17h
monday to friday› 9am to 5pm
No mesmo dia, 4 de Novembro realiza-se a apresentação e o lançamento do livro com o mesmo título CAPITAL.
O livro CAPITAL está disponível AQUI .
Informamos que este evento é passível de ser registado e posteriormente divulgado nos meios de comunicação da instituição através de fotografia e vídeo.
O Capital, corresponde a projeto de investigação iniciado em 2016 sob a designação de Dinheiro, com uma primeira exposição no ISEG, Instituto Superior de Economia e Gestão, na qual participaram dez artistas.
Posteriormente foi para Múrcia, Espanha, onde se realizaram cinco exposições com a participação de mais vinte artistas, tendo sido apresentada em diversos espaços expositivos: Universidad Popular de Mazarrón, Museo de Archena, Museo Universidad de Murcia, Universidad Politecnica de Cartagena.
Agora, em 2021, na sala de exposições da Biblioteca da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, em Almada, reúnem-se obras de vinte e cinco artistas numa exposição sucessivamente adiada desde fevereiro de 2020 pelos motivos universalmente conhecidos (SARS-CoV-2) com um título que apela a uma conclusão, o Capital.
O Dinheiro foi o objeto de investigação numa altura em que se procurava uma palavra fortemente substantiva que fosse capaz de aglutinar a estrutura social mundial. Encontrou-se assim esta palavra-chave que como tal foi partilhada de imediato entre uma dezena de investigadores / artistas que desenvolveram obra conotada com essa entidade abstrata que modela em nós conceitos primários de riqueza, de pobreza e de valor.
Em 2016, no ISEG, em Lisboa, participaram Antonio García López, Cristóvão Valente Pereira, João Castro Silva, João Jacinto, Jorge dos Reis, Manuel Gantes, Omar Khouri, Rodrigo Baeta, João Paulo Queiroz e Ilídio Salteiro. Em 2018, em Múrcia e Valencia, juntaram-se a este projeto Álvaro Alonso Sánchez, Carmen Grau, Concha Martinez Montalvo, Dora-Iva Rita, Domingos Loureiro, Francisca Núñes Donate, Francisco J. Guillén, Juan José Águeda, José Mayor Iborra, Luiz Izquierdo, Luís Herberto, Mariano Maestro, Olga Rodríguez Pomares, Pedro Alonso Ureña, Torregar, Salvador Conesa, Virtoc, Victoria Santiago Godos. E agora em 2020, em Lisboa, contamos com a participação de Hugo Ferrão e Ricard Huerta.
O objetivo tem sido apenas dar respostas formais e estéticas a uma questão que comanda a humanidade no seu todo. Uma humanidade que encontra no dinheiro o fator da sua ordenação social e na arte o modo de demonstrar e exercer poder. Não se procuram definições, nem invenções alternativas ou novas metodologias de relacionamentos político-sociais. Esta responsabilidade será para economistas e financeiros.
A nós, enquanto utilizadores do dinheiro e produtores de valores artísticos e, consequentemente, culturais, permitem-nos que formulemos pensamento acerca da Vida no seu todo ou acerca de uma particularidade desta, como é o caso do dinheiro, entidade divina e abstrata que comanda a humanidade. Ele simplifica muito as trocas de produtos atribuindo-lhes um valor e incentivando a acumulação. Mas enquanto o dinheiro corresponde a uma quantidade acumulável, o valor corresponde a uma qualidade relativa. E a não-coincidência entre valor decorrente da quantidade e o valor decorrente da qualidade tem acarretado conflitos, guerras e outras assimetrias imensas.
Neste contexto consideramos que a arte não pode ficar restrita a fazer-se em função de si própria, como que acantonada no desígnio oitocentista da “arte pela arte”, e por isso prisioneira de muitos formalismos estéticos possíveis. Consideramos que a arte deve libertar-se de ser um objeto estético de poder e estar e participar na construção do tempo presente, ou seja, estar atenta e em sintonia com o mundo.
Estamos na presença de um novo título, Capital, que não sendo a palavra-chave que despoletou tudo, essa palavra foi dinheiro, será, no entanto, a palavra conclusiva deste projeto, a causa e o modo de funcionamento das relações económicas, onde a arte desempenha frequentemente o papel profano de “moeda de troca” em leilões, hipotecas, testemunhos, dádivas ou oferendas.
As causas primordiais e fundadoras deste projeto correspondem ao facto de se considerar que o trabalho do artista é uma consequência de investigação (estudo, pesquisa, persistência, experimentação) e que o artista é o investigador do mundo que caminha no sentido da descoberta da relação entre a Vida e Natureza.
Todos foram convidados a participar neste projeto com um trabalho de investigação sobre a palavra-chave colocada em debate e a expor a produção artística relativa a esse estudo e pesquisa.
A palavra dinheiro foi apenas uma chave que foi capaz de abrir ou de desencadear pensamento formalizado em obras — realizadas, apresentadas e expostas — que correspondem a respostas concretas às perguntas que ela suscitou. Estamos numa sociedade dominada pelo dinheiro, e associado a ele a riqueza, o poder, o valor, o domínio de uns sobre os outros num momento em que todos temos a consciência de que devemos ter direitos e deveres iguais. Os textos e as obras plásticas resultantes são extremamente elucidativas dos múltiplos modos como cada um vê o seu mundo.
Este novo título, CAPITAL, acaba por ser uma espécie de conclusão deste projeto que envolve no total cerca de vinte artistas a pensarem em sintonia no mesmo tempo, mas em espaços diferentes, sobre essa ideia, sem mais nada a não ser as circunstâncias dos conflitos, das crises, dos paradigmas, dos comportamentos que nos têm envolvido e onde o dinheiro se constitui como protagonista principal.
