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HomeO RETRATO. Teoria, prática e ficção. De Francisco de Holanda a Susan Sontag

O RETRATO. Teoria, prática e ficção. De Francisco de Holanda a Susan Sontag

 

E_2020_ONPORTRAITURE

18 JANEIRO 2021 | 15H > 18H |SESSÃO PITCH 

SESSÃO PITCH

Os Autores das comunicações selecionadas foram convidados a participar numa sessão pitch, onde farão uma breve apresentação das suas comunicações, a realizar no dia 18 de janeiro 2021, entre as 15h00 e as 18h00 (hora de Lisboa, GMT). 

Como assistir: aberto a todos os interessados, sem ser necessária uma inscrição.

Entrar na reunião Zoom
https://videoconf-colibri.zoom.us/j/87853790829?pwd=MWdzSzBNVlV6bER5Ujl6Wlc5TkpyQT09
ID da reunião: 878 5379 0829
Senha de acesso: 033413

PROGRAMA


 

 

26 > 28 ABRIL 2021 | FACULDADE DE BELAS-ARTES DA UNIVERSIDADE DE LISBOA | GRANDE AUDITÓRIO 

 

APRESENTAÇÃO E OBJECTIVOS

O colóquio pretende discutir a teoria e a prática da experiência artística, histórica, antropológica, social e política do retrato, bem como a dimensão ficcional que elas comportam. Situada no cruzamento de várias áreas disciplinares, a discussão aborda o retrato enquanto conceito, tema, processo, objeto (monumento e documento) e dispositivo, nos seus múltiplos desdobramentos e nas suas sucessivas atualizações conceptuais, tecnológicas e contextuais.

Mais do que definir um enquadramento temporal, o subtítulo — De Francisco de Holanda a Susan Sontag — indica a porosidade dinâmica do tema investigado nos domínios da arte e da literatura e da sua mútua reversibilidade.

Francisco de Holanda, humanista e artista Português do século XVI, é autor de Do Tirar pelo Natural, primeiro tratado dedicado ao retrato em toda a Europa, concluído em 1549, na década seguinte à do seu regresso de uma viagem a Itália realizada de 1538 a 1540, na comitiva do Embaixador D. Pedro de Mascarenhas, com o objetivo de ver e desenhar fortalezas e as obras de arte mais insignes desse território e de conhecer Miguel Ângelo Buonarroti. Após o regresso, empreende a elaboração do seu Tratado Da Pintura Antiga, concluído a 13 de Outubro (Dia de S. Lucas) de 1548, conforme se lê no final do Livro II, seguido de Do Tirar pelo Natural. Estas duas obras foram preparadas para edição e até traduzidas para castelhano em 1563, pelo conterrâneo e amigo de Holanda, Manuel Denis, também pintor, mas só viriam a ser publicadas, tanto na versão portuguesa como na castelhana, a partir do século XIX. No final do tratado Do Tirar polo Natural, Holanda afirma que o texto foi terminado a 3 de Janeiro de 1549, portanto apenas alguns meses apenas depois da conclusão dos dois Livros do Da Pintura Antiga. Tal como John B. Bury já intuíra, conforme será dado à estampa na edição bilingue deste tratado, em preparação e a ser publicitada no decorrer deste Congresso, Holanda terá escrito o Do Tirar pelo Natural quase em simultâneo com a outra obra, o Da Pintura Antiga.