Ilídio Salteiro
Lisboa, 2021
UMBIGO 18 anos, 18 projetos (38 artistas)
Dez 01 202116 DEZEMBRO 2021 > 18H30 I GRANDE AUDITÓRIO FBAUL
A Umbigo vai apresentar a caixa comemorativa do seu décimo oitavo aniversário: “Umbigo, 18 anos,18 projetos, 38 artistas”.
Uma edição limitada de 80 exemplares, numerados e assinados, que reúne 18 projetos artísticos realizados em dupla por 38 artistas, em fotografia, serigrafia e gravura, numa co-produção com a FBAUL e a ArtWorks.
Será também apresentada a Umbigo #79 que conta com um projeto artístico de Sara Chang Yan e com a exposição Contacto. O corpo outra vez, assinada pela curadora Sara Antónia Matos.
Daremos ainda a conhecer a tote bag que Mariana Gomes desenhou para a Umbigo.
revista Arte e Cultura Visual — lançamento do nº 2
Dez 01 2021
17 DEZEMBRO 2021 > 17H00 I AUDITÓRIO LAGOA HENRIQUES
ARTE E CULTURA VISUAL é uma revista do Centro de Investigação e de Estudos em Belas-Artes (CIEBA), com a periodicidade de um número anual, a sair no final de cada ano.
O âmbito a que se dedica é as artes plásticas e a cultura visual, procurando um discurso reflexivo, diverso, actual, problematizante e orgânico, que permita conferir enfoque aos dispositivos da arte e das imagens artísticas na sua ontologia e nos seus contextos.
Cada número é dedicado a um tema. Este segundo número é dedicado ao CENTENÁRIO DE ERNESTO DE SOUSA (1921-1988).
Direcção editorial: Isabel Nogueira
Colaboradores deste número:
Ana Isabel Soares; David Santos; Fernando Rosa Dias; Isabel Nogueira; Liliana Coutinho; Paula Pinto; Raquel Schefer.
comemorações do dia das belas-artes de lisboa
Out 25 202125 OUTUBRO > 15H00
A Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa (FBAUL), a maior e a mais antiga escola de artes e design portuguesa, celebra, no próximo dia 25 de outubro, o Dia das Belas-Artes.
Neste dia, a partir das 15h00, a Faculdade de Belas-Artes comemora os 185 anos da sua fundação, com a seguinte programação:
15h00 — Receção no pátio da Cisterna com a atuação da TUNA da FBAUL e visita às diferentes exposições nos espaços da Faculdade de Belas-Artes
_“O SOPRO E O ORVALHO” de Anabela Mota — Cisterna
_“VEROUVIROVESTIR: o revestimento performático da poesia experimental de Fernando Aguiar” de Germana Cavalcante — Capela
_“À superfície” mostra de obras resultantes do projeto “Minas do Lousal” com a coordenação da Profª Cristina Branco e do Prof. Sérgio Vicente
_“Réstias de Nós” de HAC
_Homenagem a Rocha de Sousa – Biblioteca
_“CONSERVAÇAO E RESTAURO: resultados da aprendizagem” com a coordenação da Profª Ana Bailão e da Profª Marta Frade — Galeria
16h45 — Conversa “O passado, o presente e o futuro de uma convivência institucional no Convento de S. Francisco” — Grande Auditório
Painel:
Vice-Reitor da Universidade de Lisboa, Professor Doutor Luís Castro
Presidente da FBAUL, Professor Doutor Fernando António Baptista Pereira
Presidente da ANBA, Doutora Natália Correia Guedes faz-se representar pelo Presidente da FBAUL
Diretora do MNAC, Doutora Emília Ferreira
Diretor da PSP, Superintendente Magina da Silva
Presidente FAUL, Professor Doutor Carlos Dias Coelho
17h15 — Apresentação e lançamento do livro “ ‘O Futuro’ é o ‘Presente’ sem ‘Tempo’?” da autoria de Charters de Almeida, com a presença do autor.
Painel:
Vice-Reitor da Universidade de Lisboa, Professor Doutor Luís Castro
Presidente da FBAUL, Professor Doutor Fernando António Baptista Pereira
Presidente do CIEBA, Professor Doutor Ilídio Salteiro
Professor Doutor Eduardo Duarte que fará a apresentação do livro
Na Biblioteca decorre uma exposição em homenagem ao Professor Rocha de Sousa. Um conjunto significativo dos seus livros nas mais variadas áreas do conhecimento e dois vídeos realizados na FBAUL por altura da sua intervenção numa das sessões da Convocarte.
o sopro e o orvalho — exposição de anabela mota
Out 25 202114 > 29 OUTUBRO I CISTERNA DA FACULDADE DE BELAS-ARTES
Inaugura no dia 14 de Outubro, às 17h30, na Cisterna do Convento de São Francisco (Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa) a exposição o sopro e o orvalho. Nesta exposição Anabela Mota revisita duas instalações — clepsydra (2021) e transbordar (2020).
horário schedule
3ª e 4ª › 15h–19h
tuesday and wednesday› 3pm to 7pm
outros horários por marcação para o número: 916067780
Informamos que este evento é passível de ser registado e posteriormente divulgado nos meios de comunicação da instituição através de fotografia e vídeo.
Sonhar o orvalho como germe e semente é participar do fundo do ser no devir do mundo.
Gaston Bachelard
Uma substância vaporosa suspende-se na humidade do ar e precipita-se sobre a terra como principal alimento das sementes. O orvalho, diz-nos Bachelard (1948, 259), “corresponde à panspermia da atmosfera”, à forma formante mais subtil da condensação dos vapores. A chuva, interligada com o “fermento de orvalho” (ibidem), prepara os caminhos da fecundação.
O movimento térmico encaminha-se num sentido entrópico, precipita-se na forma de gotas e em contacto com superfícies frias, mas a recolha da água impregna a vida de vida e indicia um acontecimento extraordinário que se traduz em matéria-energia emergente.
Talvez, por isso, a Cisterna se expresse como um repositório de água orvalhada que entre a terra e as pedras se insurge como símbolo da imaginação material. Contudo, como reflectir, hoje em dia, sobre um espaço cujo vínculo simbólico se manifesta como uma presença ausência? A Cisterna vazia remete-nos para o sentido solastálgico da saudade do lugar que habitamos.
Margarida Alves
O percurso de Anabela Mota iniciou-se em 1982 na Escola António Arroio e em 1985 na ESBAL. Dedica-se desde 1997 às artes plásticas, organizando workshops para crianças e adultos. Colabora desde 2005 com a Pediatria do IPO na área das Artes Plásticas, para além de outras iniciativas. Colabora na área dos cuidados paliativos com a AMARA, tendo apresentado uma comunicação ‘A arte no hospital-Os mistérios da Arte da Vida no IPO de Lisboa’ no ‘V Congresso internacional Espaço T’, no Porto. Em 2007 funda ‘A Casa da Quinta’ em Linda-a-Velha, um espaço comunitário artístico. Conclui a Licenciatura e Mestrado em Pintura na FBAUL. Dá aulas de Pintura no Atelier )ABERTO( em Lisboa.
Expõe regularmente, também em exercícios de curadoria. Interessa-lhe abordar a importância e consciência do olhar enquanto meio para aceder a múltiplas realidades e a uma certa qualidade do tempo. Questiona a fragilidade e o mistério presentes na realidade das coisas concretas, a diferença entre um certo olhar habituado a ver e o olhar habitado pela consciência — movimento interior que tem o dom de impressionar a realidade.
l Simpósio Escultor João da Silva e lançamento do livro “João da Silva: o escultor animalista”
Out 01 202109 OUTUBRO > 14H30 I SOCIEDADE NACIONAL DE BELAS ARTES
I Simpósio Escultor João da Silva e lançamento do livro “João da Silva: o escultor animalista”
Sábado 9 outubro, 14h30, auditório SNBA:
Abertura: José Sá Fernandes (Lisboa Capital Verde); Emília Nadal; João Paulo Queiroz, João Luiz Madeira Lopes (Diretor Seara Nova).
Intervenções:
João Paulo Queiroz & Arlinda Fortes: Para uma Cronologia de João da Silva
Jorge Ramos do Ó: António Sérgio, a Seara Nova e João da Silva
João Luiz Madeira Lopes: A ‘Seara Nova’, no seu Centenário (1921-2021) e o escultor e pedagogo João da Silva
João Paulo Queiroz & Arlinda Fortes: João da Silva: o Escultor Animalista
Isabel Nogueira: João da Silva: Escultor entre um Classicismo e uma Modernidade
Elsa Garrett Pinho: Coleções Sem Museu, ‘Museus’ Sem Coleções
Frederico Henriques: Documentação e Representação Digital de uma Coleção de Esculturas em Gesso de João da Silva (1880-1960)
Cristóvão Pereira, João Rocha & João Costa: A Reprodução de Esculturas por Fabrico Digital: o Caso da Obra de João da Silva
Ana Bailão: Tratamentos de Pós-Impressão 3d: Estudo de Caso Com Duas Peças Escultóricas de João da Silva (1880-1960)
Marta Costa Frade: A Conservação e Restauro dos Gessos do Escultor João da Silva: uma Intervenção, uma Aprendizagem!
Nuno Prates: ao gosto de José Relvas, a sua escultura preferida: Campino a Cavalo, de João da Silva
Nuno Prates: Correspondência de João da Silva para José Relvas: Uma Amizade Que Se Construiu Baseada No Gosto Pelas Artes
José Carlos Pereira: O Contexto e o Significado Político do Legado de João da Silva à Sociedade Nacional de Belas Artes
João Duarte: Mestre Escultor João da Silva (1880-1960)
Arlinda Fortes: Visita Orientada À Coleção Animalista Do Escultor João da Silva (1880-1960): Uma Leitura Na Perspetiva da Investigação Académica
18h30: Conclusões, propostas e Palavras Finais
Encerramento
caudal — exposição do colectivo humor líquido
Set 28 2021ABERTURA 16 SETEMBRO > 17H00 I PATENTE ATÉ 01 OUTUBRO I CISTERNA
Inaugura no dia 16 de setembro, às 17h00, na Cisterna do Convento de São Francisco (Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa) a exposição caudal do coletivo humor líquido, com a participação de seis dos seus elementos — a dupla Ana Mata e Catarina Domingues, Anabela Mota, Marta Castelo, Sara Belo e Teresa Projecto — e ainda com a presença de dois convidados: o escritor Paulo Sarmento e a escultora Virgínia Fróis.
horário schedule
2ª a 6ª › 15h–19h
monday to friday › 3pm to 7pm
Informamos que este evento é passível de ser registado e posteriormente divulgado nos meios de comunicação da instituição através de fotografia e vídeo.
Descemos e entramos num espaço que esteve submerso. A atenção desperta para o rumor antigo, e os nossos movimentos adensam-se, trabalham em segredo, em irrupções, em deslizamentos. Procuramos imagens que convoquem um estado instável e fluido, relançando e ampliando o movimento do ser que continuamente se transforma, testemunhando da presença de uma força simultaneamente destruidora e criadora. Do rio que tudo arrasta diz-se que é violento. Mas ninguém chama violentas às margens que o comprimem (Brecht). Propomos um momento para o dar voz e corpo ao caudal.