Com efeito, os dois grandes pilares da Teoria da Arte de Francisco de Holanda – a saber, a imitação de si próprio, da Natureza e da Antiguidade, de um lado, e a idea, do outro – têm, precisamente, como ponto de contato o processo criativo do artista descrito por Holanda nesses seus dois primeiros tratados. A centralidade do «tirar do natural» nessa Teoria da Arte, que Holanda explana e abundantemente ilustra nesses seus dois textos, assim como nos seus Álbuns de desenho e de iluminura, especialmente no das Antigualhas, torna plenamente justificável a razão de ser de um tratado autónomo, Do Tirar polo Natural, complementar ao Da Pintura Antiga. De resto, não é só a forma do Tratado, em modo de Diálogo, que é subsidiária do modelo utilizado no Livro II, Diálogos em Roma, embora reduzida a dois protagonistas, Brás Pereira e Feramando, discípulo e mestre, sendo o segundo um «alter ego» de Holanda, mas também os conteúdos definidos no Do Tirar polo Natural, que prolongam, aprofundam e sobretudo especificam em tudo o que ao retrato diz respeito as temáticas relativas à representação da figura humana que ocupam os capítulos 38 a 41 do Livro I. Faltava, todavia, nesses capítulos, o contributo decisivo do que, ao longo dos onze pequenos diálogos do tratado Do Tirar polo Natural, o autor nos vai descrevendo como os «preceitos» para «retratar» ou «tirar do natural» a «individualidade» de uma pessoa, que distingue de forma substantiva o Retrato de qualquer outra representação da Figura Humana.

Em O Amante do vulcão, Susan Sontag parte da documentação relativa a três figuras históricas do século XVIII, para as ampliar na extensão ficcional que protagonizam como personagens ou duplos, dela emergindo como figuras estabilizadas na credibilidade dos retratos e na indagação das questões que a sua presença convoca ao longo da história da arte e da história das imagens. As figuras são o diplomata, colecionador e vulcanologista William Hamilton, a sua mulher Emma Hamilton, amante do Almirante Nelson e musa do pintor George Romney, e o Almirante Nelson. Os retratos diretamente referidos são os de William Hamilton, realizado por Joshua Reynolds, e os de Emma Hamilton, realizados por George Romney e Élisabeth Vigée-Lebrun. As questões envolvem a génese do corpo sensível, no exemplo da estátua de Condillac, e a metamorfose da estátua no mito de Pigmalião; a metamorfose dos seres nos acidentes morfológicos da terra e nos objectos naturais que deles retêm o nome e a história; o retrato ideal; a impossibilidade de descrever a beleza de um rosto ou de um corpo, delegada no artifício retórico da metáfora; o retrato como tema e como modelo; o género das estátuas: acção e quietação, narcisismo e recato; efígies: a morte simbólica; camafeus: a miniaturização do retrato; tableau vivant: representação encenada no interior de uma caixa ou no lugar cercado pela moldura própria dos quadros; o corpo em pose: suporte e objecto da representação de uma representação; o corpo como encarnação da obra; a efemeridade do corpo e a perenidade do retrato; a figura, o retrato e o reconhecimento que apaga ou ilumina o nome. E a ruína de tudo isso, por a ruína ser o inevitável destino dos corpos e das suas representações, uns e outros relegados para o futuro do tempo presente.  


LINHAS TEMÁTICAS

Na conjunção destes tópicos se definem as grandes linhas temáticas do colóquio:
- O retrato como lugar e o lugar do retrato na cultura visual de todos os tempos.
- Tempo e transtemporalidade no e do retrato.
- O retrato como teoria e as teorias do retrato.
- O retrato como ficção.

Na transversalidade destas linhas propõe-se a abordagem dos seguintes sub-temas:

O corpo e o retrato; Retrato: presença e representação; Retrato, auto-retrato e auto-representação; O retrato expandido: media, intermedialidade e mediação; Retrato: iconismo, simbolismo e semelhança; Retrato metonímico; Galerias de retratos; O retrato como lugar conotativo; O duplo e o retrato; O retrato e a máscara; Retrato e género: o colecionador e a colecção; Retrato e género: o artista e o modelo; Retrato: comemoração e poder; Retrato: celebração do anonimato; Retrato: mostrar e monstruosidade; O retrato estatístico; Avatar: cópia sem original; O retrato impossível; O retrato compósito; Retrato: a profanação do corpo.

Os oradores convidados serão selecionados de acordo com a correspondência observada entre as propostas recebidas e as linhas temáticas do congresso. 