Esta é uma exposição do colectivo humor líquido, com a participação de seis dos seus elementos — a dupla Ana Mata e Catarina Domingues, Anabela Mota, Marta Castelo, Sara Belo e Teresa Projecto — e ainda com a presença de dois convidados: o escritor Paulo Sarmento e a escultora Virgínia Fróis. A exposição é pensada também ela como um caudal, uma articulação de várias peças dos artistas, abrangendo a escultura, a fotografia, o desenho, o vídeo e a instalação.
Acompanha a exposição, uma publicação de autor, concebida e editada pelos membros do colectivo, com imagens das artistas, e textos de Paulo Sarmento, inspirados pelos textos de Friedrich Hölderlin (na fase em que o poeta assinava sob o nome Scardanelli) e pela presença das águas na sua obra.
A publicação será lançada no dia da abertura, 16 de Setembro, pelas 17 horas.
O humor líquido é um lugar de encontro de gestos criativos. Estes nascem de uma conversa fluente e contínua, pelo que a identidade deste colectivo é a da própria fluência do diálogo: existindo obras de grupo, este altera-se, em diferentes projetos, em diversas dinâmicas – onde não se excluem, nem possibilidades renovadas de colaboração, nem gestos individuais reunidos em afinidades. Este é um lugar de fluência dinâmica, um lugar potenciador da felicidade dos encontros.
O humor líquido é também o meio interior da visão, aquilo que, no olhar, é atravessado. O humor líquido é o meio – ou o médium – de uma passagem. Este é um modo de olhar que pensa a sua própria natureza, bem como a poética da impermanência que ressalta do quotidiano.
Assim se expressam, enquanto coletivo e em diferentes formas criativas, Anabela Mota, Ana Mata, Catarina Domingues, Marta Castelo, Nádia Duvall, Sara Belo e Teresa Projecto.
“A pintura contemporânea e o rio do esquecimento. O elemento pictural, a instalação e a fotografia”
Set 19 2021
Realizou-se no dia 24 de junho o lançamento do livro “A pintura contemporânea e o rio do esquecimento. O elemento pictural, a instalação e a fotografia”.
O livro, da autoria de José Quaresma, edição da FBAUL, está à venda na Tesouraria da Faculdade de Belas-Artes
PVP: 20€
A pintura contemporânea e o rio do esquecimento. Elemento pictural, instalação e fotografia, é o primeiro volume de uma linha de investigação em pintura iniciada em 2014, estando prevista a edição dos restantes volumes até ao ano de 2030. As linhas que se seguem são breves excertos da Introdução da obra a apresentar no dia 24 de junho, no Auditório Lagoa Henriques.
“Este livro trata de pintura contemporânea, da densidade do elemento pictural e do seu entrelaçamento com a instalação artística e a fotografia. Como o elemento pictural tem um caudal que arrasta todos os sedimentos existentes da experimentação com a pintura, escolhemos a imagem simultaneamente substancial e fluxista de “rio” para exemplificar força imemorial, possibilidades de mudança irrestrita, entrecruzamento da pintura com outras expressões artísticas.
Existe um rio Pinturas. Tem este nome por ser uma linha de água na Patagónia com inúmeras pinturas instaladas na sua margem. Existe um outro rio que também desagua na pintura e que sempre serviu de “imagem” a todos os rios que conhecemos, os reais e os imaginários, sendo expressão heraclitiana do fluxismo da natureza, mas também da mudança incessante de tudo aquilo em que mergulhamos as mãos. Há ainda outro que cala mais fundo e que sempre esteve aí para significar esquecimento, purificação, preparação para uma vida de reminiscências e cruzamento de memórias — profundas, semi-profundas, superficiais —, sendo igualmente fundamental para compreender as metamorfoses que a pintura põe em movimento.
Por ter mergulhado repetidas vezes no rio do esquecimento, a pintura contemporânea, com toda a temporalidade que a precede, espreita e condiciona, adquiriu a capacidade de superar criativamente a estagnação, mesmo que para tal tenha sido induzida a morrer ciclicamente, reapresentando-se mais adiante para convencer praticantes e espectadores da sua pertinência […].”
José Quaresma

pós-graduação em visualização da informação
Ago 23 2021CANDIDATURAS PARA O ANO LETIVO 2021/2022 ATÉ 27 AGOSTO DE 2021
A Pós-Graduação em Visualização de Informação que resulta da colaboração entre a Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, a Escola de Sociologia e Políticas Públicas e a Escola de Tecnologias e Arquitetura, do ISCTE-IUL.
CANDIDATURAS ATÉ 27 DE AGOSTO DE 2021
Para mais informações
Secretariado
Edifício Sedas Nunes (Edifício I), sala 1W6
9:30 – 18:00
secretariado.espp @iscte-iul.pt
Tel.: (+351) 210 464 015
Os processos participativos e a cerâmica // CÍRCULOS – Entre mãos ll – Bienal 2021
Jun 07 202118 JUNHO > 17H00 I AUDITÓRIO LAGOA HENRIQUES
Apresentação do livro : Os processos participativos e a cerâmica
18 junho, 17h00, auditório Lagoa Henriques (presencial sujeito a lotação condicionada)
Plataforma ZOOM
https://videoconf-colibri.zoom.us/j/2532912138
ID da reunião: 253 291 2138
Exposição das maquetas CIRCULOS – Entre mãos II – Bienal 2021
18 a 25 de Junho – Corredor do auditório Lagoa Henriques
A Cerâmica dá corpo a obras de Arte presentes no espaço público. A sessão apresenta resultados da Cooperação entre a FBA.UL / Vicarte e o Município de Aveiro / Bienal. Dois momentos em relação, num continuo frutuoso para as novas gerações.
Primeiro momento:
O livro Os processos participativos e a cerâmica reúne os artigos resultantes de um seminário realizado no âmbito da Bienal Internacional de Cerâmica Artística de Aveiro em 2020.
Desenvolve três áreas temáticas: Espaço Público e Participação / Contextos Teóricos e Ativismo; Interações / Arte e a cidadania; Construções / Arte e os locais de produção. Oradores convidados: Cristina Cruzeiro, Elaine Santos, Françoise Schein, Mário Campos, Helena Elias,Maja Echer, Bie Michels, Sérgio Vicente e Zandra Coelho.
Apresenta diferentes obras e um campo criativo com múltiplas possibilidades, casos de estudo cujos resultados podem ser discutidos e ampliados pelos leitores. Acreditamos que a partilha é uma base fundamental para o desenvolvimento e que a arte pode ser um empoderamento dos cidadãos na afirmação da sua cultura. Deste modo, esperamos poder abrir espaço para novas obras e reflexões em edições futuras e unir Municípios, Sociedade Civil e Universidade, abrir novas oportunidades baseadas na experiência, na partilha e na formação contínua.
Segundo momento:
A presente exposição Círculos (Entre Mãos II) reúne e dá a ver as propostas de alunos (mestrado e doutoramento) e professores de Cerâmica da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, realizadas no âmbito do projecto Círculos (Entre Mãos II), prevista para 30 de Outubro de 2021, na Praça da República em Aveiro.
Considerando a calçada da praça, cujo desenho apresenta círculos com diferentes diâmetros, os catorze projetos foram desenvolvidos estabelecendo uma relação com esse desenho, enquanto dado urbano prévio, e repercutido no uso de plintos de forma cilíndrica.
As esculturas são de tema livre, reflectindo uma grande diversidade de formas, de técnicas e dimensões, sobretudo, fazendo testemunho das potencialidades criativas da cerâmica. Esta área artística tem vindo a ganhar cada vez mais visibilidade no interior do mundo das artes e despertado o correspondente interesse no âmbito académico. A exposição que propomos pretende ser um espelho dessa multiplicidade de perspectivas, dando a conhecer diferentes gerações de criadores – alunos e professores / investigadores – envolvendo a criação individual e a proximidade entre pares com diferentes graduações.
Este projecto sucede a um anterior, intitulado Entre Mãos, que reuniu alunos de licenciatura e ex-alunos das unidades curriculares de Cerâmica e pretendeu mostrar a variedade de linguagens que a cerâmica possibilita. A mostra actual pretende elevar o patamar das propostas, apresentando os resultados dos 2ª e 3ª ciclos em Belas Artes.
PROGRAMA
17H00
_Abertura, boas vindas e contexto
Professor Doutor Fernando António Baptista Pereira
(Presidente da FBAUL)
_Apresentação do livro “Os processos participativos e a cerâmica”
Professora Doutora Virginia Fróis e Professor Doutor Pedro Fortuna
_Apresentação da Bienal Internacional de Cerâmica Artística, Aveiro 21
Engº José Ribau Esteves
(Presidente Câmara Municipal Aveiro)
_Apresentação do projecto Círculos (entre mãos II), BICAA 2021/ FBAUL
Professor Doutora Marta Castelo
_Visita à exposição
Propostas de Helena Elias, Isabelle Catucci, Joana Garcia e Costa, João Gama, João Rolaça, Lola Sementsova, Maria Bezuglays, Marika Brandt, Marta Castelo, Marta Monachesi, Nádia Frolova, Pedro Fortuna, Sérgio Vicente, Sara Inácio
lançamento do livro Ateliês e Tutoriais: reflexões sobre o ensino da arte, de Manuel Botelho
Jun 07 202116 JUNHO > 16H00 I VIA ZOOM
A Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa (FBAUL) tem o prazer de anunciar o lançamento do livro Ateliês e Tutoriais: reflexões sobre o ensino da arte, de Manuel Botelho.
Data: 16 de junho de 2021, 16h00.
Evento online – plataforma ZOOM - https://videoconf-colibri.zoom.us/j/89471220398
ID da reunião: 894 7122 0398
O evento contará com a participação do autor, dos presidentes da FBAUL, Professor Doutor Fernando António Baptista Pereira, e do CIEBA (Centro de Investigação e de Estudos em Belas Artes), Professor Doutor Ilídio Salteiro, da Professora Catedrática Isabel Sabino e dos docentes (e ex-alunos de Manuel Botelho) Ana Mata e João Seguro.
Manuel Botelho faz, neste livro, um balanço da reflexão que acompanhou a sua atividade letiva na FBAUL entre 1995 e 2020. Encontramos aqui aspetos essenciais do seu pensamento, da sua prática enquanto professor e da investigação que realizou sobre o ensino da arte ao longo desses quase vinte e seis anos de lecionação.
“Em definitivo, jamais pretendi fazer um tratado sobre ensino […]. Não esperem por isso encontrar aqui teorias grandiosas embrulhadas em palavras difíceis. Aquilo que vou contar é uma história simples que eu próprio vivi. Coisas aparentemente fáceis de dizer, mas muito, muito difíceis de fazer!”
M. Botelho
Lançamento do Nº2 da RIACT e Ciclo de Conferências sobre Investigação Artística
Jun 07 202116 JUNHO > 14H30 I VIA ZOOM
Entrar na reunião Zoom
https://videoconf-colibri.zoom.us/j/89802368759?pwd=WVZoREJ2NzdIVk03RURuN1VHbFkxZz09
ID da reunião: 898 0236 8759
Senha de acesso: 892372
Comunica-se a realização de um Ciclo Internacional de Conferências sobre Investigação Artística e o lançamento do Nº2 da RIACT — Revista de Investigação Artística, Criação e Tecnologia, na FBAUL, no dia 16 de junho, projecto que tem a coordenação do docente José Quaresma.