LÍNGUAS OFICIAIS

As línguas oficiais do congresso são o Português, o Inglês, o Francês, o Italiano e o Espanhol.


ORGANIZAÇÃO

INSTITUIÇÕES
CIEBA – Centro de Investigação e de Estudos em Belas-Artes, Faculdade de Belas-Artes de Lisboa

PRESIDENTE
Annemarie Jordan Gschwend (Investigadora independente)

VICE PRESIDENTES
Maria João Gamito (CIEBA/FBAUL)
Fernando António Baptista Pereira (CIEBA/FBAUL)

COMISSÃO DE HONRA E COMISSÃO CIENTÍFICA
O processo de constituição da comissão de honra e da comissão científica (ver AQUI) será concluído em função da qualidade e a diversidade temática das propostas submetidas para avaliação.

COMISSÃO EXECUTIVA
Alice Nogueira Alves
Ana Mafalda Cardeira
Glória Nascimento
Jorge dos Reis
Liliana Cardeira
Marta Frade
Maria Teresa Sabido
Teresa Teves Reis


SUBMISSÃO DOS ARTIGOS

Os textos para publicação em e-book e versão impressa deverão ser entregues até ao dia 1 de março de 2021, para serem sujeitos a uma revisão por pares.
Critérios de Avaliação:
- pertinência relativamente ao tema proposto (0-5 pontos);
- qualidade da proposta apresentada (0-5 pontos); Consistência (0-5 pontos) e clareza
- formal e metodológica na redação (0-5 pontos).


 REGRAS GERAIS

- Máximo 5000 palavras com tudo incluído (títulos, autores, resumos, texto, legendas de figuras, notas de rodapé e referências bibliográficas)
- Formatação: Times New Roman, tamanho 12, justificado, espaço 1,5, sem espaço entre os parágrafos.
- Palavras-chave em português e inglês – máx 5.
- Resumo em português e inglês – 50/60 palavras.

Os textos finais deverão ter a designação: NOME_APELIDO_PAPER e deverão ser submetidos em conjunto com:
- Minuta de declaração de autorização para publicação de imagens preenchida e assinada;
- Minuta com autorização para publicação preenchida e assinada. 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

As referências bibliográficas devem seguir o estilo APA
(https://apastyle.apa.org/learn/quick-guide-on-references)


DATAS IMPORTANTES

Sessão pitch: 18 de janeiro 2021 (entre as 15h00 e as 18h00 (hora de Lisboa, GMT)
Submissão de artigos: Até 01 de março 2021
Data limite para entrega de poster: 01 de março de 2021
Data limite para confirmação das comunicações aos autores: 14 de Março de 2021
Data limite para a inscrição prévia de autores: 22 de Março 2021
Datas para inscrição geral: 31 de Março a 10 de Abril 2021
Divulgação do Programa: Até 22 de Março de 2021


INSCRIÇÕES

De 31 de Março a 10 de Abril 2021
A abrir brevemente


PROGRAMA (em construção)

A sessão de abertura será proferida pela Presidente do Congresso, Annemarie Jordan Gschwend, e a sessão de encerramento pelo Professor Fernando António Baptista Pereira.

NOTA: Durante o Congresso será realizado o lançamento do livro Do tirar pelo natural / On Portraiture, de Francisco de Holanda, traduzido por John B. Bury e editado por Annemarie Jordan Gschwend e Fernando António Baptista Pereira.


INFORMAÇÕES

CONTACTOS 
onportraiture.congress@belasartes.ulisboa.pt 

LOCALIZAÇÃO
FACULDADE DE BELAS-ARTES DA UNIVERSIDADE DE LISBOA
Largo da Academia Nacional de Belas-Artes | 1249-058 Lisboa | Portugal

 

Tags:
Jan 22 2021 · Arte, Ciências da Arte e do Património, Conferências, Informações, Lançamentos, Pintura

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