Nesse dia teremos a oportunidade de escutar diversos especialistas em investigação artística, nomeadamente Annette Arlander (Helsínquia), Rui Penha (Porto), Juan Carlos Guadix (Granada), a propósito da Investigação nos seus “territórios” de trabalho. Teremos ainda o prazer de receber a participação dos artistas / conferencistas admitidos para publicação nesta edição da RIACT, a saber: Sara Belo; Marta Ostajewska & Verónica Rodríguez; Ana Lanita; Filipa Cruz & Grécia Paola; Andrew Rooke; e Sara Inácio.
Será ainda apresentada pelos criadores / investigadores Miguel Novais Rodrigues & Fernando Brito a conferência com o título: “Conhecimento íntimo e conhecimento abstrato como Território de Investigação Artística – O Projeto A Invenção da Amnésia”.
As conferências realizam-se através da plataforma ZOOM, requerem inscrição prévia através do site da FBAUL no campo reservado a este evento, podendo ser solicitado certificado de participação.
INSCRIÇÕES ENCERRADAS
Lançamento do livro “Reflexões sobre Escultura, Matéria e Técnicas – um manual” de João Castro Silva
Mai 25 202131 MAIO > 16H00 | Auditório Lagoa Henriques FBAUL
Um entendimento pessoal daquilo que é a prática da escultura pelas palavras de quem a faz e a ensina.
Desta vez a forma do Escultor foi este manual onde partilha a sua visão do que é fazer escultura e ser-se escultor. A relação com os materiais, a poética da técnica, a aprendizagem do gesto, o exercício permanente de aprendizagem e descoberta.
Desta vez, dá-se aos escultores a utilização da palavra como matéria para a comunicação.
Entrada livre e sem inscrição, sujeita à lotação do auditório.
Este evento é passível de ser registado em fotografia ou vídeo.
João Onofre: Once in a Lifetime [Repeat]
Mai 24 202128 MAIO > 18H00 I JARDIM CAIXA
entrada gratuita sujeita à lotação disponível
(via portão ferro Jardim Caixa, na Rua Arco do Cego)
Once in a Lifetime [Repeat] trouxe ao público da Culturgest uma seleção alargada dos últimos vinte anos de produção de João Onofre (Lisboa, 1976). Reunindo vídeo, desenho, escultura, fotografia, performance e obra sonora, esta exposição permitiu confirmar a vitalidade de uma produção pautada pela recorrência dos grandes temas da história da arte: a tensão, a morte, o fracasso, o amor e, como um elo que tudo une, a linguagem.
Para a apresentação do catálogo que agora nos chega, convidámos Delfim Sardo e Benjamin Weil, respetivamente o curador da exposição e o autor da entrevista reproduzida no catálogo, para nos falarem sobre o trabalho de João Onofre e, em particular, sobre este que é o mais recente e mais completo livro publicado sobre a sua obra.
João Onofre: Once in a Lifetime [Repeat]
Autores: Delfim Sardo, Benjamin Weil/João Onofre, Jacinto Lageira, Nicolas Oxley e Nicolas de Oliveira
Desenho gráfico: Vera Velez
Edição Culturgest em duas versões separadas, português e inglês (em inglês distribuição internacional: Mousse Publishing)
Este livro foi publicado com o apoio:
Fundação Carmona e Costa
CIEBA/FBAUL
O livro pode ser adquirido na livraria da Culturgest ou encomendado por email culturgest.livraria@cgd.pt
convocarte: lançamento 8/9 (arte e tempo), versão digital 10/11 (arte e loucura), lançamento de trabalhos 12/13 (arte e paideia)
Mai 20 2021
27 MAIO 2021 > 18H00 I MANICÓMIO I PRESENCIAL E VIA ZOOM
“A loucura, longe de ser uma anomalia, é a condição normal humana. Não ter consciência dela, e ela não ser grande, é ser homem normal. Não ter consciência dela e ela ser grande, é ser louco. Ter consciência dela e ela ser pequena, é ser desiludido. Ter consciência dela e ela ser grande, é ser génio.” (Fernando Pessoa – Escritos sobre génio e loucura – tomo I)Informamos que este evento é passível de ser registado e posteriormente divulgado nos meios de comunicação da instituição através de fotografia e vídeo.
Acesso às apresentações Convocarte via zoom: https://videoconf-colibri.zoom.us/j/81245243705?pwd=Mkd1Yy9Lb0s3dGhUamF4ZUlmakQ5QT09
Recepção de Sandro Resende
As pedras também constroem coisas
Abr 19 202109 > 25 ABRIL I CISTERNA BELAS-ARTES
A exposição As pedras também constroem coisas tem a sua abertura no dia 9 de abril, às 16h30, na Cisterna da Faculdade de Belas-Artes. A entrada é livre, no entanto devido à situação atual, o limite máximo de pessoas em simultâneo na Cisterna é de 12 pessoas, por esse motivo solicitamos aos visitantes que terão que ir circulando dando lugar a outros.
Ainda no dia 9 de Abril, data da abertura, será apresentada uma publicação que reúne imagens das obras realizadas e testemunhos dos artistas residentes nesta segunda edição, que teve lugar entre 10 a 25 de Setembro de 2020.
A publicação ficará disponível online no dia 10 de Abril de 2021.
A exposição ficará patente até 25 de abril e poderá ser visitada de 2ª a 6ª, os interessados deverão proceder à marcação através do e-mail grao.residencia@gmail.com.
Após a primeira edição da GRÃO – RESIDÊNCIA ARTÍSTICA E DE INVESTIGAÇÃO (projeto anual criado em 2019), a Associação Quinta das Relvas, a entidade organizadora, adaptou esta segunda edição aos tempos atípicos em que vivemos através da indicação de um ponto de partida – a expressão linguística “um grão na asa” – isto é, sentir-se ou estar levemente embriagado, fora do estado de normalidade.
Esta residência artística procura abrir espaço para novas possibilidades num ambiente propício a um dinamismo diferente do habitual, numa experiência intensa mas intimista em que os participantes são convidados a mergulhar de um modo consciente tanto a nível psicológico como social, capaz de potenciar a sua permeabilidade face ao contexto natural e cultural oferecido quer pelo espaço da Quinta, quer pela população e cultura locais.
A residência artística Um GRÃO na asa foi marcada por sessões de debate entre os artistas residentes e por visitas de estudo a espaços culturais da Região de Aveiro, culminando esta experiência em dois momentos de exposição. O primeiro momento teve lugar na Biblioteca Municipal de Albergaria-a-Velha onde os artistas apresentaram alguns dos trabalhos realizados durante a residência. No segundo momento que agora apresentamos, na Galeria Cisterna da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, os artistas apresentam não só as obras expostas anteriormente como novas obras, produzidas nos seus ateliers durante os meses consequentes à residência – demonstrando a continuidade do projeto por eles iniciado e a marca que a residência deixou no corpo de trabalho de cada um.
Dos artistas representados nesta exposição conta-se com a presença de Beatriz Chagas, Clara Leitão, Filipa Fernandes, Rafael Fráguas, Victor Gonçalves e Carolina Drahomiro + Danilo Galvão, aos quais se juntam as responsáveis pelo projeto, Mariana Malheiro e Beatriz Manteigas, também artistas visuais.
Pelo segundo ano consecutivo, reuniram-se as forças para propor a um conjunto de sete artistas o desafio de produzir conteúdo artístico a partir da exploração do contexto oferecido quer pelo espaço da Quinta das Relvas, quer pela cultura local. A metáfora das pedras, criada a partir do nome pelo qual dá esta residência artística – Um Grão na Asa – parece-nos constituir o melhor ponto de partida para descrever o presente momento:
Sabemos que as pedras que carregamos às costas são todas diferentes. Reconhecemos que há quem tenha uma pedra grande, outros três pedras pequenas. Há quem as tenha porosas, outras escorregam e obrigam-nos constantemente ao seu resgate. Podemos assumir que a dificuldade de carregar a nossa pedra é sempre relativa à dimensão da pedra do outro. Estas pedras de que nos lembramos frequentemente são as difíceis, as que por vezes ferem, ou que ferem sempre.
Mas há também outras pedras, as que tendemos a não olhar, por serem mais discretas, aquelas que acabam no fundo das nossas costas e que se desfazem até. Estas são as pedras que aconchegam os calhaus, as que, embora pesando, facilitam a deslocação dos mesmos funcionando como rodas, as que permitem que não fiquemos tão marrecos. Podemos encontrá-las em circunstâncias variadas: supondo que chocamos uns contra os outros, as pedras que mais facilmente saltarão de costas em costas são as pequenas. E quando uma dessas pedrinhas salta, há umas costas que seguirão caminho mais pesadas, mas também mais aptas a carregar os calhaus.
As pedras também constroem coisas!
Beatriz Chagas, Setembro de 2020
Entre o Chiado, o Carmo e Paris, Artes na Esfera Pública — reportagem no jornal de letras jl 24 fevereiro a 9 março
Abr 06 2021
REPORTAGEM NO JORNAL DE LETRAS — Entre o Chiado, o Carmo e Paris, Artes na Esfera Pública: UMA ANTOLOGIA PARA PENSAR A ARTE PÚBLICA
O Jornal de Letras JL publicou, no seu suplemento CAMÕES nº 291, de 24 de fevereiro a 9 de março, uma entrevista a Ana Paixão e José Manuel da Costa Esteves sobre o projeto Entre o Chiado, o Carmo e Paris, Artes na Esfera Pública: uma antologia para pensar a Arte Pública com a coordenação de José Quaresma, Professor na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa.
JL SUPLEMENTO CAMÕES (24 FEVEREIRO A 09 MARÇO)
publicação da antologia de textos, exposições e performances
Comunica-se a publicação da antologia de textos, exposições e performances, Entre o Chiado, o Carmo e Paris, Artes na Esfera Pública, tanto em formato impresso como em formato digital. Esta obra congrega a produção artística, ensaística e de debate público sobre temas atinentes ao Chiado e ao Carmo, dando testemunho da intensa actividade desenvolvida entre 2013-2020, nas cidades de Lisboa, Paris, Łódź, Cuenca, Granada, Florença, Auckland (Nova Zelândia), Vitória (Brasil), e Bruxelas.
A publicação (edição da FBAUL) tem a coordenação de José Quaresma e parte de um convite dos responsáveis pela Cátedra Lindley Cintra da Universidade de Paris Nanterre e do Leitorado de Língua e Cultura Portuguesa da Universidade de Paris 8, ambos de Camões – Instituto de Cooperação e da Língua, e da Casa de Portugal – André de Gouveia da Cidade Internacional Universitária de Paris.
A edição estará disponível na Biblioteca da FBAUL a partir de hoje. Nos próximos dias será enviada para a Biblioteca Nacional, a FCG, entre outras bibliotecas e instituições artísticas.
Na publicação podemos observar obras, performances, e vídeos de Alexandre Nobre, João Castro Silva, Fernando Crêspo, Nikoleta Sandulescu, Paulo Lourenço,Evgenya Hristova, Catarina Mendes, Orlando Farya, Helena Ferreira, Alicja Habisiak-Matczak, Simão Martinez, entre muitos outros. Por outro lado, a selecção de textos inclui vários ensaios de José-Augusto França, de Guilherme d’Oliveira Martins, de Fernando Rosa Dias, Cristina Azevedo Tavares, Juan Carlos Guadix, Célia Nunes Pereira, Mark Harvey, Fernando Crêspo, Helena Ferreira, entre outros.
lançamento e apresentação do livro “metanarrativa — feci quod potui (medalha, moeda & objetos” de josé teixeira
Abr 01 202123 ABRIL > 16H30 I AUDITÓRIO LAGOA HENRIQUES
Realiza-se no dia 23 de abril, pelas 16h30, no auditório Lagoa Henriques, a apresentação e lançamento do livro “METANARRATIVA — feci quod potui (medalha, moeda & objetos” de José Teixeira.
Devido à situação atual e considerando as normas da DGS haverá um número limite de participantes, sendo autorizada a entrada exclusivamente a quem possuir convite.
A ideia para esta publicação ocorreu durante o verão de 2019 na sequência dos trabalhos preparatórios para a montagem da exposição individual, Feci quod potui — Medalha, Moeda & Objetos, que decorreu entre 12 e 27 de Setembro na Galeria da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa (FBAUL).
A exposição que contou com a curadoria de Andreia Pereira e com o apoio logístico e museográfico do Designer João Rocha, do Projetlab/FBAUL, pretendeu assinalar os 25 anos da minha produção medalhística, iniciada, precisamente, em 1994/95, no Convento de S. Francisco, no âmbito da Unidade Curricular lecionada pelo Professor Hélder Batista (regente) e pelo seu Assistente Prof. João Duarte.
O projeto para essa exposição antológica foi motivado por três aspetos: quis aproveitar a oportunidade para divulgar a minha obra, que alcançara visibilidade e prestigio internacional, mas que é relativamente pouco conhecida a nível nacional; homenagear de modo singelo a memória do professor Hélder, que me havia convidado para ser o curador da mostra de medalha construída agendada para o mesmo espaço mas que a fatalidade da sua partida impediu de se efetivar (1); o derradeiro motivo foi o de cativar as novas gerações para a prática da medalhística, arte cujo ensino e dinamismo trouxe o maior prestigio a Portugal como o demonstram, por exemplo, a atribuição em 1998 do prémio J. Sanford Saltus Award for Outstanding Achievement in the Art of the Medal, ao Professor Hélder Batista e em 2011 ao João Duarte.
Ciente do legado que me foi transmitido, enquanto regente da U. C. de Medalhística desde (2016-17) senti-me na obrigação de dar continuidade a esse trabalho tanto no âmbito do ensino quanto no da divulgação dessa forma de expressão artística, preconceituosamente, encarada como arte menor.
A escolha do nome — metanarrativa — deriva de um olhar pessoal sobre a minha obra onde, paralelamente ao contexto específico de cada objeto, subsiste um fundo subliminar ou, discurso paralelo, hipertextual, simbioticamente relacionado com o território da medalha enquanto expressão artística contemporânea. Diria que a dimensão metanarrativa tem sido um farol cuja luz tem sondado as possibilidades poéticas dos materiais (pedra, madeira, bronze, cobre, latão, alumínio, aço carbono, aço inox, zinco, estanho, chumbo, couro, acrílico, cera, policarbonato, poliuretano, vinil, termolaminado, poliéster, plástico…) visando expandir o campo de intervenção da medalhística ao mesmo tempo que encontra na vanguarda dos procedimentos tecnológicos os métodos para a sua reprodutibilidade; é na multiplicidade serial que a medalhística se singulariza em contraste com a escultura.
À semelhança da obra prolixa e multifacetada, a organização desta publicação reflete também, a heterogeneidade das abordagens. Sem querer categorizar, diria que o miolo é constituído por testemunhos e ensaios que assinalam a multiplicidade da relação artística e pessoal no âmbito da medalhística. A complementar o generoso contributo dos diversos autores propus-me escrever o texto final onde continuei a investigação sobre a “metanarrativa”(2) na escultura.
Aqui chegado diria que reconheço, neste livro, um objeto híbrido, heterogéneo e polimorfo, sinónimo quiçá, de quem se arrisca a procurar caminhos por descobrir.
(1) Em sua substituição foi coorganizada (com os membros do grupo Anverso/Reverso) a Exposição “Medalhas com Alma” que teve lugar no Centro Cultural Casapiano, junto aos Mosteiro dos Jerónimos em Lisboa.
(2) Acerca do tema ver também: TEIXEIRA, José (2012) “Metanarrativas da paisagem e mise-en-scène do lugar — site mainstream” in, Instituições Culturais e Representatividade, Chiado, baixa e nova esfera pública). Lisboa / FBAUL / CIEBA, pp., 215-231. Disponível em: http://hdl.handle.net/10451/6507
JOSÉ TEIXEIRA
O Design por dentro das palavras: Aurelindo Jaime Ceia, designer
Mar 08 2021O design tem vivido na sombra do marketing e do espartilho das organizações. Hoje há novas e urgentes vias a percorrer.
Livro editado pela Caleidoscópio, com textos de Guilherme Sousa, Sónia Rafael e A.J.Ceia.
Prefácio de Maria Teresa Cruz.
O livro está disponível nas livrarias e através do link:
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revista arte e cultura visual — lançamento do n.1 “isolamento”
Mar 08 2021Nº1: ISOLAMENTO | 2020 | CIEBA-FBAUL